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quinta-feira ,10 julho 2025
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Veículos da EBC exibem filmes sobre preservação e sustentabilidade

Mostra apresenta quatro produções inéditas na Semana do Meio Ambiente

EBC
Pub­li­ca­do em 05/06/2025 — 07:38
Rio de Janeiro
Brasília (DF), 06/06/2025 - Veículos da EBC apresentam mostra de filmes de arquivo sobre preservação e sustentabilidade. Foto: Arquivo em Cartaz/Divulgação
Repro­dução: © Arqui­vo em Cartaz/Divulgação

Para dis­cu­tir questões ambi­en­tais e soci­ais, a TV Brasil, o Canal Edu­cação e o Canal Gov têm pro­gra­mação espe­cial neste mês. Na mostra Arqui­vo em Car­taz — Memórias da Ter­ra em Filmes de Arqui­vo, as emis­so­ras exibem qua­tro pro­duções inédi­tas sobre o tema na sem­ana em que se comem­o­ra o Dia do Meio Ambi­ente. 

Além da janela com ess­es con­teú­dos na telin­ha, o App TV Brasil Play disponi­bi­liza 14 obras nacionais de cur­ta, média e lon­ga-metragem. Sele­cionadas para a faixa de assun­tos como preser­vação e sus­tentabil­i­dade, as obras ficam disponíveis gra­tuita­mente até o dia 30 de jun­ho. A curado­ria inclui doc­u­men­tários atu­ais e históri­cos, além de tra­ma de dra­matur­gia.

A pro­pos­ta é aproveitar o cin­e­ma de acer­vo como fer­ra­men­ta para abor­dar as memórias do plan­e­ta e da própria pro­dução audio­vi­su­al do país. A ini­cia­ti­va resul­ta de parce­ria da Empre­sa Brasil de Comu­ni­cação (EBC) com o Arqui­vo Nacional. Os con­teú­dos podem ser acom­pan­hados nos três canais e tam­bém nas emis­so­ras que inte­gram a Rede Nacional de Comu­ni­cação Públi­ca (RNCP).

TV Brasil

A pro­gra­mação da TV Brasil para cel­e­brar o Dia do Meio Ambi­ente vai ao ar nes­ta quin­ta-feira (5), a par­tir das 23h. A primeira atração da mostra é o doc­u­men­tário Amazô­nia Sociedade Anôn­i­ma, de 2019, de Estevão Cia­vat­ta.

Logo depois, vêm o lon­ga Mar de Lama, de 2022, que abor­da o proces­so de min­er­ação no Brasil; o cur­ta Fil­has de Lavadeiras, de 2019, que con­ta a história de mul­heres negras como a atriz Ruth de Souza e a escrito­ra Con­ceição Evaris­to; e o doc­u­men­tário Taego Ãwa, pro­dução de 2017, sobre uma etnia indí­ge­na iso­la­da força­da a deixar suas ter­ras.

Brasília (DF), 06/06/2025 - Veículos da EBC apresentam mostra de filmes de arquivo sobre preservação e sustentabilidade. Foto: Arquivo em Cartaz/Divulgação
Repro­dução: TV Brasil Play disponi­bi­liza neste mês 14 obras nacionais de cur­ta, média e lon­ga-metragem — Arqui­vo em Cartaz/Divulgação

TV Brasil Play

Neste mês, o App TV Brasil Play ofer­ece ao públi­co a opor­tu­nidade de con­ferir 14 pro­duções: A nos­sa fes­ta já vai começar, de 2022; Alexan­d­ri­na — Um relâm­pa­go, de 2022; Amazô­nia Sociedade Anôn­i­ma, de 2019; Césio 137 — O pesade­lo de Goiâ­nia, de 1990; Dester­ro Guarani, de 2011; Eu sou raiz, de 2021; Felix, o herói da bar­ra, de 2015; Fil­has de Lavadeiras, de 2019; Luta da Erva, de 2024; Mar de Lama, de 2022; Mar­ta Kalun­ga, de 2022; Olhos de Anastá­cia: Conexões Quilom­bo­las, de 2021; Sob a Pata do Boi, de 2018; e Taego Ãwa, de 2017.

