...
quarta-feira ,11 dezembro 2024
Home / Saúde / Vacinas contra o sarampo salvam cinco vidas por segundo, destaca OMS

Vacinas contra o sarampo salvam cinco vidas por segundo, destaca OMS

Brasil recebeu certificado de país livre da doença graças à vacinação

Paula Labois­sière – Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 17/11/2024 — 07:30
Brasília
Ver­são em áudio
Brasília (DF), 17/08/2023, Pra marcar o lançamento da Campanha Nacional de Multivacinação do Ministério da Saúde, o Zé Gotinha foi na Rodoviária do Plano Piloto, para conscientizar a população sobre a importância da vacinação. Foto: José Cruz/Agência Brasil
Repro­dução: © José Cruz/Agência Brasil

A Orga­ni­za­ção Mundi­al da Saúde (OMS) esti­ma que, des­de o ano 2000, vaci­nas con­tra o saram­po salvem cer­ca de cin­co vidas por segun­do. Mes­mo assim, dados divul­ga­dos esta sem­ana pela enti­dade apon­tam que, ape­nas em 2023, aprox­i­mada­mente 10,3 mil­hões de casos da doença foram reg­istra­dos em todo o plan­e­ta – 20% a mais que em 2022.

Em nota, a OMS avalia que a cober­tu­ra vaci­nal inad­e­qua­da impul­siona o aumen­to de casos. “O saram­po pode ser evi­ta­do com duas dos­es; no entan­to, mais de 22 mil­hões de cri­anças perder­am a primeira dose em 2023. Glob­al­mente, esti­ma-se que 83% delas rece­ber­am a primeira dose no ano pas­sa­do, enquan­to ape­nas 74% rece­ber­am a segun­da dose recomen­da­da.”

A vaci­na que previne o saram­po é a trí­plice viral, que está disponív­el gra­tuita­mente nos pos­tos de saúde do Brasil. A recomen­dação do Pro­gra­ma Nacional de Imu­niza­ções é que vaci­na seja apli­ca­da em duas dos­es, aos 12 e aos 15 meses de idade.

A OMS desta­ca a neces­si­dade de uma cober­tu­ra vaci­nal de pelo menos 95% de ambas as dos­es em todos os país­es e ter­ritórios para pre­venir sur­tos e para pro­te­ger a pop­u­lação de “um dos vírus humanos mais con­ta­giosos em todo o mun­do”. A vaci­na con­tra o saram­po, segun­do a OMS, já salvou mais vidas ao lon­go dos últi­mos 50 anos que qual­quer out­ro imu­nizante.

O comu­ni­ca­do aler­ta que, como resul­ta­do de lacu­nas globais na cober­tu­ra vaci­nal, 57 país­es reg­is­taram sur­tos de saram­po em todas as regiões, exce­to nas Améri­c­as – um aumen­to de quase 60% em relação aos 36 país­es iden­ti­fi­ca­dos no ano ante­ri­or. África, Mediter­râ­neo Ori­en­tal, Europa, Sud­este Asiáti­co e Pací­fi­co Oci­den­tal lid­er­am o aumen­to sub­stan­cial de casos, sendo que quase metade de todos os sur­tos ocor­reu no con­ti­nente africano.

“Dados recentes mostram que cer­ca de 107,5 mil pes­soas – a maio­r­ia cri­anças com menos de 5 anos – mor­reram por causa do saram­po em 2023. Emb­o­ra isso rep­re­sente uma que­da de 8% em relação ao ano ante­ri­or, são cri­anças demais ain­da mor­ren­do em razão de uma doença evitáv­el”, avaliou a OMS.

“Mes­mo quan­do as pes­soas sobre­vivem ao saram­po, podem ocor­rer efeitos graves para a saúde, alguns dos podem durar por toda a vida toda. Bebês e cri­anças peque­nas cor­rem maior risco de com­pli­cações graves, que incluem cegueira, pneu­mo­nia e ence­falite (infecção que causa inchaço cere­bral e, poten­cial­mente, danos cere­brais).”

Brasil livre do sarampo

Cin­co anos após perder o cer­ti­fi­ca­do de elim­i­nação do saram­po, em 2019, o Brasil rece­beu esta sem­ana da Orga­ni­za­ção Pan-Amer­i­cana da Saúde (Opas) o sta­tus de país livre da doença. O últi­mo reg­istro de saram­po no Brasil, de acor­do com o Min­istério da Saúde, acon­te­ceu em jun­ho de 2022, no Amapá.

Dados da pas­ta indicam que, entre 2018 a 2022, foram con­fir­ma­dos 9.329, 21.704, 8.035, 670 e 41 casos de saram­po, respec­ti­va­mente. Em 2022, os esta­dos que con­fir­maram casos foram: Rio de Janeiro, Pará, São Paulo e Amapá, sendo que o últi­mo caso con­fir­ma­do foi reg­istra­do no Amapá, com data de iní­cio do exan­tema (erupções cutâneas) em 5 de jun­ho.

Em 2024, o Brasil chegou a reg­is­trar dois casos con­fir­ma­dos, mas impor­ta­dos, sendo um em janeiro, no Rio Grande do Sul, prove­niente do Paquistão; e um em agos­to, em Minas Gerais, prove­niente da Inglater­ra.

O min­istério define o saram­po como uma doença viral alta­mente con­ta­giosa que afe­ta prin­ci­pal­mente cri­anças e pode causar com­pli­cações graves, como diar­reias inten­sas, cegueira, pneu­mo­nia e ence­falite (infla­mação do cére­bro). “A maneira mais efe­ti­va de evi­tar o saram­po é por meio da vaci­nação”, ressaltou a pas­ta.

LOGO AG BRASIL

Você pode Gostar de:

Mutirão atende população hoje, no dia de combate ao câncer de pele

Dermatologistas estarão de 10h às 15h em mais de 100 postos no país Agên­cia Brasil …