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Vacinação pode levar até 8 anos para reduzir transmissão da dengue

Repro­dução: © Oscar Tuma/Opas

Avaliação é da Organização Pan-americana da Saúde


Publicado em 28/03/2024 — 14:53 Por Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil — Brasília

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O dire­tor-ger­al da Orga­ni­za­ção Pan-amer­i­cana da Saúde (Opas), Jar­bas Bar­bosa, disse nes­ta quin­ta-feira (28) que a estraté­gia de vaci­nação para com­bat­er a dengue pode levar até oito anos para efe­ti­va­mente reduzir a trans­mis­são da doença em meio a epi­demias como a enfrenta­da atual­mente nas Améri­c­as.

“É impor­tante ressaltar que a vaci­na que está disponív­el é uma vaci­na de duas dos­es e que pre­cisa de três meses entre uma dose e out­ra. Ou seja, a vaci­na não é uma fer­ra­men­ta para con­tro­lar a trans­mis­são neste momen­to”, detal­hou. “A grande fer­ra­men­ta de con­t­role da trans­mis­são da dengue segue sendo a elim­i­nação dos cri­adouros do mos­qui­to.”

Em entre­vista à impren­sa, Jar­bas lem­brou que o lab­o­ratório japonês Tate­ka, respon­sáv­el pela pro­dução da vaci­na Qden­ga, pos­sui capaci­dade lim­i­ta­da de fab­ri­cação de dos­es. O Brasil, neste momen­to, segun­do ele, é o país do con­ti­nente que mais con­ta com dos­es disponíveis para a pop­u­lação em ter­mos abso­lu­tos.

O dire­tor-ger­al da Opas desta­cou que, por se tratar de uma vaci­na recém-aprova­da por agên­cias de vig­ilân­cia san­itária, é impor­tante que os sis­temas de saúde nas Améri­c­as mon­i­torem o cenário. Dados de eficá­cia da vaci­na para o sorotipo 3 da dengue, segun­do ele, são lim­i­ta­dos por terem sido lev­an­ta­dos em um perío­do em que quase não havia cir­cu­lação do sorotipo.

Jar­bas tam­bém comen­tou os avanços da vaci­na con­tra a dengue desen­volvi­da pelo Insti­tu­to Butan­tan, que se encon­tra na fase 3 de estu­dos clíni­cos. Para o dire­tor-ger­al, a vaci­na, em dose úni­ca, pode con­tribuir pos­i­ti­va­mente em cenários de trans­mis­são acel­er­a­da da doença. “Mas, provavel­mente, só estará disponív­el em 2025”.

Edição: Aécio Ama­do

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