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Trabalhadores da saúde substituem Rei Momo e recebem chave no Rio

iluminação do Sambódromo,
© Divulgação/Riotur (Repro­dução)

Abertura tradicional da folia de Carnaval foi feita em ato simbólico


Pub­li­ca­do em 12/02/2021 — 21:08 Por Leo Rodrigues — Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

Todos os anos, o car­naval é ofi­cial­mente aber­to no Rio de Janeiro com a cer­imô­nia de entre­ga da chave da cidade ao Rei Momo. Em decor­rên­cia da pan­demia cau­sa­da pelo novo coro­n­avírus, que lev­ou ao can­ce­la­men­to das tradi­cionais atrações car­nave­lescas na cap­i­tal flu­mi­nense, a prefeitu­ra decid­iu realizar um even­to para chamar atenção para o com­bate à covid-19. Dessa vez, a chave foi entregue a duas profis­sion­ais de saúde que atu­am na lin­ha de frente.

A cer­imô­nia ocor­reu na noite de hoje (12) no Sam­bó­dro­mo. O prefeito Eduar­do Paes rece­beu a chave das mãos do Rei Momo, Dje­fer­son Mendes, e as trans­feriu para profis­sion­ais de saúde, entre elas a enfer­meira Adélia Maria dos San­tos. Ela é servi­do­ra vin­cu­la­da à Sec­re­taria Munic­i­pal de Saúde des­de 1979 e tam­bém foi a respon­sáv­el por aplicar a primeira vaci­na con­tra covid-19 na cidade.

A da entrega da chave
Entre­ga da chave/Sambódromo — Divulgação/Prefeitura do Rio (Repro­dução)

“A gente pas­sa por um momen­to difí­cil na história da humanidade, difí­cil pra todos nós brasileiros e difí­cil pra nós car­i­o­cas, porque não nos per­mite realizar essa fes­ta, que aci­ma de tudo cel­e­bra vida, amizade, car­in­ho entre as pes­soas e ale­gria”, disse Paes.

O even­to mar­cou tam­bém a inau­gu­ração da ilu­mi­nação espe­cial ina­ta­l­a­da no Sam­bó­dro­mo. Ela foi plane­ja­da pela Empre­sa de Tur­is­mo do Municí­pio do Rio de Janeiro (Rio­tur) e fun­cionará até o dia 20 de fevereiro, em hom­e­nagem às víti­mas da covid-19. Ao lon­go desse perío­do, as arquiban­cadas e a aveni­da onde ocor­rem os des­files estarão com as cores das esco­las de sam­ba.

A con­cen­tração e o des­file de blo­cos e esco­las de sam­ba estão proibidos no Rio por força de um decre­to munic­i­pal. Em caso de des­cumpri­men­to, poderão ser apreen­di­dos os instru­men­tos musi­cais e os respon­sáveis serão mul­ta­dos.  A pos­si­bil­i­dade de se realizar um car­naval fora de época, no mês de jul­ho, tam­bém já foi descar­ta­da pelo prefeito Eduar­do Paes.

A medi­da con­ta com o apoio da Liga Inde­pen­dente das Esco­las de Sam­ba (Liesa), enti­dade que rep­re­sen­ta as agremi­ações que se apre­sen­tam no Grupo Espe­cial. Diver­sos blo­cos de rua tradi­cionais tam­bém se man­i­fes­taram favoráveis e lançaram uma cam­pan­ha pelo dis­tan­ci­a­men­to social. Alguns deles estão pro­gra­man­do trans­mis­são de apre­sen­tações online.

Chave da cidade

Na tradição car­navalesca, o Rei Momo é con­sid­er­a­do o dono do Car­naval. É ele o respon­sáv­el por coman­dar a folia. Dje­fer­son Mendes foi coroa­do como Rei Momo do últi­mo car­naval em janeiro do ano pas­sa­do, durante o Blo­co da Favorita. Ele foi escol­hi­do por uma comis­são de jura­dos que avaliou que­si­tos como desem­baraço, socia­bil­i­dade, sim­pa­tia, espíri­to car­navale­sco e domínio da arte de sam­bar. Na ocasião, tam­bém foram eleitas Cami­la Sil­va, como Rain­ha do Car­naval, Deisiane Con­ceição de Jesus e Cinthia Apare­ci­da Mar­tins de Oliveira, como prince­sas.

Difer­ente do que ocorre todos os anos, não hou­ve coroação do Rei Momo em 2021 dev­i­do à pan­demia de covid-19. Por essa razão, o reina­do de Dje­fer­son foi esten­di­do e coube a ele par­tic­i­par da cer­imô­nia de entre­ga da chave da cidade aos tra­bal­hadores da saúde.

A chave da cidade pas­sa o ano sob os cuida­dos do Insti­tu­to Cul­tur­al Can­don­ga, fun­da­do no ano de 2002 em hom­e­nagem a Can­don­ga, como era con­heci­do o car­navale­sco José Ger­al­do de Jesus, fale­ci­do em 1997. Ele foi o respon­sáv­el por guardar durante muitos anos a peça de 1,10 metro fei­ta de madeira e enfeita­da de lante­joulas.

Can­don­ga tam­bém con­tribuiu para pop­u­larizar a cer­imô­nia em que o prefeito da cap­i­tal flu­mi­nense entre­ga a chave ao Rei Momo, que se tor­na sim­boli­ca­mente o gov­er­nante da cidade durante o car­naval. A exper­iên­cia do Rio de Janeiro não é iso­la­da. Em muitas out­ras local­i­dades do país, a trans­fer­ên­cia da chave da cidade tam­bém foi ado­ta­da como parte do rit­u­al car­nave­le­sco.

Edição: Pedro Ivo de Oliveira

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