Canal Educação e Canal Gov

Até sex­ta-feira (6), o Canal Edu­cação e o Canal Gov estreiam qua­tro filmes temáti­cos, respec­ti­va­mente, às 22h, no Canal Edu­cação, e às 23h, no Canal Gov. As emis­so­ras apre­sen­tam as obras em horário alter­na­ti­vo ao lon­go do mês.

A pro­gra­mação foi aber­ta na quar­ta-feira (4), com a obra Afro — Das ori­gens aos des­ti­nos, de 2024, doc­u­men­tário sobre a influên­cia africana na musi­cal­i­dade brasileira, na gas­trono­mia e na reli­giosi­dade, prin­ci­pal­mente na Bahia, e prossegue nes­ta quin­ta (5), com Povos — Ter­ritórios, iden­ti­dade e tradição, de 2021, média-metragem sobre o papel da car­tografia social para defe­sa de ter­ritórios tradi­cionais no Rio de Janeiro e em São Paulo, e na sex­ta (6), com sessão dupla nos dois canais. A primeira pro­dução é As Fian­deiras do Algo­dão, de 2024, sobre o tra­bal­ho de mul­heres com fios de algo­dão nas comu­nidades rurais do Vale do Jequit­in­hon­ha, em Minas Gerais, e a segun­da, Fil­has de Lavadeiras, de 2019, cur­ta que desta­ca a tra­jetória de várias mul­heres negras brasileiras.

Canal Edu­cação reex­ibe o doc­u­men­tário Afro — Das ori­gens aos des­ti­nos na quar­ta (11), às 22h e à 1h; no sába­do (14), às 21h e no domin­go (15), às 15h e à 0h30. A janela alter­na­ti­va da obra no Canal Gov está pro­gra­ma­da para quar­ta (11), às 18h30, às 21h30 e à 1h; e para quin­ta (12), às 6h30, às 10h e às 13h30.

O média-metragem Povos — Ter­ritórios, iden­ti­dade e tradição, de 2021, tem reprise no Canal Edu­cação na quar­ta (18), às 22h e à 1h; no sába­do (21), às 21h; no domin­go (22), às 15h e à 0h30. O Canal Gov mostra o filme nova­mente na quar­ta (18), às 18h30, às 21h30 e à 1h; e na quin­ta (19), às 6h30, às 10h e às 13h30.

Brasília (DF), 06/06/2025 - Veículos da EBC apresentam mostra de filmes de arquivo sobre preservação e sustentabilidade. Foto: Arquivo em Cartaz/Divulgação
Repro­dução: Pro­gra­mação aprovei­ta o cin­e­ma de acer­vo como fer­ra­men­ta para abor­dar as memórias do plan­e­ta . Foto Arqui­vo em Cartaz/Divulgação

Os cur­tas As Fian­deiras do Algo­dão e Fil­has de Lavadeiras serão reap­re­sen­ta­dos pelo Canal Edu­cação na quar­ta (25), às 22h e à 1h; no sába­do (28), às 21h e no domin­go (29), às 15h e à 0h30. No Canal Gov, a pro­gra­mação vol­ta ao ar na quar­ta (25), às 18h30, às 21h30 e à 1h; e para quin­ta (26), às 6h30, às 10h e às 13h30.

Obras da mostra

A nos­sa fes­ta já vai começar, doc­u­men­tário dirigi­do por Car­los Eduar­do Mar­ques Mendes. Cul­tura, tradição, encon­tro e afe­tos se mostram na nar­ra­ti­va desse filme inédi­to, com duração de 14 min­u­tos, que abor­da memórias, vivên­cias e exper­iên­cias e tem clas­si­fi­cação livre

As Fian­deiras do Algo­dão, doc­u­men­tário inédi­to, com duração de 6 min­u­tos, roteiro de Viviane Fortes e Mar­i­ana Berut­to e pro­dução de Nal­va Aline e Elisan­gela Pedroso. O algo­dão moldou a história das comu­nidades rurais do Vale do Jequit­in­hon­ha. Hoje, as mul­heres mais anti­gas ain­da se lem­bram do tem­po em que as roupas de vestir e de casa eram fiadas e teci­das por suas mães e avós. Nesse tem­po, o fio do algo­dão ven­di­do tam­bém con­tribuía para sus­ten­to da família. Fiar sem­pre foi um ofí­cio cole­ti­vo. Jun­tas e embal­adas pelas canti­gas, as mul­heres trans­for­mavam o algo­dão que era plan­ta­do em suas roças e quin­tais em fios. Ao lon­go do tem­po, o plan­tio do algo­dão na região entrou em declínio, jun­ta­mente com os ofí­cios tradi­cionais. Ape­sar dis­so, o fiar per­maneceu preser­va­do na memória das famílias: bas­tou con­ser­tar as rodas e os fusos, que estavam para­dos, para que as mul­heres voltassem a se encon­trar nas rodas de fiação.

