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Hoje é Dia: semana recorda o adeus às cantoras Elis Regina e Maysa

Repro­du­ção: © Acervo/Arquivo Naci­o­nal

Publi­ca­do em 16/01/2022 — 07:37 Por Thi­a­go Gui­ma­rães* — Esta­giá­rio da Agên­cia Bra­sil — Bra­sí­lia

Duas das mai­o­res can­to­ras da músi­ca bra­si­lei­ra serão lem­bra­das na sema­na que come­ça hoje: no dia 19, com­ple­tam-se 40 anos sem Elis Regi­na. Já no dia 22, serão 45 anos des­de a mor­te de May­sa.

Elis Regi­na, nas­ci­da em 1945, revo­lu­ci­o­nou a músi­ca e dei­xou a sua belís­si­ma voz mar­ca­da na bos­sa nova, na MPB e em tan­tos outros gêne­ros musi­cais. Sem­pre mui­to polí­ti­ca, Elis é intér­pre­te de inú­me­ros suces­sos, entre eles Águas de mar­ço, com Tom Jobim, Como nos­sos pais O bêba­do e o equi­li­bris­ta.

Elis se ins­pi­rou bas­tan­te nos can­to­res de rádio da sua épo­ca e come­çou sua car­rei­ra ain­da na ado­les­cên­cia. No entan­to, foi nos gran­des fes­ti­vais de músi­ca dos anos 1960, trans­mi­ti­dos pela tele­vi­são, que ela apre­sen­tou a exten­são de sua voz e a sua dra­ma­ti­ci­da­de enquan­to can­ta­va. O seu ges­tu­al, enquan­to se apre­sen­ta­va, é um tra­ço mar­can­te de suas per­for­man­ces (assis­ta tre­chos de uma apre­sen­ta­ção de Elis Regi­na no pal­co do Cane­cão, da série Anto­lo­gia MPB, pro­du­zi­da pela TVE em 1988 e recu­pe­ra­do pelo Recor­dar é TV, da TV Bra­sil):


Ape­li­da­da de Pimen­ti­nha, Elis che­gou a ter uma pro­je­ção inter­na­ci­o­nal: foi com­pa­ra­da a Ella Fitz­ge­rald, a can­to­ra que ficou eter­ni­za­da pela potên­cia de sua voz. Foram qua­tro milhões de dis­cos ven­di­dos em 18 anos de car­rei­ra. Elis Regi­na fale­ceu no auge de sua car­rei­ra, no ano de 1982, aos 36 anos, víti­ma de uma para­da car­día­ca após con­su­mo de álco­ol, dro­gas e medi­ca­men­tos. Ela dei­xou três filhos e uma legião de admi­ra­do­res.

Repro­du­ção: Elis Regi­na — Arqui­vo Naci­o­nal — Foto: Acervo/Arquivo Naci­o­nal

Elis e sua obra estão pre­sen­tes em vári­os pro­gra­mas e con­teú­dos da Empre­sa Bra­sil de Comu­ni­ca­ção. A come­çar por esta lis­ta de 17 curi­o­si­da­des sobre a can­to­ra, ela­bo­ra­da em 2014, quan­do ela com­ple­ta­ria 70 anos. Entre elas, o fato de que “Elis foi repro­va­da por Tom Jobim, em 1964, duran­te as audi­ções para o dis­co Pobre Meni­na Rica, sob a ale­ga­ção de que ela ain­da era mui­to pro­vin­ci­a­na. Exa­ta­men­te dez anos depois, gra­va­ram jun­tos o dis­co Elis & Tom, his­tó­ri­co regis­tro da MPB” (con­fi­ra a lis­ta com­ple­ta).

E dire­to dos arqui­vos da Rádio Naci­o­nal, ouça nova­men­te uma rara entre­vis­ta con­ce­di­da por Elis à emis­so­ra, em julho de 1979, comen­tan­do fai­xa a fai­xa do seu dis­co Essa mulher. A con­ver­sa, com mais de uma hora, foi res­ga­ta­da do acer­vo da emis­so­ra e publi­ca­da em 2013:

E o Na Tri­lha da His­tó­ria, da Rádio Naci­o­nal, dedi­cou dois epi­só­di­os à Elis Regi­na: o pri­mei­ro, que foi ao ar em 2017, por oca­sião dos 72 anos de nas­ci­men­to da can­to­ra, entre­vis­tou o bió­gra­fo Julio Maria, autor do livro Nada será como antes. O escri­tor deta­lha tra­ços do talen­to úni­co da gaú­cha, seus rela­ci­o­na­men­tos e seu tem­pe­ra­men­to explo­si­vo. Ao lon­go do pro­gra­ma, você ouve Elis inter­pre­tan­do cin­co can­ções: Baby face, Fas­ci­na­ção, Atrás da por­ta, O bêba­do e o equi­li­bris­ta e Nada será como antes. Ouça:

