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Uerj apresenta aplicativo para gestão e comércio de água de reuso

Repro­dução: © Pedro França/Agência Sena­do

Tecnologia opera com dados das estações de tratamento de esgoto


Pub­li­ca­do em 29/08/2023 — 07:45 Por Ana Cristi­na Cam­pos – Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

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A ver­são 2.0 do Reusa, aplica­ti­vo para gestão e comér­cio de águas de reaproveita­men­to, será apre­sen­ta­da ao públi­co nes­ta terça-feira (29) durante o Sem­i­nário Reú­so de Eflu­entes e Ger­ação de Negó­cios, no cam­pus Mara­canã, da Uni­ver­si­dade do Esta­do do Rio de Janeiro (Uerj).

Tra­ta-se de uma tec­nolo­gia que vem sendo ide­al­iza­da des­de 2019 por pesquisadores do Depar­ta­men­to de Engen­haria San­itária e do Meio Ambi­ente da Fac­ul­dade de Engen­haria da Uerj. A expec­ta­ti­va é que em mea­d­os de 2024 uma ver­são com­er­cial do aplica­ti­vo já este­ja disponív­el.

A fer­ra­men­ta per­mi­tirá con­tro­lar em tem­po real as deman­das e esto­ques das águas das estações de trata­men­to de esgo­to (ETE) e será uma ponte entre os pro­du­tores e con­sum­i­dores que uti­lizam esse recur­so.

“Esse aplica­ti­vo colo­ca em con­ta­to quem quer com­prar essa água de reú­so com quem quer vender essa água. É uma espé­cie de mar­ket­place da água de reú­so. Por exem­p­lo, um con­domínio pode com­prar essa água para lavar as áreas em comum pois não vai usar água potáv­el que é muito cara. Ele pode se cadas­trar no aplica­ti­vo e iden­ti­ficar onde tem água de reú­so disponív­el e com­prar essa água”, expli­cou o pro­fes­sor Marce­lo Obracz­ka, coor­de­nador do pro­je­to.

A água de reú­so é pro­duzi­da nas estações de trata­men­to e pode ser uti­liza­da para várias final­i­dades como na irri­gação indus­tri­al e na limpeza urbana. No Brasil, há uma grande ofer­ta de água com car­ac­terís­ti­cas favoráveis para serem reuti­lizadas, o que aju­da a diminuir a poluição de rios, lagos e man­an­ciais e, por­tan­to, a con­ser­var os recur­sos hídri­cos.

A ver­são de teste do Reusa vai oper­ar na região met­ro­pol­i­tana do Rio de Janeiro, onde foram iden­ti­fi­cadas ETE que pode­ri­am aten­der à deman­da de cen­te­nas de empre­sas. O aplica­ti­vo tam­bém poderá ser imple­men­ta­do em out­ros locais des­de que haja a disponi­bil­i­dade dos dados necessários para sua oper­ação.

A carên­cia de uma cul­tura de reú­so de água assim como a escassez do reg­istro de dados históri­cos são alguns dos desafios com os quais a equipe de pesquisadores e desen­volve­dores do Reusa lidam. Segun­do o pro­fes­sor Marce­lo Obracz­ka, a nova tec­nolo­gia é uma pro­pos­ta ino­vado­ra na gestão de recur­sos hídri­cos no Brasil, que “irá aju­dar na redução sub­stan­cial dos cus­tos opera­cionais de indús­trias e de out­ros grandes con­sum­i­dores de água com o uso mais racional do sis­tema de água potáv­el, sendo tam­bém uma alter­na­ti­va de aumen­to de recei­ta na cadeia de pro­dução de água”.

A tec­nolo­gia foi pesquisa­da e desen­volvi­da na Uerj, e des­de 2022 con­ta com o fomen­to do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Peque­nas Empre­sas (Sebrae) por meio do pro­gra­ma Catal­isa ICT. Tam­bém hou­ve apoios e inter­câm­bio de exper­tise e dados com insti­tu­ições estratég­i­cas do setor como a Com­pan­hia Estad­ual de Águas e Esgo­tos do Rio de Janeiro (Cedae) e a Sec­re­taria de Esta­do do Ambi­ente e Sus­tentabil­i­dade e o Insti­tu­to Estad­ual do Ambi­ente (Inea).

Edição: Fer­nan­do Fra­ga

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