Afro — Das ori­gens aos des­ti­nos, doc­u­men­tário inédi­to com duração de 25 min­u­tos, direção, pro­dução e roteiro de Renan Car­val­hais. O filme abor­da a influên­cia africana na musi­cal­i­dade brasileira, na gas­trono­mia, na reli­giosi­dade e na for­mação do Recôn­ca­vo Baiano e da cap­i­tal, Sal­vador. Com depoi­men­tos de Vovô do Ilê; Ton­ho Matéria; Padre Lázaro, páro­co da Igre­ja Nos­sa Sen­ho­ra do Rosário dos Pre­tos; babalorixá Pai Pote, do ter­reiro Ilê Axé Ojú Onirê; músi­cos da ban­da ÀTTOOXXÁ, o artista plás­ti­co Alber­to Pit­ta, o agi­ta­dor cul­tur­al Clarindo Sil­va, Dona Dal­va do Sam­ba, entre out­ros nomes da cena negra baiana.

Alexan­d­ri­na — Um relâm­pa­go, doc­u­men­tário de 12 min­u­tos, dirigi­do por Keila dos San­tos Ser­ruya, tem clas­si­fi­cação indica­ti­va de 10 anos. O filme faz do cin­e­ma de invenção um cam­po fér­til de con­tes­tação, que ousa ras­gar os reg­istros do per­ver­so e men­tiroso pas­sa­do. A pro­dução traz para o pre­sente a imagem de Alexan­d­ri­na, mul­her pre­ta da Amazô­nia, que antes fora reduzi­da a obje­to de estu­do, esvazi­a­da do seu vas­to repertório de con­hec­i­men­to e logo joga­da ao lim­bo do supos­to esquec­i­men­to.

Amazô­nia Sociedade Anôn­i­madoc­u­men­tário inédi­to dirigi­do por Estevão Cia­vat­ta, com duração de 100 min­u­tos e clas­si­fi­cação indica­ti­va para 10 anos. Diante do fra­cas­so do gov­er­no brasileiro para pro­te­ger a Amazô­nia, índios e ribeir­in­hos, em uma união inédi­ta lid­er­a­da pelo cacique Juarez Saw Munduruku, enfrentam máfias de roubo de ter­ras e des­mata­men­to ile­gal para sal­var a flo­res­ta.​

Césio 137 — O pesade­lo de Goiâ­nia, dra­ma de 94 min­u­tos, escrito e dirigi­do por Rober­to Pires e com os atores Nel­son Xavier, Joana Fomm, Paulo Bet­ti, Stepan Ner­cess­ian, Paulo Gorgul­ho e Denise Mil­font. Lança­do há mais de 30 anos, o filme foi restau­ra­do dig­i­tal­mente. Indi­ca­do para maiores de 14 anos, o lon­ga é basea­do no aci­dente radi­ológi­co de Goiâ­nia ocor­ri­do em 1987 e traz depoi­men­tos das próprias víti­mas, que fazem breves aparições como fig­u­rantes.

Dester­ro Guarani, doc­u­men­tário inédi­to, com 38 min­u­tos, dirigi­do por Vicente Robert Carel­li, San­dro Ariel Orte­ga, Ernesto Igna­cio de Car­val­ho e Patrí­cia Fer­reira. O filme faz uma reflexão sobre o proces­so históri­co do con­ta­to dos Mbya-Guarani com os col­o­nizadores e bus­ca enten­der como o povo foi des­ti­tuí­do de suas ter­ras. A clas­si­fi­cação indica­ti­va é 10 anos.

Eu sou raiz, doc­u­men­tário inédi­to, com 7 min­u­tos de duração e clas­si­fi­cação livre, dirigi­do por Cín­tia Lima e Lil­ian de Alcân­tara. Na obra, Mes­tra Mari­in­ha é líder quilom­bo­la e há mais de 40 anos luta para preser­var a cul­tura e a natureza de seu ter­ritório. Ben­zedeira e con­hece­do­ra das ervas med­i­c­i­nais, ela é Mes­tra do Reisa­do do Quilom­bo da Mata de São José.

