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Theatro Municipal do Rio anuncia temporada com aposta em popularização

Ingressos vão de R$ 7,50, na meia-entrada, a R$ 90

Bruno de Fre­itas Moura — repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 29/03/2025 — 10:22
Rio de Janeiro
Concerto 100 anos de rádio no Brasil, no Theatro Municipal do Rio, centro da cidade.
Repro­dução: © Tânia Rêgo/Agência Brasil

O The­atro Munic­i­pal do Rio de Janeiro, uma das mais anti­gas casas de espetácu­lo do país, apre­sen­tou nes­ta sem­ana a pro­gra­mação da tem­po­ra­da 2025, que apos­ta na democ­ra­ti­za­ção do aces­so e inter­esse pela cul­tura por todas as class­es soci­ais.

Até março, o Munic­i­pal, como cos­tu­ma ser chama­do o espaço de 115 anos, ofer­ece um cardá­pio de balés, con­cer­tos e óperas. São espetácu­los que aprox­i­mam o públi­co de ícones da músi­ca de con­cer­to, como Lud­wig van Beethoven (1770–1827), Wolf­gang Amadeus Mozart (1756–1791), Piotr Ilitch Tchaikovs­ki (1840–1893) e o brasileiro Heitor Vil­la-Lobos (1887–1959).

Pas­sarão tam­bém pelos pal­cos do Munic­i­pal bailar­i­nos de obras-pri­mas como O Lago dos CisnesO Que­bra-Nozes, e uma hom­e­nagem à pin­to­ra mex­i­cana Fri­da Kahlo (1907–1954).

Com espaço para exibições gra­tu­itas e a preços pop­u­lares, o ano tam­bém terá sessões didáti­cas, de for­ma a aprox­i­mar o públi­co de clás­si­cos.

Já neste sába­do (29), a par­tir das 17h, acon­tece um con­cer­to didáti­co com a regên­cia do mae­stro tit­u­lar da Orques­tra Sin­fôni­ca do The­atro Munic­i­pal do Rio de Janeiro, Felipe Praz­eres. Ess­es con­cer­tos são volta­dos para o públi­co que quer con­hecer mais da músi­ca sin­fôni­ca. O ingres­so varia de R$ 7,50 (meia-entra­da) a R$ 60.

Sessões didáticas

Além de exe­cu­tar as obras, essas apre­sen­tações são com­postas por momen­tos de diál­o­go com o públi­co, fazen­do com que detal­h­es da exe­cução e a função dos músi­cos e instru­men­tos sejam apre­sen­ta­dos aos espec­ta­dores, incluin­do cri­anças, por meio de lin­guagem fácil de se enten­der.

“Expor cri­anças e jovens à músi­ca de con­cer­to é abrir uma por­ta para a sen­si­bil­i­dade, a cria­tivi­dade e o pen­sa­men­to críti­co”, diz o mae­stro Praz­eres.

“A músi­ca ensi­na a ouvir, a sen­tir e a se conec­tar com o out­ro, e isso é fun­da­men­tal para a for­mação de qual­quer indi­ví­duo. Nos­so obje­ti­vo é mostrar ao grande públi­co que a músi­ca de con­cer­to pode ser emo­cio­nante, diver­ti­da e cheia de histórias fasci­nantes”, com­ple­ta.

A pres­i­dente da fun­dação que admin­is­tra o The­atro Munic­i­pal do Rio de Janeiro, Clara Pauli­no, ressalta a pop­u­lar­iza­ção das exibições.

“Nós inves­ti­mos na for­mação cul­tur­al do nos­so públi­co e, prin­ci­pal­mente, na democ­ra­ti­za­ção de aces­so”, disse à Agên­cia Brasil, acres­cen­tan­do que há um proces­so de redução do preço dos ingres­sos.

“Os ingres­sos vari­am de R$7,50 [meia-entra­da], que é um val­or que hoje em dia a gente paga em uma ali­men­tação, até R$90, tam­bém um val­or com­patív­el”, cita.

Clara Pauli­no desta­ca ain­da que uma das ini­cia­ti­vas para con­quis­tar o públi­co é a releitu­ra do Pro­je­to Ópera ao Meio-Dia, apre­sen­tações gra­tu­itas quinzenais na escadaria do palá­cio históri­co, para fis­gar o tra­bal­hador na hora do almoço.

Ela elen­ca ain­da sessões gra­tu­itas de pro­je­tos soci­ais, ofic­i­nas e vis­i­tas guiadas.

“A gente acred­i­ta ver­dadeira­mente que a cul­tura, as artes e o con­hec­i­men­to devem ser forneci­dos a todos. E nós, enquan­to servi­dores públi­cos, pre­cisamos inve­stir e acred­i­tar nis­so”, disse a pres­i­dente da fun­dação lig­a­da ao gov­er­no estad­ual.

Os ingres­sos para as exibições podem ser com­pra­dos na bil­hete­ria ou no site do The­atro Munic­i­pal, que fica na Cinelân­dia (Praça Flo­ri­ano, s/n).

Con­fi­ra abaixo os destaques da pro­gra­mação

  • Março: con­cer­to didáti­co com regên­cia do mae­stro Felipe Praz­eres. As apre­sen­tações terão obras de Bach, Mozart, Tchaikovsky, Rossi­ni, Beethoven, Vival­di, e dos brasileiros Heitor Vil­la-Lobos e Loren­zo Fer­nan­des.
  • Abril: nova mon­tagem da opere­ta A Viú­va Ale­gre, de Franz Lehar, com o Coro e Orques­tra Sin­fôni­ca do The­atro Munic­i­pal.
  • MaioO Lago dos Cisnes, de Tchaikovsky.
  • Jun­ho: con­cer­to da Série Músi­ca Brasileira em Foco, com a Orques­tra Sin­fôni­ca do The­atro Munic­i­pal
  • Jul­ho: aniver­sário de 116 anos do Munic­i­pal: ópera Os Pescadores de Péro­las, de Georges Bizet. No dia 14 de jul­ho, data da comem­o­ração do aniver­sário, o espetácu­lo terá entra­da de graça;
  • Agos­toO Corsário, com músi­ca de Adolphe Adam, Cesare Pug­ni, Leo Delibes e Ric­car­do Dri­go.
  • Setem­bro: Fes­ti­val Ofic­i­na da Ópera, espaço aos novos tal­en­tos. Fechamen­to será com can­ta­ta pro­fana Carmi­na Burana, de Carl Orff.
  • Out­ubroFri­da, espetácu­lo pre­mi­a­do na Ale­man­ha sobre a tra­jetória da pin­to­ra mex­i­cana Fri­da Kahlo. Tam­bém con­cer­to do ano França: Brasil, apre­sen­tação líri­ca com jovens sele­ciona­dos pela direção da Ópera de Paris, acom­pan­hados pela Orques­tra Sin­fôni­ca do The­atro Munic­i­pal.
  • Novem­bro: Ópera Madama But­ter­fly, de Puc­ci­ni, com coro e orques­tra sin­fôni­ca da casa.
  • Dezem­broO Que­bra-Nozes, de Tchaikovsky, com Bal­let, Coro e Orques­tra Sin­fôni­ca do The­atro Munic­i­pal.
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