...
segunda-feira ,29 setembro 2025
Home / Economia / Censo permitirá planejar políticas públicas mais eficientes, diz Tebet

Censo permitirá planejar políticas públicas mais eficientes, diz Tebet

Repro­dução: © Tânia Rêgo/Agência Brasil

Resultado preliminar da pesquisa é um raio X do Brasil presente


Pub­li­ca­do em 28/06/2023 — 17:31 Por Cristi­na Indio do Brasil – Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

ouvir:

Depois de 13 anos, estão atu­al­iza­dos os dados para saber qual é o Brasil que existe atual­mente, com os números da pop­u­lação, infor­mações sobre onde moram as pes­soas e sobre o que o país quer para o futuro, afir­mou, nes­ta quar­ta-feira (28), a min­is­tra do Plane­ja­men­to e Orça­men­to, Simone Tebet. Para ela, o Cen­so 2022 foi desafi­ador, lev­ou mais tem­po que o necessário e pas­sou por um perío­do con­tur­ba­do.

Simone Tebet lem­brou que, ao assumir a pas­ta do Plane­ja­men­to e Orça­men­to, autor­i­zou a lib­er­ação de mais R$ 380 mil­hões de crédi­to adi­cional, que per­mi­ti­ram a con­clusão dos tra­bal­hos, inclu­sive com a cole­ta de dados de mais de 12 mil­hões de pes­soas.

Para a min­is­tra, a cred­i­bil­i­dade do cen­so vai per­mi­tir que a sociedade civ­il, a ini­cia­ti­va pri­va­da e o poder públi­co pos­sam, com base nos dados ofi­ci­ais, plane­jar o futuro.

“Este é o raio X para o Brasil do pre­sente, que é apre­sen­ta­do ago­ra para todos os brasileiros. Este Brasil do pre­sente vai ter ago­ra uma car­ta náu­ti­ca, uma bús­so­la para que pos­samos faz­er políti­cas públi­cas efi­cientes. Para que a ini­cia­ti­va pri­va­da pos­sa colo­car inves­ti­men­tos no lugar cer­to para ger­ar emprego e ren­da, e nós, do poder públi­co, pos­samos colo­car o orça­men­to fed­er­al em políti­cas públi­cas, para que cheguem lá na pon­ta a quem real­mente mais pre­cisa”, disse Simone, em vídeo trans­mi­ti­do na cer­imô­nia de lança­men­to dos Primeiros Resul­ta­dos do Cen­so 2022, no Museu do Aman­hã, região por­tuária do Rio de Janeiro.

Homenagens

Laís Tor­res Medeiros foi agente cen­sitária super­vi­so­ra na cidade de Espera Feliz, em Minas Gerais, e atu­ou como recenseado­ra em mais três cidades mineiras. Após encer­rar o tra­bal­ho em seu esta­do, Laís foi con­vi­da­da a aju­dar no recensea­men­to, dan­do suporte na loco­moção dos agentes nas cidades de Sor­riso e Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso. Ela rece­beu um troféu pelo tra­bal­ho real­iza­do.

“Não foi só um tra­bal­ho. Foi uma família que eu gan­hei neste Brasil, jun­to com a opor­tu­nidade de con­hecer tan­tas var­iedades no Brasil, cul­turas difer­entes e povos difer­entes. Fiquei imen­sa­mente hon­ra­da de ter par­tic­i­pa­do um pouquin­ho dessa estatís­ti­ca para traz­er os dados e a real­i­dade social de que o Brasil pre­cisa pro­gra­mar as políti­cas públi­cas para os próx­i­mos dez anos”, disse a agente cen­sitária.

Out­ro hom­e­nagea­do foi o recenseador João Bar­bosa Otero, que fez cole­ta de dados em São Gabriel da Cachoeira, no Ama­zonas, pas­san­do por áreas de difí­cil aces­so. “A hom­e­nagem não é só min­ha, é de todos os recenseadores. Eu fiquei feliz em saber que ia vir para cá. Quan­do íamos recensear, a min­ha ale­gria era ver as pes­soas com um sor­riso no ros­to ao verem chegar um recenseador em seu domicílio, na sua comu­nidade, na sua aldeia. Que­ria só agrade­cer a todos.”

O secretário de Mon­i­tora­men­to e Avali­ação de Políti­cas Públi­cas e Assun­tos Econômi­cos do Min­istério do Plane­ja­men­to e Orça­men­to, Ser­gio Pin­heiro Fir­po, que, jun­to com o asses­sor espe­cial da pas­ta, João Vitor Vilaverde de Almei­da, rep­re­sen­tou a min­is­tra Simone Tebet na cer­imô­nia, disse que a feli­ci­dade demon­stra­da por João Otero é um sen­ti­men­to que trans­bor­da para o país inteiro.

“Via no ros­to delas [pes­soas recenseadas] como a pre­sença do Esta­do, por meio do IBGE [Insti­tu­to Brasileiro de Geografia e Estatís­ti­ca], trazia esse alen­to de que o Esta­do esta­va pre­sente. O IBGE, muitas vezes, é a por­ta entre o cidadão e o esta­do. Con­hecer quem nós somos, final­mente, depois de tan­to tem­po sem o cen­so, é muito impor­tante para a for­mu­lação, o desen­ho e apri­mora­men­to das políti­cas públi­cas”, disse.

Almei­da agrade­ceu a todos os recenseadores, super­vi­sores e super­in­ten­dentes, pes­soas que foram a cam­po pela real­iza­ção do Cen­so, a despeito dos desafios enfrenta­dos durante os dez meses de pesquisa. Ele propôs que quem assis­tia à cer­imô­nia se olhas­se um pouco para ver como está hoje para com­parar com 2030, quan­do o IBGE dev­erá faz­er um novo cen­so. Ele ressaltou que muitos dos dados cole­ta­dos ago­ra não exis­ti­am na pesquisa ante­ri­or, fei­ta em 2010. Como exem­p­lo, citou os car­ros de aplica­ti­vo. “O IBGE é esta foto do momen­to, que nos acom­pan­ha há quase 100 anos, e vamos ven­do como o Brasil, as nos­sas famílias e nós fomos mudan­do.”

Almei­da disse que, ao mes­mo tem­po, valem um lem­brete e uma cel­e­bração. “O lem­brete é o que este cen­so pode­ria não ter sido, pode­ria não ter cober­to toda a ter­ra yanoma­mi, mas cobriu. Pode­ria estar sem mais de 2 mil­hões de home­ns e mul­heres den­tro dele, que vivem em aglom­er­a­dos sub­nor­mais, mas tem essas pes­soas através do Favela no Mapa.”

Ele enfa­ti­zou que este cen­so pode­ria estar com a taxa de não respos­ta, que é nor­mal em todos os cen­sos por uma série de razões, que pode­ria estar “bizarra­mente alta”, mas não está. “Está alta aqui, muito baixa ali. Este cen­so tem esforço de todo mun­do”, afir­mou. E valer­am a pena as decisões da min­is­tra de pror­rog­ar o cen­so e realizar as pesquisas onde quer que fos­se para garan­tir a inclusão de mais pes­soas recenseadas, acres­cen­tou.

Edição: Nádia Fran­co

LOGO AG BRASIL

Você pode Gostar de:

Hoje é Dia destaca Outubro Rosa, dia dos idosos e proteção aos animais

Confira as datas da semana entre 28 de setembro e 4 de outubro. Ril­ton Pimentel …