...
quarta-feira ,11 dezembro 2024
Home / Educação / UFRJ promove competição de barcos movidos à energia solar

UFRJ promove competição de barcos movidos à energia solar

Repro­dução: © Clau­dio Fernandes/Divulgação

Evento faz parte de projeto de extensão universitária


Pub­li­ca­do em 30/07/2023 — 08:45 Por Fran­cis­co Eduar­do Fer­reira — Estag­iário da Agên­cia Brasil * — Rio de Janeiro

ouvir:

A 16ª edição do Desafio Solar Brasil (DSB), com­petição de bar­cos movi­dos à ener­gia solar, acon­tece de 31 de jul­ho e 6 de agos­to, na Pra­ia de Icaraí, em Niterói, região met­ro­pol­i­tana do Rio de Janeiro, com uma men­sagem clara: o futuro sus­ten­táv­el é con­duzi­do por ener­gias limpas.

Pro­movi­do pelo Núcleo Inter­dis­ci­pli­nar para o Desen­volvi­men­to Social (Nides) da Uni­ver­si­dade Fed­er­al do Rio de Janeiro (UFRJ), o DSB é um pro­je­to de exten­são uni­ver­sitária que estim­u­la o desen­volvi­men­to e apli­cações de fontes alter­na­ti­vas de ener­gia em embar­cações, por meio do esporte e edu­cação em tec­nolo­gia e meio ambi­ente. O pro­je­to tem apoio da Lei Estad­ual de Incen­ti­vo ao Esporte.

Rio de Janeiro (RJ) - Desafio Solar Brasil, competição de barcos movido a energia sola.Foto: Paulo Chaffim/Divulgação
Repro­dução: Desafio Solar Brasil, com­petição de bar­cos movi­dos à ener­gia solar — Foto: Paulo Chaffim/Divulgação

Em entre­vista à Agên­cia Brasil, o coor­de­nador de plane­ja­men­to do pro­je­to, Ricar­do Bogéa, ressaltou que o even­to de exten­são faz com que os alunos colo­quem seu apren­diza­do em práti­ca, apli­can­do seus con­hec­i­men­tos em situ­ações reais.

“Eles vão apren­der na real­i­dade, não somente preparar a embar­cação. Con­sidero fun­da­men­tal para a for­mação dos alunos o envolvi­men­to na logís­ti­ca, orga­ni­za­ção, equipe, orça­men­to e tam­bém a com­pet­i­tivi­dade, para que se ten­ham um mel­hor desem­pen­ho per­ante as demais equipes”, expli­ca o pro­fes­sor.

Para Bogéa, ain­da há muitos desafios na área de desen­volvi­men­to na tec­nolo­gia de ener­gia solar em embar­cações. “Percebe­mos que, no decor­rer dess­es anos todos, as embar­cações têm tido mel­ho­rias de desem­pen­ho e veloci­dade. Temos vis­to que as equipes têm se orga­ni­za­do mais rápi­do que imag­iná­va­mos, nes­ta retoma­da após a pan­demia”.

A expec­ta­ti­va de Bogéa é a con­sol­i­dação da classe de bar­cos movi­dos à ener­gia solar, estim­u­lan­do, com isso, a par­tic­i­pação de rep­re­sen­tantes estrangeiros no pro­je­to e a cri­ação de um con­gres­so que reú­na insti­tu­ições de ensi­no, admin­is­tração públi­ca e empre­sas para dialog­a­rem sobre temas como ener­gias ren­ováveis, edu­cação de ciên­cias e out­ras tec­nolo­gias, meio ambi­ente, tran­sição energéti­ca, veícu­los elétri­cos e tec­nolo­gia social.

Competição

Rio de Janeiro (RJ) - Desafio Solar Brasil, competição de barcos movido a energia sola.Foto: Paulo Chaffim/Divulgação
Repro­dução: Desafio Solar Brasil, com­petição de bar­cos movi­dos à ener­gia solar- Foto: Paulo Chaffim/Divulgação

Essa edição da DSB con­ta com 21 embar­cações de equipes do Rio de Janeiro, San­ta Cata­ri­na, Ama­zonas, Espíri­to San­to, Pará e São Paulo. Eles se enfrentarão em sete provas. A pre­mi­ação da rega­ta con­tem­pla as três equipes que obtiverem as mel­hores pon­tu­ações no somatório de provas. No entan­to, o recon­hec­i­men­to não se limi­ta ape­nas ao desem­pen­ho na água. As equipes que se destacarem na pro­dução de vídeos e pôsteres con­cor­rem a prêmios espe­ci­ais ded­i­ca­dos ao esforço de divul­gação cien­tí­fi­ca, mostran­do a importân­cia de dis­sem­i­nar o con­hec­i­men­to sobre tec­nolo­gias sus­ten­táveis.

