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Voo não tripulado à Lua, Missão Artemis 1 acaba neste domingo

Repro­dução: © NASA/Joel Kowsky

Cápsula pousará no Oceano Pacífico, na costa do México


Pub­li­ca­do em 10/12/2022 — 19:03 Por Agên­cia Brasil* — Brasília

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Primeiro voo à Lua des­de a últi­ma Mis­são Apol­lo, em 1972, a Mis­são Artemis 1 chega ao fim aman­hã (11), quan­do a cáp­su­la Ori­on pousa no Oceano Pací­fi­co, per­to da cos­ta mex­i­cana. A ameris­sagem (pouso no mar) está pre­vista para as 14h40 (horário de Brasília) na cos­ta oci­den­tal da penín­su­la da Baixa Cal­ifór­nia, que per­tence ao Méx­i­co, após 26 dias de viagem.

Em retorno da órbi­ta lunar des­de 1º de dezem­bro, a Mis­são Artemis 1 ini­cia­rá à oper­ação de ameris­sagem às 14h deste domin­go (tam­bém horário de Brasília), quan­do a cáp­su­la Ori­on se sep­a­ra do módu­lo de serviço. Fab­ri­ca­do pela Agên­cia Espa­cial Europeia, o módu­lo con­tém os propul­sores, os motores e os painéis solares que fornece­r­am ener­gia para a nave por quase um mês.

Após a sep­a­ração, a Ori­on fará uma manobra ousa­da na bor­da da atmos­fera ter­restre. Com a pro­teção de um mate­r­i­al espe­cial que amortece col­isões, a cáp­su­la “quicará” na atmos­fera e aproveitará o impul­so para aprox­i­mar-se da cos­ta oeste amer­i­cana. A manobra não era pos­sív­el durante o Pro­gra­ma Apol­lo.

Em segui­da, a cáp­su­la entrará na atmos­fera da Ter­ra a uma veloci­dade de 40 mil quilômet­ros por hora. Os téc­ni­cos da Nasa ver­i­fi­cação se os isolantes tér­mi­cos, que supor­tam tem­per­at­uras de até 2,7 mil graus Cel­sius (°C), con­seguirão preser­var o inte­ri­or da cáp­su­la, onde estão insta­l­a­dos três manequins (um de cor­po inteiro e dois dor­sos idên­ti­cos) com sen­sores que mon­i­torarão, entre out­ras coisas, a tem­per­atu­ra, a pressão e a radi­ação.

Maior que o das Mis­sões Apol­lo, o escu­do tér­mi­co tem 5 met­ros de diâmetro e é com­pos­to de uma tre­liça de titânio cober­ta de uma pelícu­la de fibra de car­bono e de um mate­r­i­al abla­ti­vo (que afas­ta o calor) que fará parte da pro­teção se des­gas­tar na atmos­fera. Segun­do a Nasa, agên­cia espa­cial norte-amer­i­cana, a sep­a­ração de parte do escu­do reduz o estresse (tér­mi­co e físi­co) do restante da son­da e aju­da a reti­rar o calor.

Paraquedas

A Ori­on abre a capa pro­te­to­ra dos paraque­das, que impe­dem que eles se queimem antes do momen­to cer­to. A capa é necessária porque os paraque­das só supor­tam tem­per­at­uras de até 2,6 mil °C. Com a pro­teção em fun­ciona­men­to, três paraque­das de fibra de titânio, mate­r­i­al leve e resistente, se abrirão.

A 25 mil pés (7,6 met­ros) de alti­tude, dois out­ros paraque­das se abrirão e reduzirão a veloci­dade de que­da para 160 quilômet­ros por hora (km/h). Com­pos­tos de um mate­r­i­al híbri­do de kevlar (fibra sin­téti­ca de arami­da) e nylon, os paraque­das pesam 80 quilo­gra­mas (Kg) cada e ficarão 30 met­ros aci­ma da cáp­su­la quan­do forem total­mente aber­tos.

A 9,5 mil pés (2,9 mil met­ros) de alti­tude, os dois paraque­das serão descar­ta­dos da son­da para a aber­tu­ra de três paraque­das, de menor dimen­são e de 5 kg cada um. Ess­es paraque­das tam­bém são feitos de kevlar e nylon. Os três paraque­das prin­ci­pais, com até 80 met­ros de com­pri­men­to se aber­tos, serão aciona­dos para reduzir a veloci­dade de que­da para 32 quilômet­ros por hora.

Ao todo, 11 paraque­das serão aciona­dos na oper­ação de pouso: três de fibra de titânio, dois de 80 kg, três de 5 kg e os três prin­ci­pais. Segun­do a Nasa, a ameris­sagem poderá ocor­rer em segu­rança, mes­mo que um paraque­da de 80 kg e um paraque­da prin­ci­pal fal­he.

Etapas finais

A ameris­sagem está pre­vista para ocor­rer 40 min­u­tos após o iní­cio da oper­ação de reen­tra­da, em algum pon­to do Oceano Pací­fi­co per­to da penín­su­la da Baixa Cal­ifór­nia. A Mar­in­ha norte-amer­i­cana e uma equipe de res­gate do Cen­tro Espa­cial Kennedy tra­bal­harão em con­jun­to para recu­per­arem a cáp­su­la. Mer­gul­hadores conec­tarão um cabo à embar­cação, que será pux­a­da para um espaço no con­vés de um navio da Mar­in­ha. Equipes de procu­ra recu­per­arão a capa pro­te­to­ra e os três paraque­das prin­ci­pais.

Con­sid­er­a­do o primeiro teste para o retorno de mis­sões trip­u­ladas à Lua, a Mis­são Artemis 1 é orga­ni­za­da pela Nasa em parce­ria com 21 país­es, entre os quais o Brasil. O lança­men­to ocor­reu na base de Cabo Canaver­al, na Flóri­da, em 16 de novem­bro, após duas ten­ta­ti­vas sem suces­so.

Em 21 de novem­bro, a mis­são aprox­i­mou-se da Lua e entrou na órbi­ta retrógra­da do satélite em 25 de novem­bro. Seis dias mais tarde, em 1º de dezem­bro, afas­tou-se da órbi­ta da Lua e começou o retorno à Ter­ra. A viagem não trip­u­la­da mar­cou uma série de testes na órbi­ta da Lua, tan­to em relação aos equipa­men­tos quan­to à cáp­su­la Ori­on, que deve levar até qua­tro astro­nau­tas na segun­da eta­pa da mis­são, pre­vista para ocor­rer até 2026.

A mis­são pre­tende ampli­ar a atu­ação no sis­tema solar, de for­ma a con­stru­ir uma base lunar per­ma­nente, sus­ten­táv­el e faz­er com que a Lua seja um pon­to de apoio para pro­je­tos em Marte.

* Com infor­mações da Nasa

Edição: Clau­dia Fel­czak

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