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Vídeo mostra autor de ataque ao STF perto da equipe da TV Brasil

Francisco Luiz chegou a interagir com repórter e cinegrafistas

Agên­cia Brasil*
Pub­li­ca­do em 15/11/2024 — 17:14
Brasília
Ver­são em áudio
Brasília (DF), 15/11/2024 - Francisco Wanderley Luiz, autor das explosões ocorridas nesta quarta-feira (13) na Praça dos Três Poderes, passando em frente ao edifício do STF. Frame: Tv Brasil/Divulgação
Repro­dução: © TV Brasil/Divulgação

Um vídeo da TV Brasil, da Empre­sa Brasil de Comu­ni­cação (EBC), mostra Fran­cis­co Wan­der­ley Luiz cam­in­han­do na Praça dos Três de Poderes momen­tos antes de jog­ar bom­bas per­to da Está­tua da Justiça, em frente ao pré­dio do Supre­mo Tri­bunal Fed­er­al (STF). Fran­cis­co mor­reu em segui­da ao explodir artefatos em seu cor­po. 

O autor do aten­ta­do dessa quar­ta-feira (13) chegou a inter­a­gir com a equipe da TV Brasil, que esta­va na praça para um entra­da ao vivo no jor­nal.

A repórter Manuela Cas­tro con­tou que a equipe esta­va se preparan­do para entrar ao vivo no tele­jor­nal Repórter Brasil, quan­do um homem se aprox­i­mou e ficou próx­i­mo deles. Ela rela­tou que é comum pedestres ou tur­is­tas ficarem obser­van­do ou tirarem fotos pela curiosi­dade de ver uma equipe de reportagem. Segun­do ela, o homem perce­beu que a equipe notou a prox­im­i­dade da pre­sença dele.

“Ele perce­beu e disse: Não vou atra­pal­har vocês, não. Fiquem tran­qui­los. Vou pas­sar por trás da câmera. Depois, ele falou: Não vou pas­sar pela frente da câmera, porque sou muito feio”, rela­tou a repórter.

Durante a entra­da ao vivo da repórter no tele­jor­nal, é pos­sív­el ver Fran­cis­co cam­in­han­do ao fun­do e mais próx­i­mo à sede do Supre­mo.

» Veja imagens da TV Brasil em que Francisco aparece antes das explosões:

Manuela Cas­tro disse que perce­beu que o autor das explosões era o mes­mo homem que con­ver­sou com ela por causa da roupa dele.

Brasília (DF) 14/11/2024 - Policiais fazem perícia no corpo de Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, em frente do STF. Segundo a Polícia Civil do DF, Francisco foi autor das explosões ocorridas nesta quarta-feira (13) na Praça dos Três Poderes. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Repro­dução: Brasília (DF) 14/11/2024 — Poli­ci­ais fazem perí­cia no cor­po de Fran­cis­co em frente do STF. Foto: Fabio Rodrigues-Pozze­bom/Agên­cia Brasil

“O que me chamou a atenção era que Fran­cis­co esta­va com uma calça estam­pa­da, muito col­ori­da. Essa calça ficou reg­istra­da na min­ha memória. Quan­do eu vi as ima­gens do STF [das câmeras de segu­rança], eu tive certeza que ele era aque­le obser­vador, que ficou tão próx­i­mo da gente. E tive, então, a noção do peri­go, risco que eu e a equipe tive­mos”, afir­mou.

Con­heci­do como Tiü França, Fran­cis­co Wan­der­ley Luiz, 59 anos, mor­reu na noite des­ta quar­ta-feira (13) ao det­onar explo­sivos em frente ao pré­dio do Supre­mo Tri­bunal Fed­er­al (STF). Ele tam­bém foi autor da explosão de uma car­ro esta­ciona­do no anexo 4 da Câmara dos Dep­uta­dos. O chaveiro oi can­dida­to a vereador pelo PL em Rio do Sul, San­ta Cata­ri­na, nas eleições de 2020.

Ex-companheira

Polí­cia Fed­er­al inves­ti­ga o caso. Agentes foram até a casa de Daiane Dias, ex-com­pan­heira de Fran­cis­co. No local fun­ciona­va o esta­b­elec­i­men­to do chaveiro. Em depoi­men­to infor­mal aos agentes, ela disse acred­i­tar que as explosões foram plane­jadas por Fran­cis­co, já que ele fala­va em faz­er esse tipo de ação.

Ao ser ques­tion­a­da por um poli­cial se Fran­cis­co teria dito que iria “matar gente” e tin­ha um plano, Daiane respon­deu que o alvo seria o min­istro do Supre­mo Tri­bunal Fed­er­al (STF), Alexan­dre de Moraes.

“Gente não. O Alexan­dre de Moraes e quem estivesse per­to naque­la hora”, respon­deu a mul­her. “Ele falou que mataria ou se mataria”, acres­cen­tou.

Daiane afir­mou ain­da que ela e o ex-com­pan­heiro não par­tic­i­param dos atos de 8 de janeiro em Brasília. Eles estavam em Rio do Sul na data.

Segun­do ela, Fran­cis­co esta­va obceca­do com questões políti­cas. “Ele quase me deixou lou­ca. Todo mun­do na rua fala­va: Você vai ficar lou­ca. Só fala­va de políti­ca, políti­ca, políti­ca”.

“Ele não se mataria. Jamais tiraria a vida dele, a não ser que ele tivesse cumpri­do o obje­ti­vo dele. Se ele mor­reu em vão e não matou ninguém, é porque desco­bri­ram o que ele iria faz­er”, disse.

Daiane foi con­duzi­da para a del­e­ga­cia da Polí­cia Fed­er­al em Lages, onde prestou depoi­men­to nes­ta quin­ta-feira (14) e foi lib­er­a­da. O celu­lar dela ficou reti­do.

Irmão

Um dos cin­co irmãos de Fran­cis­co disse ele esta­va obceca­do por políti­ca nos últi­mos anos, par­ticipou de acam­pa­men­tos em rodovias con­tra a eleição de Lula e esta­va com com­por­ta­men­to irrecon­hecív­el.

“A pes­soa com a cabeça fra­ca, se não está bem cen­tra­da, aca­ba se deixan­do levar pelo ódio”, disse em entre­vista à equipe da TV Brasil, por tele­fone.

Emo­ciona­do, o irmão con­tou que não man­tinha con­ta­to com Fran­cis­co nos últi­mos meses. Segun­do ele, o chaveiro, era uma pes­soa tran­quila, porém, após as últi­mas eleições pres­i­den­ci­ais em 2022, só fala­va de políti­ca, o que difi­cul­ta­va o con­vívio. Essa situ­ação se agravou no ano pas­sa­do.

Ele dis­cor­da que Fran­cis­co teria intenção de matar o min­istro Moraes.

* Com infor­mações da TV Brasil e da Rede Bela Aliança, de Rio do Sul (SC), da rede nacional de comu­ni­cação públi­ca e par­ceira da EBC

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