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Zezé Motta recebe título de Doutora Honoris Causa da Fiocruz

Ela foi a primeira artista a receber a honraria máxima da instituição

Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 01/11/2024 — 16:11
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro- 01/11/2024 A atriz Zezé Motta ao receber o título do presidente da Fiocruz, Mario Moreira (Foto: Peter Ilicciev)
Repro­dução: © Foto: Peter Ilic­ciev

A atriz Zezé Mot­ta rece­beu o títu­lo de Douto­ra Hon­oris Causa da Fun­dação Oswal­do Cruz (Fiocruz). Ela foi a primeira artista a rece­ber a hon­raria máx­i­ma da insti­tu­ição. A decisão de pre­mi­ar a artista foi aprova­da por una­n­im­i­dade pelo Con­sel­ho Delib­er­a­ti­vo.

“Sem­pre digo que é muito impor­tante o recon­hec­i­men­to das coisas boas que você real­iza, porque é um incen­ti­vo para que você con­tin­ue lutan­do pelo que acred­i­ta”, disse Zezé, ao rece­ber o títu­lo nes­ta quin­ta-feira (31).

“Min­ha car­reira foi mar­ca­da pela bus­ca da rep­re­sen­ta­tivi­dade e pelo com­bate ao pre­con­ceito. Hoje, receben­do esse títu­lo, sin­to que a min­ha tra­jetória se entre­laça à de todos que lutam por justiça e igual­dade”, com­ple­tou a atriz.

O pres­i­dente da Fiocruz, Már­cio Mor­eira, disse que o títu­lo bus­ca recon­hecer o tra­bal­ho de pes­soas que con­tribuíram para a mel­ho­ria da humanidade e do país.

“Enten­demos que a expressão cien­tí­fi­ca tam­bém se dá pela cul­tura e pelas artes, mas, para além dis­so, Zezé encar­na a luta do nos­so cotid­i­ano por um país menos desigual”, disse o pres­i­dente. “Essa é uma luta da Fiocruz, porque é uma luta da sociedade brasileira”.

A atriz é nat­ur­al de Cam­pos dos Goy­ta­cazes, no norte do esta­do do Rio de Janeiro. Chegou a tra­bal­har como operária na indús­tria far­ma­cêu­ti­ca. Estre­ou como atriz em 1967, na peça Roda viva, de Chico Buar­que. No total, foram 13 peças de teatro e mais de dez dis­cos, sendo o mais recente Péro­las negras (2024), no qual divide os vocais com Alaíde Cos­ta e Eliana Pittman.

Zezé Mot­ta tam­bém se desta­cou em nov­e­las e filmes. Ela foi pro­tag­o­nista de Xica da Sil­va (1976), filme dirigi­do por Cacá Diegues e atu­ou em mais de 45 pro­duções na tele­visão, como a nov­ela Beto Rock­e­feller (1968), e mais de 60 filmes. Em 2022, venceu o Prêmio Grande Ote­lo do Cin­e­ma Brasileiro de Mel­hor Atriz Coad­ju­vante pelo filme Doutor Gama. E rece­beu o Troféu Oscar­i­to do Fes­ti­val de Cin­e­ma de Gra­ma­do, pelo con­jun­to de sua obra, em 2007.

“Ser uma mul­her pre­ta no Brasil é, por si só, um mar­co diário. Mas ser uma mul­her pre­ta que con­seguiu se fir­mar no cenário artís­ti­co, desafian­do estereóti­pos e con­qui­s­tan­do espaços é uma vitória que car­rego comi­go e com todas as mul­heres pre­tas que vier­am antes e as que ain­da vivem ago­ra”, disse Zezé.

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