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Tradução literária com povos originários é tema de debate em São Paulo

Repro­dução: © Gilvani Scatolin/ISA/Direitos RE

Transfusão abordará diferentes linguagens artísticas desses povos


Pub­li­ca­do em 13/09/2023 — 07:48 Por Bruno Boc­chi­ni — Repórter da Agên­cia Brasil — São Paulo

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Começa nes­ta quar­ta-feira (13), na cap­i­tal paulista, o Trans­fusão, even­to sobre tradução literária que debaterá as difer­entes lin­gua­gens artís­ti­cas em diál­o­go com quilom­bo­las e povos orig­inários brasileiros. Em sua 12ª edição, o Trans­fusão abor­dará como o céu e a ter­ra são rep­re­sen­ta­dos pelas difer­entes cul­turas e etnias. 

“Todas as cul­turas sem­pre lidaram com essa questão. A gente pode falar tan­to de astrono­mia quan­to de mora­da dos deuses. Como que cada um vê o céu? Há o entendi­men­to oci­den­tal de astrono­mia e há o con­hec­i­men­to das diver­sas etnias brasileiras indí­ge­nas, por exem­p­lo, sobre o céu”, desta­ca a orga­ni­zado­ra do even­to, Simone Homem de Mel­lo, tradu­to­ra literária e poeta.

O even­to terá como sede a Casa Guil­herme de Almei­da, na zona oeste de São Paulo. O local leva o nome do poeta mod­ernista, ensaís­ta e tradu­tor brasileiro que uti­liza­va o ter­mo “trans­fusão” para definir o que era tradução.

“Trans­fusão é uma das palavras que Guil­herme de Almei­da usa­va para definir o que era a tradução. Ele tin­ha uma visão bas­tante avança­da e mod­er­na do que seria a tradução. E fala­va que você tem que faz­er jus­ta­mente a trans­fusão daqui­lo que faz o tex­to viv­er, a trans­fusão do sangue do tex­to”, ressalta Simone, que tam­bém é coor­de­nado­ra do Cen­tro de Pesquisa e Refer­ên­cia Casa Guil­herme de Almei­da.

Entre as diver­sas ativi­dades do even­to, que ocorre a par­tir de hoje até a próx­i­ma terça-feira (19), desta­ca-se o debate, pre­vis­to para sába­do (16), que terá par­tic­i­pação do cole­ti­vo indí­ge­na Tenon­derã Ayvu, e Ger­al­do Karaí Mor­eira, uma das lid­er­anças dos guarani. A apre­sen­tação trará a visão dos cor­pos celestes pelo olhar dos Guarani Mbya, etnia indí­ge­na das regiões Sud­este e Sul do Brasil, Argenti­na, Paraguai e Uruguai.

Haverá ain­da con­tação de história sobre os irmãos Kuaray (Sol) e Jaxy (Lua), a astrono­mia Guarani e a impressão de gravuras rela­cionadas à visão do céu prat­i­ca­da por esse povo.

Para par­tic­i­par das mesas-redondas é necessário se inscr­ev­er no site da insti­tu­ição. O museu Casa Guil­herme de Almei­da, local­iza­do no Sumaré, na zona oeste de São Paulo, per­tence à Sec­re­taria da Cul­tura, Econo­mia e Indús­tria Cria­ti­vas do esta­do e con­ta com a gestão do Insti­tu­to de Apoio à Cul­tura, à Lín­gua e à Lit­er­atu­ra (Poiesis).

Edição: Graça Adju­to

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