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Universo — Olimpíada sobre astronomia está com inscrições abertas

O Museu de Astronomia inaugura novo Centro de Visitantes com espaço interativo, em São Cristóvão, na zona norte do Rio de Janeiro.
Repro­dução: © Tomaz Silva/Agência Brasil

Podem participar estudantes do ensino fundamental ao médio


Pub­li­ca­do em 14/05/2021 — 06:11 Por Adrie­len Alves — Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

Os alunos que gostam de ciên­cias e da área espa­cial têm um cal­endário impor­tante em vista: ter­mi­na neste sába­do (15) o pra­zo para as inscrições na 24ª Olimpía­da Brasileira de Astrono­mia e Astronáu­ti­ca (OBA) para as esco­las que vão par­tic­i­par da com­petição pela primeira vez.

Para as insti­tu­ições que já par­tic­i­pam, o pra­zo para inscrições de alunos vai até a próx­i­ma quin­ta-feira (20).

As provas são apli­cadas em todo o país para alunos do 1º ano do ensi­no fun­da­men­tal ao 3º ano do ensi­no médio e são divi­di­das em duas partes com questões sobre astrono­mia e astronáu­ti­ca.

Pódio astronômico

Quem par­ticipou e gan­hou medal­ha na OBA chama a atenção para a importân­cia des­ta incia­ti­va no futuro acadêmi­co e nas escol­has profis­sion­ais.

É o caso da estu­dante de astrono­mia da Uni­ver­si­dade de São Paulo Laís Bor­bo­la­to, que tem 20 anos.  Ela con­ta que con­heceu a olimpía­da no ensi­no fun­da­men­tal, mas a esco­la não tin­ha se inscrito na seleção, e só no ensi­no médio, em out­ra esco­la, pôde par­tic­i­par e recu­per­ar os anos fora da com­petição.

Resul­ta­do: duas vezes subiu ao topo do pódio para rece­ber medal­ha de ouro. A paixão pela astrono­mia, área com a qual ela já fler­ta­va des­de a infân­cia, virou a car­reira escol­hi­da.

” A OBA me aju­dou a decidir min­ha car­reira. Esta­va entre engen­haria e astrono­mia e, com todo o con­ta­to com profis­sion­ais da área e a matéria de astrono­mia em si, deci­di que era o que eu que­ria para min­ha vida, que eu que­ria pesquis­ar, apren­der mais. Foi aí que eu tive a certeza, e a olimpía­da me aju­dou muito a não desi­s­tir”, con­ta.

Laís pesquisa o for­ma­to e a estru­tu­ra da Via Láctea, além de faz­er parte de ini­cia­ti­vas para inclusão de mul­heres na car­reira e na divul­gação da astrono­mia.

”Hoje eu faço pesquisas sobre o for­ma­to da nos­sa galáx­ia e para o futuro quero con­tin­uar con­tribuin­do para a ciên­cia e desen­volver as áreas da astrono­mia. Eu quero me tornar refer­ên­cia para out­ras pes­soas, que elas pos­sam se inspi­rar em mim”, declara.

Quan­do o assun­to é pódio, Gio­van­na Girot­to, estu­dante de engen­haria mecâni­ca na Uni­ver­si­dade de São Paulo (USP), sabe muito. A alu­na, de 18 anos, par­ticipou qua­tro vezes da OBA, e acu­mu­la três medal­has de ouro e uma de pra­ta no cur­rícu­lo. Daí, veio a opor­tu­nidade de rep­re­sen­tar o Brasil na Olimpía­da Inter­na­cional de Astrono­mia e Astrofísi­ca, na Hun­gria, quan­do gan­hou mais uma medal­ha, de bronze, em 2019.

E foi durante as provas da com­petição que ela perce­beu seu inter­esse pela ciên­cia. “A par­tir do momen­to em que eu deci­di ten­tar faz­er a pro­va, eu come­cei a estu­dar mais astrono­mia e fui perceben­do que eu gosta­va muito daqui­lo. Sem­pre digo que em astrono­mia, quan­to mais estu­da, menos você sabe”, diz.

Como Laís, Gio­vana desta­ca que a OBA aju­dou a guiar a escol­ha e a perce­ber sua afinidade com exatas. Cur­san­do engen­haria, ela está de olho na área aeroe­s­pa­cial.

“Fazen­do engen­haria mecâni­ca, eu con­si­go atu­ar em várias áreas aeroe­s­pa­ci­ais. Então, futu­ra­mente eu espero con­tin­uar estu­dan­do astrono­mia. Estou hoje em uma equipe que estu­da nanos­satélites e quem sabe tra­bal­har com este setor no futuro.”, diz.

Rumo ao espaço

Para o estu­dante de engen­haria da com­putação da Uni­ver­si­dade de Brasília, ex-par­tic­i­pante da OBA e hoje coor­de­nador de olimpíadas cien­tí­fi­cas em uma esco­la par­tic­u­lar no Dis­tri­to Fed­er­al, Pablo Arru­da, opor­tu­nidades como estas ”poten­cial­izam a chance de o jovem enx­er­gar o futuro na área cien­tí­fi­ca.”

Ele desta­ca que, neste perío­do de pan­demia, perce­beu uma dis­per­são dos estu­dantes com a exigên­cia da comu­ni­cação vir­tu­al, mas, segun­do ele, neste momen­to, há um movi­men­to cres­cente de inter­es­sa­dos.

E, ape­sar das alter­ações em decor­rên­cia da pan­demia, como mudanças nas datas e até na logís­ti­ca das provas, uma nova modal­i­dade, segun­do ele, pode gan­har força na Mostra Brasileira de Foguetes 2021 (MOBFOG 2021), que tam­bém está com inscrições aber­tas, até o dia 20.

“Teve um atra­so em relação à exe­cução e à entre­ga de medal­has, mas foi o pra­zo para adap­tação. E ocor­reu muito bem. Tan­to que con­seguiram implan­tar méto­dos vir­tu­ais das olimpíadas. A MOBFOG 2021 criou o lança­men­to vir­tu­al de foguetes, ideia muito boa.”

Além dos lança­men­tos de foguetes reais, quan­do é aferi­da a dis­tân­cia entre o pon­to de par­ti­da e chega­da do foguete por um adul­to, a MOBFOG 2021 pro­move o lança­men­to de foguete vir­tu­al, quan­do é reg­istra­do o apogeu do artefa­to.

Mais uma novi­dade vir­tu­al é o Plan­etário Dig­i­tal Itin­er­ante, que, segun­do a orga­ni­za­ção da OBA, colo­ca à dis­posição de pro­fes­sores e alunos as sessões real­izadas pelo com­puta­dor.

Este ano, as provas online ou pres­en­ci­ais nas esco­las ocor­rerão nos dias 27 e 28 de maio. Para mais infor­mações, bas­ta aces­sar o site da OBA.

Edição: Alessan­dra Esteves

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