...
sexta-feira ,16 maio 2025
Home / Meios de comunicação / TV Brasil: Samba da Gamboa recebe Jorge Aragão neste domingo

TV Brasil: Samba da Gamboa recebe Jorge Aragão neste domingo

Produção original da emissora pública vai ao ar às 13 horas

TV Brasil
Pub­li­ca­do em 10/05/2025 — 10:05
Brasília
Rio de Janeiro (RJ), 10/05/2025 -Jorge Aragão, o Poeta do Samba, canta hits autorais no Samba na Gamboa, da TV Brasil. Frame TV Brasil
© Frame TV Brasil

A apre­sen­ta­do­ra Tere­sa Cristi­na recebe o Poeta do Sam­ba, Jorge Aragão, para inter­pre­tar seus maiores suces­sos e relem­brar momen­tos mar­cantes de sua tra­jetória na edição inédi­ta do Sam­ba na Gam­boa deste domin­go (11), às 13h, na TV Brasil.

O sam­bista vet­er­a­no can­ta repertório autoral com clás­si­cos do gênero. Ele entoa músi­cas como Mutirão de amorLucidez e Do fun­do do nos­so quin­tal, Iden­ti­dade e Colcha de algo­dão, entre out­ras obras. Com quase 50 anos de estra­da, o bam­ba recor­da o começo da vida artís­ti­ca, no Cacique de Ramos, a pas­sagem no grupo Fun­do de Quin­tal e a car­reira solo.

Feliz com o con­vite para par­tic­i­par do bate-papo com a can­to­ra e com­pos­i­to­ra na pro­dução da emis­so­ra públi­ca, o artista agradece a opor­tu­nidade.

“O Sam­ba na Gam­boa é muito impor­tante para o nos­so seg­men­to”, desta­ca o astro logo no iní­cio da entre­vista.

Resen­ha, fute­bol e comi­da. Essa era a com­bi­nação mar­cante para o movi­men­to que trans­for­mou o sam­ba nas décadas de 1970 e 1980 no Rio de Janeiro. Jorge Aragão con­ta que ele e os demais com­pos­i­tores envolvi­dos naque­la fase do Cacique de Ramos não tin­ham per­cepção de que estavam fazen­do história

“Nós sabíamos o seguinte — e dis­so tín­hamos certeza — qual­quer um ali pode­ria ser líder. Neo­ci, Bira, Ubi­rany, Sereno, Almir Guine­to. Quan­do começou a crescer, eram muitas vozes e a gente não con­seguia ouvir o que esta­va can­tan­do ali. O ban­jo sem­pre sobres­sa­ia. Ia para jun­to da per­cussão”, recor­da.

Jorge Aragão lem­bra que começou com timidez.

“Eu só toca­va vio­lão porque se fos­se jog­ar fute­bol era pior e se fos­se faz­er comi­da era pior ain­da. Tudo que eu fos­se ten­tar faz­er com aque­la tur­ma, sabia que eles iam me tirar antes de começar. Então, eu fica­va naque­le can­tinho na mesa com o vio­lão”, brin­ca o com­pos­i­tor de 76 anos que fez parte da for­mação orig­i­nal que criou o grupo Fun­do de Quin­tal antes de seguir car­reira solo.

Romantismo: letras de amor continuam atuais

Na sem­ana em que a saudosa Beth Car­val­ho faria 79 anos, em 5 de maio, ele recor­da a importân­cia da madrin­ha do sam­ba. “Quan­do a Beth Car­val­ho chegou, nós já fazíamos uma resen­ha musi­cal. Escrevíamos a letra num papelz­in­ho na mesa e todos olhavam para can­tar. Aí não tín­hamos pre­ocu­pação. Na sem­ana seguinte, fazíamos uma out­ra músi­ca para can­tar. Brincá­va­mos de faz­er um sam­ba novo”, con­ta, ao destacar a relevân­cia da estrela para todo aque­le movi­men­to de ren­o­vação do gênero.

Jorge Aragão tam­bém ressalta três grandes can­toras pre­sentes na sua car­reira. Elza Soares gravou, em 1976, a com­posição Malan­dro que abriu por­tas para o bam­ba. A própria Beth Car­val­ho, no Cacique de Ramos, jogou luz sobre aque­la seleção de com­pos­i­tores. E com Dona Ivone Lara o músi­co teve a chance de com­por.

“Ter músi­cas gravadas por Elza Soares, Beth Car­val­ho e Dona Ivone Lara. Não ten­ho como men­su­rar o que eu sin­to. É tan­to orgul­ho”, diz, com emoção.

Dono de um tal­en­to sin­gu­lar, o sam­bista é român­ti­co e espir­i­tu­oso. Durante o papo com Tere­sa Cristi­na, Jorge Aragão reflete sobre o amor.

“É um priv­ilé­gio. Como as pes­soas foram guardan­do as músi­cas e elas foram seguin­do. Na min­ha cabeça, eu fiz a músi­ca em uma época em que tin­ha um pes­soal cas­cu­do e que sofria daque­le jeito. Eu acho que ten­ho que­bra­do a cara porque con­tin­ua a mes­ma coisa. O amor é do mes­mo jeito. Con­tin­ua fazen­do estra­gos e, sem quer­er, acabou con­tan­do a história de mui­ta gente. É um sen­ti­men­to uni­ver­sal”, final­iza o artista.

Pro­dução orig­i­nal da emis­so­ra públi­ca, o Sam­ba na Gam­boa está disponív­el no app TV Brasil Play e no YouTube do canalO pro­gra­ma ain­da pode ser acom­pan­hado na ver­são radiofôni­ca que vai ao ar na Rádio Nacional aos sába­dos, ao meio-dia, para toda a rede.

