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Trabalho escravo: 2.575 pessoas foram resgatadas em 2022

Repro­dução: © Acervo/MPT Mato Grosso do Sul

Dados do Ministério do Trabalho indicam 462 fiscalizações


Pub­li­ca­do em 25/01/2023 — 12:15 Por Gabriel Cor­rêa – Repórter da Rádio Nacional — São Luís

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No ano pas­sa­do, 2.575 tra­bal­hadores foram res­gata­dos de condições análo­gas às de escra­vo, um terço a mais que em 2021. Do total de res­gates em 2022, 35 eram cri­anças e ado­les­centes. Os dados são da Sec­re­taria de Inspeção do Tra­bal­ho do Min­istério do Tra­bal­ho e Emprego.

Ao todo, foram real­izadas 462 fis­cal­iza­ções que resul­taram em mais de R$ 8 mil­hões em ver­bas salari­ais e rescisórias. Como algu­mas ações ain­da estão em anda­men­to, esse val­or pode ser cor­rigi­do.

O Grupo Espe­cial de Fis­cal­iza­ção Móv­el real­i­zou um terço das ações e encon­trou práti­cas de tra­bal­ho anál­o­go ao de escra­vo em 17 esta­dos. Entre os 20 esta­dos fis­cal­iza­dos, ape­nas Alagoas, Ama­zonas e Amapá não reg­is­traram casos de escravidão con­tem­porânea.

Minas Gerais foi o esta­do com mais ações, ten­do mais de mil tra­bal­hadores res­gata­dos. A maior delas ocor­reu no municí­pio Var­jão de Minas, onde 273 tra­bal­hadores foram encon­tra­dos em condições degradantes na ativi­dade de corte de cana-de-açú­car.

Dados do seguro-desem­prego mostram que nove em cada dez víti­mas eram home­ns, quase um terço tin­ha entre 30 e 39 anos, e mais da metade eram nordes­ti­nos. Cer­ca de 80% do total de res­gata­dos eram negros ou par­dos.

Segun­do o Min­istério do Tra­bal­ho e Emprego, 148 víti­mas eram migrantes de out­ros país­es, sendo dois terços do Paraguai. Ao todo, o número de estrangeiros res­gata­dos dobrou em relação a 2021.

Entre as prin­ci­pais ativi­dades econômi­cas fis­cal­izadas usan­do mão de obra análo­ga à de escra­vo, estão: cul­ti­vo de cana-de-açú­car; pro­dução de carvão veg­e­tal; cul­ti­vo de alho, café, maçã e soja; extração de pedras e madeira; cri­ação de bovi­nos; con­strução civ­il; em restau­rantes e con­fecção de roupas.

As denún­cias de tra­bal­ho anál­o­go ao de escra­vo podem ser envi­adas pela inter­net, ao site do Sis­tema Ipê.

Ouça na Radioagência Nacional

Edição: Nádia Faggiani/Renata Batista/Denise Griesinger

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