...
quinta-feira ,7 dezembro 2023
Home / Noticias do Mundo / Um mês de guerra: mundo vê escalada de violência no Oriente Médio

Um mês de guerra: mundo vê escalada de violência no Oriente Médio

Repro­dução: © REUTERS/Fadi Wha­di

Conflito entre Israel e o Hamas é o mais grave em 75 anos


Pub­li­ca­do em 07/11/2023 — 07:15 Por Car­oli­na Pimentel — Repórter da Agên­cia Brasil* — Brasília

ouvir:

Sem per­spec­ti­va de fim, a guer­ra entre Israel e o Hamas chega a um mês nes­ta terça-feira (7). São mais de 10 mil palesti­nos mor­tos, incluin­do 4.104 cri­anças, na Faixa de Gaza, segun­do o Min­istério da Saúde de Gaza. Do lado israe­lense, cer­ca de 1,4 mil pes­soas mor­reram, a maior parte civis, e 240 são man­ti­das reféns, segun­do o gov­er­no de Israel.  

Este já é o con­fli­to mais grave em 75 anos de história e des­de que Israel e o Hamas se enfrentaram por dez dias em 2021.

O mun­do acom­pan­ha a escal­a­da da vio­lên­cia na guer­ra no Ori­ente Médio e mobi­liza-se para um ces­sar-fogo, sem suces­so até o momen­to.

Ataque do Hamas

No dia 7 de out­ubro, o Hamas deu iní­cio ao mais grave ataque já pro­movi­do con­tra os israe­lens­es.

As ações, sem prece­dentes na história, foram real­izadas por mar, ar e ter­ra, envol­ven­do ataques a um fes­ti­val de músi­ca, invasão de kibutz­im, seque­stro de reféns, deixan­do cen­te­nas de civis israe­lens­es mor­tos e feri­dos.

Eram 6h30 (horário local), um sába­do, quan­do o Hamas dis­parou 5 mil foguetes, a par­tir da Faixa de Gaza, para atin­gir cidades israe­lens­es, con­forme notí­cias de agên­cias inter­na­cionais.  Lid­er­anças do grupo afir­maram que a oper­ação tem o propósi­to de “acabar com a últi­ma ocu­pação na Ter­ra” e é uma respos­ta ao blo­queio impos­to por Israel aos palesti­nos de Gaza, que já dura mais de uma déca­da.

Por  ter­ra, home­ns arma­dos se infil­traram no ter­ritório israe­lense rompen­do a cer­ca de arame farpa­do que sep­a­ra Gaza e Israel.

Ofensiva israelense

Diante do ataque sur­pre­sa, Israel acio­nou as forças de segu­rança e declar­ou guer­ra, dan­do iní­cio à Oper­ação Espadas de Fer­ro, com bom­bardeios inten­sos à Faixa de Gaza, onde ficam as bases do Hamas.

O primeiro-min­istro Ben­jamin Netanyahu disse que o grupo “pagará preço sem prece­dentes” e prom­e­teu exter­mi­nar o Hamas.

Des­de então, Israel tem dis­para­do ataques aére­os diários à Gaza, esta­b­ele­ceu blo­queio total – sem per­mis­são para entra­da de água, comi­da e com­bustív­el -, deter­mi­nou que a pop­u­lação local, majori­tari­a­mente palesti­na, deixe o norte da região e se desloque para o sul; e con­vo­cou mais de 300 mil reservis­tas.

Neste momen­to, as forças de segu­rança afir­mam ter cer­ca­do a cidade de Gaza e inten­si­fi­cam as ações ter­restres.

Hamas reag­iu, ameaçan­do exe­cu­tar um refém civ­il israe­lense a cada novo bom­bardeio em Gaza. O grupo per­manece com con­tra-ataques a par­tir de túneis sub­ter­râ­neos.

Crise humanitária

A escal­a­da de vio­lên­cia do con­fli­to pas­sou a atin­gir hos­pi­tais, esco­las e abri­gos de refu­gia­dos em Gaza, ferindo e matan­do os civis mais vul­neráveis, entre mul­heres e cri­anças.

A região, onde vivem 2,3 mil­hões de pes­soas – a maio­r­ia palesti­na – enfrenta grave crise human­itária. Orga­ni­za­ções human­itárias inter­na­cionais e quem está no meio do con­fli­to relatam a fal­ta de água, ali­men­tos, remé­dios, ener­gia, inter­net e com­bustív­el.

Israel pas­sou a autor­izar a entra­da de aju­da human­itária, em cam­in­hões proce­dentes do Egi­to, em Gaza, porém espe­cial­is­tas argu­men­tam que o vol­ume é insu­fi­ciente.

Cessar-fogo

Des­de o dia 7 de out­ubro, a comu­nidade inter­na­cional apela a um ces­sar-fogo ime­di­a­to entre Israel e o Hamas para que os civis pos­sam rece­ber socor­ro e serem reti­ra­dos da região do con­fli­to. Obser­vadores acusam Israel e o Hamas de crimes de guer­ra.

O Con­sel­ho de Segu­rança das Nações Unidas – for­ma­do pelos Esta­dos Unidos, Rús­sia, Chi­na, França e Reino Unido – reuniu-se diver­sas vezes para definir qual ação tomar diante do con­fli­to, mas não chegou a um con­sen­so.  Durante os 31 dias em que ficou à frente do Con­sel­ho de Segu­rança das Nações Unidas (ONU), o Brasil lid­er­ou ten­ta­ti­vas de acor­do entre os país­es-mem­bros, mas as qua­tro pro­postas de res­olução sobre o con­fli­to foram rejeitadas.

Ape­sar da pressão inter­na­cional, Israel nega a pos­si­bil­i­dade de encer­rar os bom­bardeios na Faixa de Gaza e condi­ciona um ces­sar-fogo à lib­er­tação de todos os reféns pelo Hamas.

*Com infor­mações das agên­cias Reuters, Lusa e RTP.

Edição: Graça Adju­to

LOGO AG BRASIL

Você pode Gostar de:

Ultradireitista Javier Milei vence as eleições argentinas

Repro­dução: © REUTERS/Agustin Mar­car­i­an Futuro presidente venceu disputa acirrada no segundo turno Pub­li­ca­do em 19/11/2023 …