O segun­do, exi­bi­do em mar­ço de 2021, visi­ta as memó­ri­as do pro­du­tor musi­cal João Mar­cel­lo Bôs­co­li, filho da can­to­ra Elis Regi­na e autor do livro Elis e eu: 11 anos, 6 meses e 19 dias com minha mãe. Bôs­co­li divi­diu as lem­bran­ças que tem de Elis — como quan­do, por exem­plo, des­co­briu que ela era famo­sa — e outras recor­da­ções infan­tis da figu­ra icô­ni­ca que foi sua mãe:

Maysa

Tam­bém é momen­to de relem­brar uma outra gran­de artis­ta da músi­ca bra­si­lei­ra. No dia 22 de janei­ro de 1977 — há 45 anos -, mor­reu a can­to­ra May­sa. Ela, que é de 6 de junho de 1936, ficou mar­ca­da tam­bém pela sua voz e pelo seu olhar ines­que­cí­vel. May­sa fez suces­so nas déca­das de 1950 e 1960, por meio de can­ções que fala­vam mui­tas vezes do amor, mas tam­bém da dor.

May­sa é sem­pre lem­bra­da por sua inter­pre­ta­ção de músi­cas como Meu mun­do caiuEu sei que vou te amar, de Viní­cius de Mora­es, e O bar­qui­nho. Além dis­so, ela via­jou aos Esta­dos Uni­dos para gra­var músi­cas e fazer uma tem­po­ra­da de shows. Entre­tan­to, a can­to­ra tam­bém enfren­tou mui­tos pro­ble­mas de ordem pes­so­al, inclu­si­ve a depres­são, o que a levou a se iso­lar em uma praia de Mari­cá em um deter­mi­na­do momen­to de sua vida. May­sa se envol­veu em um aci­den­te de car­ro, e fale­ceu com ape­nas 40 anos.

Recor­dar é TV, da TV Bra­sil, via­jou no tem­po para olhar o roman­tis­mo sono­ro de May­sa. O pro­gra­ma res­ga­tou o Espe­ci­al May­sa (1974), da anti­ga TVE. A can­to­ra, aqui, abre o cora­ção jun­to com os seus com­pa­nhei­ros com­po­si­to­res.

Tam­bém no dia 22 de janei­ro o polí­ti­co e ex-gover­na­dor do Rio Gran­de do Sul e do Rio de Janei­ro, Leo­nel Bri­zo­la, faria 100 anos. Ele fale­ceu, víti­ma de um infar­to, em junho de 2004, aos 82 anos de ida­de. Bri­zo­la foi depu­ta­do esta­du­al, pre­fei­to de Por­to Ale­gre, depu­ta­do fede­ral e gover­na­dor dos esta­dos do Rio de Janei­ro e Rio Gran­de do Sul. Tam­bém foi can­di­da­to à pre­si­dên­cia em 1989 e 1994, e foi exi­la­do, no perío­do da dita­du­ra mili­tar, por 15 anos.

Bri­zo­la sem­pre foi um defen­sor do mode­lo tra­ba­lhis­ta, exer­cen­do isso por mui­tos anos no PTB, por meio dos ide­ais de Getú­lio Var­gas, e pos­te­ri­or­men­te no Par­ti­do Demo­crá­ti­co Tra­ba­lhis­ta, fun­da­do por ele. O pro­gra­ma De Lá Pra Cá, da TV Bra­sil, con­tou um pou­co a his­tó­ria do polí­ti­co gaú­cho, na oca­sião dos 90 anos de seu nas­ci­men­to:

Dia do Queijo

Já no dia 20 de janei­ro é come­mo­ra­do o Dia do Quei­jo. A data foi esco­lhi­da para cele­brar e home­na­ge­ar este ali­men­to que está no nos­so pala­dar há mais tem­po que pode­mos ima­gi­nar. Esti­ma-se que o quei­jo, fei­to a par­tir da coa­gu­la­ção do lei­te de mamí­fe­ros, já era pro­du­zi­do antes mes­mo da ascen­são do Impé­rio Roma­no. Com uma ori­gem um pou­co incer­ta, o que impor­ta é que ele está pre­sen­te na mesa dos bra­si­lei­ros, com cada vez mais diver­si­fi­ca­ções . No Bra­sil, a pro­du­ção de quei­jos arte­sa­nais cres­ce pro­gres­si­va­men­te, com aten­ção para o mer­ca­do de Minas Gerais.