Felix, o herói da bar­ra, doc­u­men­tário inédi­to com 72 min­u­tos de duração e clas­si­fi­cação livre, dirigi­do por Edson Fogaça. Per­son­agem pre­sente na memória cole­ti­va da comu­nidade de Bar­ra de Aroeira, no Tocan­tins, Félix José, um ex-escra­vo que lutou na guer­ra do Paraguai, teria rece­bido do imper­ador D. Pedro II uma grande exten­são de ter­ra como rec­om­pen­sa. Após a morte de Félix José, a per­da do doc­u­men­to orig­i­nal ger­ou um con­fli­to pela posse da ter­ra. A situ­ação leva seus descen­dentes a lutar pelo patrimônio por mais de 50 anos. Eles dese­jam recu­per­ar o ter­ritório que hoje é ocu­pa­do por fazen­das e duas cidades.

Fil­has de Lavadeiras, doc­u­men­tário inédi­to com 22 min­u­tos e clas­si­fi­cação livre, dirigi­do por Edileuza Pen­ha de Souza. A pro­dução apre­sen­ta histórias de mul­heres negras que, graças ao tra­bal­ho árduo de suas mães, pud­er­am ir para a esco­la e refaz­er os cam­in­hos tril­ha­dos pelas ante­ces­so­ras. O filme rev­ela memórias, ale­grias e tris­tezas, dores e poe­sias que se fazem pre­sentes como pos­si­bil­i­dades de um novo des­ti­no. O cur­ta trans­for­ma o duro tra­bal­ho das lavadeiras em um espetácu­lo de vida e plen­i­tude e traz a história de mul­heres como a atriz Ruth de Souza e a escrito­ra Con­ceição Evaris­to.

Luta da Erva, doc­u­men­tário inédi­to dirigi­do por Mar­cia Paraí­so, abor­da bebidas como chi­mar­rão, ter­erê e mate, feitas à base da mes­ma plan­ta — Ilex Paraguar­ien­sis — e con­sum­i­das em grande parte do Brasil, têm sua origem dire­ta­mente rela­ciona­da à cul­tura e espir­i­tu­al­i­dade do povo Guarani. Esse fato, no entan­to, poucos con­hecem. O doc­u­men­tário mostra o preparo ances­tral das bebidas, da col­hei­ta no mato para o chá, tradição indí­ge­na absorvi­da pelas pop­u­lações cabo­clas do Sul do Brasil. São 70 min­u­tos de duração e a clas­si­fi­cação indica­ti­va é 10 anos.

Mar de Lama, doc­u­men­tário inédi­to de 73 min­u­tos, com direção de Felipe Bre­tas e Marce­lo Cal­das. A pro­dução mostra, pelo olhar de téc­ni­cos, cien­tis­tas, geó­grafos, his­to­ri­adores, pesquisadores e agentes públi­cos, como está e como foi o proces­so de min­er­ação no Brasil, focan­do tan­to o lado econômi­co, o que fica finan­ceira­mente para o povo, quan­to o que é per­di­do das riquezas e a sus­tentabil­i­dade das ativi­dades das empre­sas que explo­ram o país.

Mar­ta Kalun­ga, doc­u­men­tário inédi­to com meia hora de duração, dirigi­do por Mar­ta Kalun­ga, Lucinete Morais, Thay­nara Rezende. Con­duzi­do pelo cor­po e ter­ritório de Mar­ta, o doc­u­men­tário vai ao encon­tro da história da pro­tag­o­nista em sua bus­ca pela val­oriza­ção da memória e preser­vação da cul­tura Kalun­ga, entremeadas pelo tear e dança da Suça. A clas­si­fi­cação indica­ti­va é para 12 anos.

Olhos de Anastá­cia: Conexões Quilom­bo­las, doc­u­men­tário com direção de Jhonatan Gomes e Vanes­sa Rodrigues. A pro­dução é inédi­ta e acom­pan­ha qua­tro mul­heres rep­re­sen­tantes das comu­nidades Quilom­bo da Anastá­cia e Quilom­bo Manoel Bar­bosa, que con­tam sua história e a de suas antepas­sadas, ex-escrav­izadas que tra­bal­haram duro para que as futuras ger­ações tivessem onde morar, mes­mo com todas as adver­si­dades impostas pela sociedade da época. São 24 min­u­tos e a clas­si­fi­cação indica­ti­va é 10 anos.

