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Zé Renato canta Zé Keti no programa Samba na Gamboa

Artista interpreta clássicos do bamba no programa da TV Brasil

EBC
Pub­li­ca­do em 31/05/2025 — 18:38
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro (RJ) 30/05/2025 - O cantor e compositor Zé Renato é o convidado da apresentadora Teresa Cristina no Samba na Gamboa em tributo ao bamba Zé Keti (1921-1999) que vai ao ar na TV Brasil. Foto: TV Brasil
Repro­dução: © TV Brasil

O can­tor e com­pos­i­tor Zé Rena­to é o con­vi­da­do da apre­sen­ta­do­ra Tere­sa Cristi­na no pro­gra­ma Sam­ba na Gam­boa, em trib­u­to ao bam­ba Zé Keti (1921–1999) que vai ao ar neste domin­go (1º), às 12h45, na TV Brasil. Excep­cional­mente mais cedo, a edição inédi­ta do pro­gra­ma res­ga­ta clás­si­cos que mar­caram época e atrav­es­sam ger­ações.

No pro­gra­ma, Zé Rena­to e Tere­sa Cristi­na inter­pre­tam músi­cas que mar­caram a obra do com­pos­i­tor e se tornaram clás­si­cos do sam­ba, com letras e melo­dias inesquecíveis, como OpiniãoDiz que fui por aíMal­vadeza durãoAcen­der as velas e Más­cara negra.

Em sua tra­jetória, Zé Rena­to gravou o dis­co Nat­ur­al do Rio de Janeiro (1995), com sam­bas do saudoso artista. No pro­gra­ma, ele con­ta à apre­sen­ta­do­ra Tere­sa Cristi­na como foi essa exper­iên­cia, recor­da o con­vívio Zé Keti e abor­da a relação com out­ra per­son­al­i­dade do gênero, o vet­er­a­no Elton Medeiros.

Pro­dução orig­i­nal da emis­so­ra públi­ca, o Sam­ba na Gam­boa pode ser acom­pan­hado no App TV Brasil Play e está disponív­el no YouTube do canal. O pro­gra­ma tam­bém tem uma ver­são radiofôni­ca que vai ao ar na Rádio Nacional aos sába­dos, ao meio-dia, para toda a rede.

Talento multifacetado

Rio de Janeiro (RJ) 30/05/2025 - O cantor e compositor Zé Renato é o convidado da apresentadora Teresa Cristina no Samba na Gamboa em tributo ao bamba Zé Keti (1921-1999) que vai ao ar na TV Brasil. Foto: TV Brasil
Repro­dução: O can­tor e com­pos­i­tor Zé Rena­to é o con­vi­da­do da apre­sen­ta­do­ra Tere­sa Cristi­na no Sam­ba na Gam­boa em trib­u­to ao bam­ba Zé Keti (1921–1999) que vai ao ar na TV Brasil. Foto: TV Brasil

Con­sid­er­a­do um dos maiores cri­adores de melo­dias da músi­ca brasileira, Zé Keti tin­ha diver­sas fac­etas. O com­pos­i­tor fala de amor, da favela e da vida no mor­ro com crôni­cas do cotid­i­ano que nar­ra­va em suas canções.

O sam­bista can­ta­va, era ator e teve par­tic­i­pação políti­ca. Com inteligên­cia e sagaci­dade, o astro ain­da fez parte do Cin­e­ma Novo com suas tril­has e estrelou o lendário show Opinião. Com entu­si­as­mo, o can­tor e com­pos­i­tor tam­bém par­ticipou ati­va­mente do bar Zicar­to­la, restau­rante aber­to no Rio de Janeiro pelo casal Car­to­la e Dona Zica, pon­to de encon­tro de grandes nomes da cul­tura brasileira.

Fãs de Zé Keti, Tere­sa Cristi­na e Zé Rena­to comen­tam de que for­ma aque­le homem tími­do foi uma refer­ên­cia na cena artís­ti­ca nacional.

“Ele tin­ha espíri­to livre e aber­to para dialog­ar em várias frentes. Tin­ha um inter­esse genuíno pela cul­tura brasileira. A cri­ação dos seus desen­hos melódi­cos com os cam­in­hos e a inspi­ração que desagua num lugar sur­preen­dente”, avalia o tam­bém can­tor e com­pos­i­tor.

Durante o papo com a apre­sen­ta­do­ra, o con­vi­da­do recor­da os primeiros con­tatos com a obra do sam­bista. “Eu come­cei a ouvir o Zé Keti na voz de out­ros can­tores. Meu pai era jor­nal­ista das noites car­i­o­cas e ado­ra­va músi­ca. A tril­ha sono­ra da min­ha casa era for­ma­da pelos sam­bas e ser­estas. E, obvi­a­mente, incluía obras do Zé Keti”, lem­bra ao destacar quan­do ouviu Diz que fui por aí, na voz de Nara Leão.