Sobre o programa

A nova tem­po­ra­da do Sam­ba na Gam­boa, que mar­ca a estreia de Tere­sa Cristi­na como apre­sen­ta­do­ra do pro­gra­ma da TV Brasil, foi grava­da no Teatro Ruth de Souza, no Par­que Glória Maria, em San­ta Tere­sa, na região cen­tral do Rio de Janeiro. O pal­co para con­ver­sas embal­adas por hits é um cenário col­ori­do que evo­ca uma praça na Gam­boa — bair­ro históri­co da zona por­tuária da cap­i­tal car­i­o­ca. A pre­sença de plateia é out­ro destaque da atração.

Os encon­tros con­tam ain­da com uma ban­da da pesa­da, coman­da­da pelo lendário Paulão Sete Cor­das, que acom­pan­ha Tere­sa Cristi­na e seus con­vi­da­dos pelo ines­gotáv­el repertório do sam­ba brasileiro. A equipe reúne os músi­cos Eduar­do Neves (sopros), João Calla­do (cava­co), Pauli­no Dias (per­cussão), Rodri­go Jesus (per­cussão) e Waltis Zacarias (per­cussão).

Can­to­ra e com­pos­i­to­ra de mão cheia, a diva tam­bém tem se rev­e­la­do uma óti­ma entre­vis­ta­do­ra. Tere­sa Cristi­na con­duz os papos com mui­ta graça, infor­mação, e, prin­ci­pal­mente, emoção. A pesquisa sobre a cul­tura pop­u­lar é impor­tante para a artista que, além do suces­so com o grupo Semente e na car­reira solo, gan­hou ain­da mais atenção com as lives que fez nas redes soci­ais no perío­do da pan­demia.

Com novo cenário, pacote grá­fi­co e a tril­ha sono­ra de aber­tu­ra repag­i­na­dos, o Sam­ba na Gam­boa tem janela sem­anal, aos domin­gos, às 13h, na pro­gra­mação da TV Brasil, e horário alter­na­ti­vo aos sába­dos, às 23h.

O públi­co pode cur­tir os con­teú­dos exclu­sivos no app TV Brasil Play e no YouTube da emis­so­ra. As edições tam­bém gan­ham espaço nas ondas da Rádio Nacional aos sába­dos, ao meio-dia, para toda a rede.

Destaques da temporada

Durante a nova tem­po­ra­da do Sam­ba na Gam­boa, Tere­sa Cristi­na recebe nomes con­sagra­dos do gênero como Áurea Mar­tins, Dori­na, Dudu Nobre, Jorge Aragão, Moa­cyr Luz, Nei Lopes, Tia Suri­ca, Mar­quin­hos de Oswal­do Cruz, Neguin­ho da Bei­ja Flor, Nei Lopes, Nel­son Rufi­no, Nilze Car­val­ho, Péri­cles e Som­brin­ha.

O pro­gra­ma da TV Brasil tam­bém vai ter a pre­sença de céle­bres artis­tas de out­ras matizes da músi­ca como Adri­ana Cal­can­hot­to, Fabi­ana Coz­za, Her­mínio Bel­lo de Car­val­ho, Môni­ca Salma­so, Rober­ta Sá, Simone Mazzer e Zé Rena­to.

A pro­dução musi­cal val­oriza com­pos­i­tores que escrever­am suces­sos, mas nem sem­pre têm o dev­i­do recon­hec­i­men­to e espaço na mídia. Tere­sa Cristi­na recebe nomes como Alex Ribeiro, Alfre­do Del-Pen­ho, Clau­dio Jorge, Mariene de Cas­tro, Moy­seis Mar­ques, Sergin­ho Mer­i­ti, Ton­in­ho Ger­aes e Zé Rober­to. Artis­tas como Luísa Dioní­sio, Mari­na Íris, Nego Álvaro e Min­go Sil­va são out­ros con­vi­da­dos da tem­po­ra­da.

O Sam­ba na Gam­boa traz nes­sa sequên­cia de atrações inédi­tas uma série de pro­gra­mas espe­ci­ais que desta­cam a importân­cia de per­son­al­i­dades con­sagradas da sonori­dade tipi­ca­mente nacional. Os con­teú­dos temáti­cos rev­er­en­ci­am o tra­bal­ho de Arlin­do Cruz, Chico Buar­que e Paulin­ho da Vio­la.

O canal públi­co tam­bém exibe edições temáti­cas que prestam trib­u­to a ícones que já par­ti­ram como Aldir Blanc, Almir Guine­to, Beth Car­val­ho, Can­deia, Clara Nunes, Dona Ivone Lara, Elizeth Car­doso, Elton Medeiros, Lupicínio Rodrigues, Monar­co, Nel­son Cavaquin­ho, Nel­son Sar­gen­to, Reinal­do, Wil­son Mor­eira e Zé Keti.

Com direção de Shir­lene Paixão, a nova tem­po­ra­da do pro­gra­ma, que mar­ca a vol­ta das edições inédi­tas do Sam­ba na Gam­boa, tem roteiro e pesquisa do jor­nal­ista Leonar­do Bruno, pro­fun­do con­hece­dor do gênero.

Histórico da produção

O Sam­ba na Gam­boa reúne grandes intér­pretes das novas ger­ações e nomes con­sagra­dos do gênero e ícones da MPB para uma ani­ma­da roda de sam­ba. Com Dio­go Nogueira, o pro­gra­ma con­tou com sete tem­po­radas e foi grava­do entre 2008 e 2018. Até hoje a atração faz parte da grade do canal públi­co.

LOGO AG BRASIL

Você pode Gostar de:

Orquestra de Câmara da USP celebra 30 anos com concertos gratuitos

Serão duas apresentações: uma nesta sexta, às 20; outra no domingo Matheus Cro­belat­ti* – estag­iário …