O aluno de engen­haria elétri­ca da Uni­ver­si­dade Fed­er­al Flu­mi­nense (UFF) Daniel Mar­i­ano disse à Agên­cia Brasil que, este ano, sua equipe, a Araribóia, pre­tende vencer depois de subir ao pódio em 2020 e 2022. Ele recon­hece, no entan­to, que terão que se esforçar, pois o nív­el da com­petição subiu. “Com um maior número de equipes par­tic­i­pantes, mais bem preparadas e com­pet­i­ti­vas, a esper­ança é que a gente con­si­ga o pódio”.

Mar­i­ano, que atua na parte elétri­ca da equipe, adiantou que este ano terão uma embar­cação total­mente nova, com novos painéis foto­voltaicos flexíveis que ger­am a mes­ma quan­ti­dade de ener­gia, sendo mais leves que os anti­gos, que eram rígi­dos, feitos em vidro e alumínio.

Participação

Segun­do Bogéa, este ano 20 polos de ino­vação nacionais, incluin­do uni­ver­si­dades, insti­tu­tos fed­erais e esco­las navais, se uni­ram para pro­je­tar o des­ti­no das tec­nolo­gias náu­ti­cas den­tro da respon­s­abil­i­dade ambi­en­tal. Insti­tu­ições como a Uni­ver­si­dade Fed­er­al do Rio de Janeiro (UFRJ), a Uni­ver­si­dade Fed­er­al Flu­mi­nense (UFF), a Uni­ver­si­dade de São Paulo (USP), a Uni­ver­si­dade Fed­er­al de San­ta Cata­ri­na (UFSC), a Uni­ver­si­dade Fed­er­al do Pará (UFPA), o Cen­tro Fed­er­al de Edu­cação Tec­nológ­i­ca Cel­so Suck­ow da Fon­se­ca (Cefet), Insti­tu­to Fed­er­al de Edu­cação, Ciên­cia e Tec­nolo­gia Flu­mi­nense (IFFs), entre out­ras, se desta­cam nesse cenário de ino­vação sus­ten­táv­el.

Além das com­petições, o Desafio Solar Brasil 2023 terá uma pro­gra­mação de palestras, work­shops, exposição de tra­bal­hos acadêmi­cos, mostra de vídeos, atrações cul­tur­ais de artis­tas locais e mini­cur­sos gra­tu­itos aber­tos ao públi­co, uma exper­iên­cia de imer­são no mun­do da sus­tentabil­i­dade e ino­vação tec­nológ­i­ca, no Clube Cen­tral em Icaraí.

Os temas das dis­cussões incluem descar­boniza­ção, tran­sição energéti­ca, econo­mia cir­cu­lar e mate­ri­ais com­pósi­tos, nitrogênio verde, tec­nolo­gia social e tec­nolo­gia embar­ca­da.

Rio de Janeiro (RJ) - Desafio Solar Brasil, competição de barcos movido a energia sola.Foto: Paulo Chaffim/Divulgação
Repro­dução: Desafio Solar Brasil, com­petição de bar­cos movi­dos à ener­gia solar — Foto: Paulo Chaffim/Divulgação

DSB nas escolas

A líder de gestão do pro­je­to DSB, Júlia Fer­nan­des, adiantou à Agên­cia Brasil que sua equipe está vis­i­tan­do esco­las públi­cas de Niterói para a divul­gação do even­to, e con­vi­dan­do estu­dantes do ensi­no fun­da­men­tal e médio para par­tic­i­parem do even­to, com o obje­ti­vo de incen­ti­var os estu­dantes a bus­car o ensi­no supe­ri­or, ir cada vez mais longe e entrar na uni­ver­si­dade para par­tic­i­par de um pro­je­to como o DSB.

“Com essa ação, quer­e­mos mostrar aos jovens que eles têm pos­si­bil­i­dade de um ensi­no mais forte na área de tec­nolo­gia de ener­gias ren­ováveis, e levar esse ensi­na­men­to para o seu dia a dia. Temos como meta apre­sen­tar a ener­gia solar como um ensi­na­men­to que eles podem levar para o seu dia a dia”, disse Júlia.

* Estag­iário sob super­visão de Ake­mi Nita­hara

Edição: Fer­nan­do Fra­ga

LOGO AG BRASIL

Você pode Gostar de:

Encontro em Natal discute modelo de educação que não reprove estudante

Desafio foi lançado por representante do Unicef Lety­cia Bond — Envi­a­da Espe­cial Pub­li­ca­do em 11/12/2024 …