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Taxa de alfabetização chega a 93% da população brasileira, revela IBGE

Repro­dução: © Geo­vana Albuquerque/Agência Brasil

Em seis décadas, percentual subiu quase 20 pontos percentuais


Publicado em 17/05/2024 — 10:01 Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil — Rio de Janeiro

No Brasil, das 163 mil­hões de pes­soas com idade igual ou supe­ri­or a 15 anos, 151,5 mil­hões sabem ler e escr­ev­er ao menos um bil­hete sim­ples e 11,4 mil­hões não têm essa habil­i­dade mín­i­ma. Em números pro­por­cionais, o resul­ta­do indi­ca taxa de alfa­bet­i­za­ção em 93%, em 2022 e, con­se­quente­mente, a taxa de anal­fa­betismo foi 7% do con­tin­gente pop­u­la­cional.

Os dados são do Cen­so Demográ­fi­co 2022 – Alfa­bet­i­za­ção: Resul­ta­dos do uni­ver­so, divul­ga­do nes­ta sex­ta-feira (17) pelo Insti­tu­to Brasileiro de Geografia e Estatís­ti­ca (IBGE).

Segun­do o IBGE, obser­va-se uma tendên­cia de aumen­to da taxa de alfa­bet­i­za­ção das pes­soas de 15 anos ou mais ao lon­go dos cen­sos. Em 1940, menos da metade da pop­u­lação era alfa­bet­i­za­da, 44,%. Após qua­tro décadas, em 1980, hou­ve aumen­to de 30,5 pon­tos per­centu­ais na taxa de alfa­bet­i­za­ção, pas­san­do para 74,5% e, final­mente, depois de mais qua­tro décadas, o país atingiu um per­centu­al 93% em 2022, rep­re­sen­tan­do um aumen­to de 18,5 pon­tos per­centu­ais em relação a 1980.

“A com­para­ção dos resul­ta­dos de 2000 com os de 2010 e os de 2022 indi­ca que a que­da na taxa de anal­fa­betismo ocor­reu em todas as faixas etárias, refletindo, prin­ci­pal­mente, a expan­são edu­ca­cional, que uni­ver­sal­i­zou o aces­so ao ensi­no fun­da­men­tal no iní­cio dos anos 1990, e a tran­sição demográ­fi­ca que sub­sti­tu­iu ger­ações mais anti­gas e menos edu­cadas por ger­ações mais novas e mais edu­cadas”, diz o insti­tu­to.

De acor­do com o IBGE, em 2022, o grupo de 15 a 19 anos atingiu a menor taxa de anal­fa­betismo (1,5%) e o grupo de 65 anos ou mais per­maneceu com a maior taxa de anal­fa­betismo (20,3%).

“A ele­va­da taxa de anal­fa­betismo entre os mais vel­hos é um reflexo da dívi­da edu­ca­cional brasileira, cuja tôni­ca foi o atra­so no inves­ti­men­to em edu­cação, tan­to para esco­lar­iza­ção das cri­anças, quan­to para a garan­tia de aces­so a pro­gra­mas de alfa­bet­i­za­ção de jovens e adul­tos por uma parcela das pes­soas que não foram alfa­bet­i­zadas nas idades apro­pri­adas, con­forme alme­ja­do pela Con­sti­tu­ição de 1988”, diz o órgão.

Em 2022, a taxa de anal­fa­betismo de pes­soas de cor ou raça bran­ca e amarela com 15 anos ou mais era de 4,3% e de 2,5%, respec­ti­va­mente, enquan­to a taxa de anal­fa­betismo de pre­tos, par­dos e indí­ge­nas na mes­ma faixa etária era de 10,1%, 8,8% e 16,1%, respec­ti­va­mente.

Segun­do o IBGE, as mul­heres ten­dem a apre­sen­tar mel­hores indi­cadores edu­ca­cionais do que os home­ns, inclu­sive mel­hores taxa de alfa­bet­i­za­ção. Em 2022, o per­centu­al de mul­heres que sabi­am ler e escr­ev­er era 93,5%, enquan­to o de home­ns era 92,5%.

Essa van­tagem das mul­heres foi ver­i­fi­ca­da em prati­ca­mente todos os gru­pos etários anal­isa­dos, exce­to entre os mais vel­hos de 65 anos ou mais de idade. A maior difer­ença em pon­tos per­centu­ais a favor das mul­heres foi no grupo de 45 a 54 anos, atingin­do 2,7 pon­tos per­centu­ais, ain­da que as mul­heres per­ten­centes aos gru­pos de idade abaixo de 45 anos sigam apre­sen­tan­do maiores taxas de alfa­bet­i­za­ção com­para­das aos home­ns dos mes­mos gru­pos de idade. Somente na faixa etária de 65 anos ou mais, os home­ns apre­sen­tavam uma pro­porção maior de pes­soas que sabi­am ler e escr­ev­er, de 79,9%, com­para­do ao de 79,6% das mul­heres.

A Região Sul se man­tém com a maior taxa de alfa­bet­i­za­ção de pes­soas com 15 anos ou mais. O per­centu­al pas­sou de 94,9% em 2010 para 96,6% em 2022. Em segui­da, com maiores taxas, vem a Região Sud­este, que var­i­ou de 94,6% em 2010 para 96,1% em 2022.

O per­centu­al de alfa­bet­i­za­ção da Região Nordeste per­maneceu o mais baixo do país, emb­o­ra ten­ha apre­sen­ta­do aumen­to – de 80,9% em 2010 para 85,8% em 2022. A segun­da menor taxa de alfa­bet­i­za­ção foi encon­tra­da na Região Norte tan­to em 2010 quan­to em 2022. Nes­sa região, o indi­cador seguiu a tendên­cia nacional, pas­san­do de 88,8% em 2010 para 91,8% em 2022, situan­do-se um pouco mais próx­i­mo do índice da Região Cen­tro-Oeste, que pas­sou de 92,8% em 2010 para 94,9% em 2022.

População indígena

A taxa de alfa­bet­i­za­ção das pes­soas indí­ge­nas – incluin­do as que se con­sid­er­am indí­ge­nas pelo critério de per­tenci­men­to –, foi 85% em 2022. De 2010 para 2022, a taxa de anal­fa­betismo dessa pop­u­lação caiu de 23,4% para 15,1%. A que­da mais expres­si­va foi obser­va­da na região Norte (de 31,3% para 15,3%).

A que­da na taxa de anal­fa­betismo das pes­soas indí­ge­nas ocor­reu em todas as faixas etárias, com as maiores reduções nas faixas de 35 a 44 anos (de 22,9% para 12%), 55 a 64 anos (de 38,3% a 27,4%) e 25 a 34 anos de idade (de 17,4% para 6,7%). Os home­ns indí­ge­nas de 15 anos ou mais têm taxa de alfa­bet­i­za­ção de 85,7%, 1,4 p.p. aci­ma da taxa de alfa­bet­i­za­ção das mul­heres indí­ge­nas (84,3%).

Edição: Denise Griesinger

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