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Unisa expulsa alunos por atos obscenos durante jogo de volei feminino

Repro­dução: portalaluno.unisa.br

Caso ocorreu no final de abril, mas imagens viralizaram recentemente


Pub­li­ca­do em 19/09/2023 — 09:50 Por Pedro Peduzzi – Repórter da Agên­cia Brasil* — Brasília

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A Uni­ver­si­dade San­to Amaro (Unisa) expul­sou estu­dantes do cur­so de med­i­c­i­na fil­ma­dos nus, fazen­do atos obscenos e tocan­do em seus gen­i­tais durante um jogo de vôlei que era dis­puta­do por mul­heres na cidade de São Car­los, no inte­ri­or de São Paulo. A insti­tu­ição não pre­cisou o número de alunos, mas disse que a punição se apli­ca aos estu­dantes “iden­ti­fi­ca­dos até o momen­to”.

“Assim que tomou con­hec­i­men­to de tais fatos, mes­mo ten­do ess­es ocor­ri­do fora das dependên­cias da Unisa e sem respon­s­abil­i­dade da mes­ma sobre tais com­petições, a insti­tu­ição apli­cou sua sanção mais sev­era pre­vista em reg­i­men­to, ain­da nes­ta mes­ma segun­da-feira (18), com a expul­são dos alunos iden­ti­fi­ca­dos até o momen­to”.

Segun­do nota da Unisa, o episó­dio ocor­reu entre os dias 28 de abril e 1º de maio no Cen­tro Uni­ver­sitário São Cami­lo, durante um campe­ona­to dis­puta­do por calouros de cur­sos de med­i­c­i­na con­heci­do como Calomed. Vídeos divul­ga­dos na inter­net mostram estu­dantes cor­ren­do pela­dos – alguns sim­u­lan­do mas­tur­bação.

De acor­do com o Cen­tro Uni­ver­sitário São Cami­lo, “os alunos daque­la uni­ver­si­dade (Unisa), ten­do saí­do vito­riosos, segun­do relatos cole­ta­dos, comem­o­raram cor­ren­do desnudos pela quadra”, infor­mou o cen­tro. A par­ti­da era dis­puta­da entre alu­nas do cur­so de med­i­c­i­na da São Cami­lo con­tra a equipe fem­i­ni­na da Unisa.

Repercussão

Vídeos e ima­gens do caso divul­gadas no últi­mo fim de sem­ana viralizaram nas redes soci­ais, chegan­do a ser comen­ta­da pelo min­istro da Edu­cação, Cami­lo San­tana, em post no X (anti­go Twit­ter).

Ain­da ontem, o min­istro da Justiça e Segu­rança Públi­ca, Flávio Dino, tam­bém comen­tou o episó­dio: “repul­si­vo, inde­se­jáv­el e absur­do”. Dino esclare­ceu que a inves­ti­gação do caso cabe à Polí­cia Civ­il. “Essa situ­ação tem o nos­so repú­dio e a nos­sa rejeição. Mas a atu­ação fun­cional nesse caso só pode ocor­rer se a polí­cia estad­ual even­tual­mente ficar inerte, pois se tra­ta de um crime entre par­tic­u­lares. A atribuição fun­cional a princí­pio é da Polí­cia Civ­il do esta­do de São Paulo”, expli­cou Dino em entre­vista cole­ti­va.

O Min­istério das Mul­heres tam­bém repu­diou o episó­dio. Em postagem nas redes soci­ais, o min­istério disse que “ati­tudes como a dos alunos de med­i­c­i­na da Unisa jamais podem ser nor­mal­izadas – elas devem ser com­bat­i­das com o rig­or da lei”.

“Romper sécu­los de uma cul­tura mis­ógi­na é uma tare­fa con­stante que exige um olhar aten­to para todos os tipos de vio­lên­cias de gênero”, escreveu o min­istério. “Em parce­ria com o Min­istério da Edu­cação, o Min­istério das Mul­heres reforça seu com­pro­mis­so de enfrentar essas práti­cas que limi­tam ou impos­si­bili­tam a par­tic­i­pação das estu­dantes como cidadãs. Vamos seguir tra­bal­han­do para que as uni­ver­si­dades sejam espaços seguros, livres de vio­lên­cia”.

A Polí­cia Civ­il de São Paulo já abriu inves­ti­gação para apu­rar o episó­dio e iden­ti­ficar os envolvi­dos.

*Colaborou a repórter de Cami­la Maciel

 

Edição: Denise Griesinger

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