Repro­du­ção: Quei­jo arte­sa­nal, quei­jo Canas­tra — Fabio Rodri­gues Pozzebom/Agência Bra­sil

No Agro Naci­o­nal, da TV Bra­sil, foi mos­tra­do como os quei­jos arte­sa­nais são matu­ra­dos. Além dis­so, apro­vei­te para ver como fun­ci­o­na e como pode ser fei­to o turis­mo nes­tas fazen­das pro­du­to­ras:

Dia Nacional do Combate à Intolerância Religiosa

No dia 21 de janei­ro, é come­mo­ra­do o Dia Naci­o­nal do Com­ba­te à Into­le­rân­cia Reli­gi­o­sa. A data foi ins­ti­tuí­da para pro­mo­ver a união entre todas as cren­ças. Ade­mais, o res­pei­to pela reli­gião do outro é algo que esta data vem relem­brar, além da liber­da­de de exer­cer a fé tam­bém. Em 2017, o Cami­nhos da Repor­ta­gem dis­cu­tiu a into­le­rân­cia reli­gi­o­sa no país, e trou­xe exem­plos de sin­cre­tis­mo reli­gi­o­so, pre­sen­te na cul­tu­ra no país des­de os tem­pos de colô­nia. Assis­ta:

Para conhe­cer algu­mas das reli­giões pra­ti­ca­das no país, o TV Bra­sil Play dis­po­ni­bi­li­za a série Boto fé, que apre­sen­ta as cren­ças da tem­po­ra­da — can­dom­blé, judaís­mo, isla­mis­mo, cato­li­cis­mo, taoís­mo, pen­te­cos­ta­lis­mo, San­to Dai­me, hin­duís­mo Hare Krish­na, pro­tes­tan­tis­mo lute­ra­no, umban­da, paga­nis­mo wic­ca, budis­mo e espi­ri­tis­mo — a par­tir da expe­ri­ên­cia pes­so­al de fiéis, e rela­tos de repre­sen­tan­tes reli­gi­o­sos (cli­que para assis­tir).

Confira a lista semanal do Hoje é Dia com datas, fatos históricos e feriados:

16 a 22 de janei­ro de 2022
16

Mor­te da can­to­ra minei­ra Cár­mi­na Alle­gret­ti, a Car­mi­nha Mas­ca­re­nhas (10 anos) — em 1955, foi elei­ta, jun­ta­men­te com Sil­vi­nha Tel­les, como can­to­ra reve­la­ção do ano, e con­tra­ta­da para fazer par­te do elen­co da Rádio Naci­o­nal, estre­an­do na emis­so­ra no pro­gra­ma Nada além de dois minu­tos

17

Anún­cio do pri­mei­ro mode­lo do iPho­ne por Ste­ve Jobs (15 anos)

18

Nas­ci­men­to do juris­ta piaui­en­se Evan­dro Lins e Sil­va (110 anos)

Mor­te do polí­ti­co pau­lis­ta Cel­so Dani­el (20 anos)

Decre­to nº 4.494, de 18 de janei­ro de 1922 deter­mi­na que a pedra fun­da­men­tal da capi­tal fede­ral seja lan­ça­da no pla­nal­to de Goyaz (100 anos)

Dia Esta­du­al da Baía de Gua­na­ba­ra — deter­mi­na­do pela Lei nº 3.616/2001, cer­ta­men­te para lem­brar a data do vaza­men­to de um tubo sub­ma­ri­no, que resul­tou em uma enor­me man­cha de óleo

Nas­ci­men­to do médi­co, lite­ra­to, poe­ta e tra­du­tor bra­si­lei­ro Car­los Alber­to Nunes (125 anos) — tra­du­ziu o tea­tro com­ple­to de Sha­kes­pe­a­re, a Enei­da de Vir­gí­lio, a Ilía­da e a Odis­seia de Home­ro e todos os diá­lo­gos de Pla­tão

19

Mor­te da can­to­ra gaú­cha Elis Regi­na (40 anos)

20

Dia Naci­o­nal da Par­tei­ra Tra­di­ci­o­nal

Dia do Quei­jo

Dia de São Sebas­tião, padro­ei­ro da cida­de do Rio de Janei­ro — feri­a­do muni­ci­pal

21

Dia Naci­o­nal de Com­ba­te à Into­le­rân­cia Reli­gi­o­sa

22

Nas­ci­men­to do polí­ti­co gaú­cho Leo­nel Bri­zo­la (100 anos)

Mor­te da can­to­ra flu­mi­nen­se May­sa Figuei­ra Mon­jar­dim (45 anos)

Nas­ci­men­to da arqui­du­que­sa aus­tría­ca e impe­ra­triz con­sor­te do Impé­rio do Bra­sil, Maria Leo­pol­di­na (225 anos)

Lan­ça­men­to do pro­gra­ma Blim Blem Blom, na Rádio MEC (11 anos) — cri­a­do e pro­du­zi­do por Tim Res­ca­la, com a inten­ção de apre­sen­tar a músi­ca clás­si­ca, seus com­po­si­to­res e ele­men­tos ao públi­co infan­til

*com super­vi­são de Nathá­lia Men­des

Edi­ção: Nathá­lia Men­des

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