Portas abertas no samba

Na entre­vista, Zé Rena­to fala ain­da sobre um dis­co mar­cante em sua car­reira. O artista con­ta que ofer­e­ceu flo­res em vida ao bam­ba com a gravação do álbum Nat­ur­al do Rio de Janeiro, em 1996. “O dis­co teve uma reper­cussão sur­preen­dente e me deu muitas ale­grias, inclu­sive de con­hecer o Zé Keti pes­soal­mente por con­ta desse tra­bal­ho.”

“Eu sen­ti depois que o pro­je­to foi grava­do como se as por­tas do sam­ba tivessem sido aber­tas porque as pes­soas me con­heci­am do grupo Boca Livre, mas não sabi­am dessa min­ha história de vida, de escu­tar sam­ba des­de pequeno em casa. Até então, eu nun­ca tin­ha rev­e­la­do isso profis­sion­al­mente”, con­ta.

Zé Rena­to expli­ca tam­bém a razão de cel­e­brar esse gênio do sam­ba que se tornou um ami­go: “gravei o álbum moti­va­do tam­bém porque muitos músi­cos da min­ha época con­heci­am as canções, mas não sabi­am que eram do Zé Keti. Foi uma ale­gria muito grande ter con­vivi­do com ele. Era uma figu­ra muito diver­ti­da”.

Legado

Nos anos 1950 e 1960, em seu auge, Zé Keti par­ticipou do show Opinião com Nara Leão e João do Vale, foi dire­tor musi­cal do Zicar­to­la e lançou o grupo A Voz do Mor­ro. Tam­bém entrou em con­ta­to com a tur­ma da Bossa Nova e com o pes­soal do Cin­e­ma Novo, fez tril­ha sono­ra para filmes e ain­da tra­bal­hou com astros como Grande Ote­lo, em pro­duções do cineas­ta Nel­son Pereira dos San­tos.

Zé Keti foi uma per­son­al­i­dade úni­ca e ao mes­mo tem­po plur­al que esta­b­ele­ceu relação entre mun­dos dis­tantes do Rio de Janeiro ao atrav­es­sar uma dis­pari­dade pre­sente até hoje. Zé Rena­to e Tere­sa Cristi­na lem­bram que o artista criou pontes, mas que, na déca­da de 1990, muitas pes­soas não sabi­am que Zé Keti era o autor de tan­tas músi­cas con­sagradas.

O con­vi­da­do e a apre­sen­ta­do­ra recor­dam parce­rias de Zé Keti e Elton Medeiros como as obras-pri­mas Psiquia­traMas­cara­da e Sor­ri, entre out­ras canções. “Eles tin­ham mui­ta cumpli­ci­dade e eram muito engraça­dos jun­tos. Um ranz­in­za e o out­ro, expan­si­vo. A gente fica feliz de ter con­vivi­do com ess­es ído­los e estar no pal­co com essas fig­uras sen­sa­cionais”, afir­ma Zé Rena­to.

“Elton Medeiros me deu a hon­ra de ser con­sul­tor no pro­je­to do dis­co Nat­ur­al do Rio de Janeiro e me apre­sen­tou Zé Keti. Mostrou alguns sam­bas dele que eu ain­da não con­hecia. A par­tir daí, cri­amos uma amizade. O Zé Keti me lig­a­va dizen­do que esta­va escu­tan­do o álbum”, diverte-se.

Artista múlti­p­lo, o hom­e­nagea­do dessa edição do Sam­ba na Gam­boa deixou ensi­na­men­tos através de sua pro­dução autoral com força e doçu­ra. Zé Keti foi um dos um dos respon­sáveis pela maior inte­gração entre o sam­ba de mor­ro e a bossa do asfal­to com sua atu­ação no bar Zicar­to­la.

Sobre o programa

A nova tem­po­ra­da do Sam­ba na Gam­boa foi grava­da no Teatro Ruth de Souza, no Par­que Glória Maria, em San­ta Tere­sa, na região cen­tral do Rio de Janeiro. O pal­co para con­ver­sas embal­adas por hits é um cenário col­ori­do que evo­ca uma praça na Gam­boa – bair­ro históri­co da zona por­tuária da cap­i­tal flu­mi­nense. A pre­sença de plateia é out­ro destaque da atração.

Os encon­tros con­tam ain­da com uma ban­da da pesa­da, coman­da­da pelo lendário Paulão Sete Cor­das, e for­ma­da pelos músi­cos Eduar­do Neves (sopros), João Calla­do (cava­co), Pauli­no Dias (per­cussão), Rodri­go Jesus (per­cussão) e Waltis Zacarias (per­cussão).

Histórico da produção

O Sam­ba na Gam­boa reúne grandes intér­pretes das novas ger­ações e nomes con­sagra­dos do gênero e ícones da músi­ca pop­u­lar brasileira (MPB) para uma ani­ma­da roda de sam­ba. Com Dio­go Nogueira, o pro­gra­ma con­tou com sete tem­po­radas e foi grava­do entre 2008 e 2018. Até hoje a atração faz parte da grade do canal públi­co.

Ao vivo e on demand   

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