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Vale do Taquari: Exército vai refazer travessias levadas pelas cheias

Repro­dução: © Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Novas estruturas vêm de São Borja (RS), Tubarão (SC) e Palmas (PR)


Publicado em 25/05/2024 — 17:35 Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil* — Brasília

O Exérci­to vai refaz­er as pas­sare­las flu­tu­antes para pedestres que foram insta­l­adas em rios do Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul. O esta­do enfrenta a maior tragé­dia climáti­ca de sua história, atingi­do por chu­vas e enchentes des­de o fim do mês de abril.

As pontes orig­i­nais foram destruí­das com as cor­rentezas provo­cadas pelas primeiras chu­vas e o Exérci­to impro­vi­sou as pas­sadeiras – como são chamadas as trav­es­sias impro­visadas com pas­sarela de madeira sobre botes. Essas pas­sadeiras, por sua vez, ced­er­am com as fortes chu­vas da últi­ma quin­ta-feira (23).

“Menos de 24 horas depois do rompi­men­to de três pas­sare­las flu­tu­antes, unidades de Engen­haria do Exérci­to mobi­lizaram-se rap­i­da­mente e já enviaram novas estru­turas para a sub­sti­tu­ição e garan­tia do bem-estar da comu­nidade”, infor­mou o órgão.

As novas trav­es­sias vêm de unidades mil­itares de São Bor­ja (RS), Tubarão (SC) e Pal­mas (PR) e serão insta­l­adas assim que as condições de segu­rança dos rios e climáti­cas per­mi­tirem. O rompi­men­to ocor­reu nas pas­sadeiras entre Lajea­do e Arroio do Meio, local­izadas no Rio For­que­ta; e em Can­delária, no Rio Par­do.

Durante a man­hã deste sába­do (25), o Exérci­to real­i­zou a preparação da margem do Rio For­que­ta para o aces­so de pedestres e embar­cações. Ao meio-dia, os mil­itares ini­cia­ram a trav­es­sia dos moradores em botes, resta­b­ele­cen­do o fluxo no local. “A colo­cação das novas pas­sadeiras ain­da depende de mel­ho­rar as condições da cor­renteza do rio”, infor­mou.

Fluxo intenso

No últi­mo domin­go (19), a reportagem da Agên­cia Brasil per­cor­reu parte do Vale do Taquari e reg­istrou a movi­men­tação de pes­soas na pas­sarela mon­ta­da próx­i­ma ao local onde fica­va a ponte da rodovia estad­ual RS-130, entre Lajea­do e Arroio do Meio.

O fluxo de pes­soas que atrav­es­sa­va de um lado para out­ro era inten­so, em pro­ced­i­men­to orga­ni­za­do por mil­itares do Exérci­to. É obri­gatório atrav­es­sar com coletes sal­va-vidas.

Como a pas­sarela é estre­i­ta, de “mão úni­ca”, os gru­pos de cada margem são lib­er­a­dos de for­ma alter­na­da. Pes­soas idosas, com mobil­i­dade reduzi­da e cri­anças têm ain­da mais difi­cul­dade, já que a trav­es­sia exige que se desça pelo bar­ran­co íngreme escor­re­ga­dio, enchar­ca­do pela chu­va.

No últi­mo sába­do (18), o gov­er­nador Eduar­do Leite anun­ciou a con­strução de uma nova ponte no local, que deve cus­tar cer­ca de R$ 14 mil­hões e levar mais de 180 dias para ser ergui­da.

De acor­do com o últi­mo bal­anço da Defe­sa Civ­il do esta­do, divul­ga­do na man­hã de hoje, 165 mortes foram con­fir­madas até o momen­to. Há 64 pes­soas desa­pare­ci­das e 581.638 ficaram desa­lo­jadas. Ao todo, 55.791 pes­soas encon­tram-se em abri­gos tem­porários espal­ha­dos pelo esta­do.

*Colaborou Pedro Rafael Vilela

Edição: Juliana Andrade

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