Povos — Ter­ritórios, iden­ti­dade e tradição, doc­u­men­tário inédi­to, com 33 min­u­tos, dirigi­do por Felipe Scapino, rev­ela o papel da car­tografia social para defe­sa de ter­ritórios tradi­cionais reple­tos de diver­si­dade, desafios, lutas, histórias e reivin­di­cações que mobi­lizam povos e comu­nidades tradi­cionais em defe­sa da con­tinuidade de suas vidas e cul­turas. Nesse lugar, local­iza­do no litoral entre os esta­dos do Rio de Janeiro e de São Paulo, o movi­men­to do Fórum de Comu­nidades Tradi­cionais real­iza uma grande car­tografia social chama­da de Pro­je­to Povos. O doc­u­men­tário rev­ela os per­cur­sos que fiz­er­am com que a car­tografia social fos­se real­iza­da nos primeiros anos de pro­je­to e nar­ra parte dessa tra­jetória jun­to aos povos caiçaras, indí­ge­nas e quilom­bo­las de Paraty e Ubatu­ba.

Sob a Pata do Boi, doc­u­men­tário inédi­to com duração de 50 min­u­tos e direção de Mar­cio Isensee e Sá. A Amazô­nia tem hoje 85 mil­hões de cabeças de gado, três para cada pes­soa. Na déca­da de 1970, a flo­res­ta esta­va intac­ta, e os bois eram raros. Des­de então, um ter­ritório equiv­a­lente ao da França desa­pare­ceu, com 66% trans­for­man­do-se em pasta­gens. A mudança foi incen­ti­va­da pelo gov­er­no, que estim­u­lou a chega­da à região de fazen­deiros de out­ras partes do país. A pecuária tornou-se ban­deira econômi­ca e cul­tur­al da Amazô­nia, com o surg­i­men­to de líderes políti­cos para defendê-la. Em 2009, o jogo começou a virar quan­do o Min­istério Públi­co obrigou os grandes frig­orí­fi­cos a mon­i­torarem o des­mata­men­to nas fazen­das de onde com­pram gado. A clas­si­fi­cação indica­ti­va é para 12 anos.

Taego Ãwa, doc­u­men­tário inédi­to de 77 min­u­tos, dirigi­do por Marcela Borela e Hen­rique Borela. Na obra, víti­mas de um con­ta­to força­do pelo gov­er­no em 1973, os poucos sobre­viventes da etnia Ãwa que vivi­am iso­la­dos na flo­res­ta, no Tocan­tins, foram expul­sos de sua ter­ra, que foi entregue a cri­adores de gado. O fato ocor­reu durante a políti­ca de inte­gração da Amazô­nia, na época da ditadu­ra. O doc­u­men­tário leva aos descen­dentes dos Ãwa, cap­tura­dos na flo­res­ta décadas atrás, ima­gens históri­c­as do con­ta­to força­do. Fotografias e vídeos encon­tra­dos pelos cineas­tas em um armário da fac­ul­dade se con­trapõem ao cotid­i­ano da ger­ação recente. O filme, com clas­si­fi­cação indica­ti­va para 12 anos, dá uma ideia do estra­go feito pelas frentes de atração de indí­ge­nas do gov­er­no mil­i­tar e aju­da a enten­der por que é tão impor­tante a políti­ca de não con­ta­to que vig­o­ra no Esta­do Brasileiro des­de a rede­moc­ra­ti­za­ção.

Serviço

Mostra Arqui­vo em Car­taz — Memórias da Ter­ra em Filmes de Arqui­vo
Canal Edu­cação – quin­ta e sex­ta-feira (5 e 6), às 22h.
Canal Gov – quin­ta e sex­ta-feira (5 e 6), às 23h.
TV Brasil – quin­ta-feira (5), às 23h.
TV Brasil Play – até o dia 30 deste mês.

Canal Edu­cação – Sai­ba como sin­tonizar ou assista online.
Canal Gov – Sai­ba como sin­tonizar ou assista online.
TV Brasil – Sai­ba como sin­tonizar ou assista online.

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