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CNU: tire suas dúvidas sobre o adiamento do concurso

Repro­dução: © Val­ter Campanato/ Agên­cia Brasil

Chuvas levaram governo a adiar aplicação das provas em todo o país


Publicado em 03/05/2024 — 18:15 Por Pedro Rafael Vilela — Repórter da Agência Brasil — Brasília

A decisão do gov­er­no fed­er­al de adi­ar a real­iza­ção do Con­cur­so Públi­co Nacional Unifi­ca­do (CPNU), por causa das fortes chu­vas no Rio Grande do Sul, deixou os can­didatos com dúvi­das sobre os próx­i­mos pas­sos do proces­so sele­ti­vo. A primeira delas é a nova data, que ain­da não foi anun­ci­a­da. “Neste momen­to, toda a questão logís­ti­ca envolvi­da com a pro­va, não nos per­mite hoje dar uma nova data com segu­rança”, infor­mou Esther Dweck, min­is­tra da Gestão e Ino­vação em Serviços Públi­cos, em entre­vista à impren­sa nes­ta sex­ta-feira (3), quan­do anun­ciou o adi­a­men­to.

A min­is­tra citou o cresci­men­to con­stante do número de cidades afe­tadas, de blo­queios nas estradas e de víti­mas, não ape­nas no Rio Grande do Sul, mas tam­bém em áreas de San­ta Cata­ri­na, o que lev­ou o gov­er­no a decidir pelo adi­a­men­to. Segun­do Esther Dweck, nas atu­ais condições, “é impos­sív­el realizar as provas no esta­do”. A min­is­tra esclare­ceu que já havia pre­visão no edi­tal sobre desas­tres nat­u­rais, mas não con­tem­pla­va esse ineditismo, taman­ho o grau de desas­tre que atingiu o Rio Grande do Sul. Ao todo, dez municí­pios gaú­chos teri­am apli­cação das provas, com 80,3 mil can­didatos inscritos e out­ras 20 mil pes­soas envolvi­das em toda a logís­ti­ca do con­cur­so no esta­do.

Em todo o Brasil, são mais de 2 mil­hões de pes­soas inscritas. “Essa decisão é a mais segu­ra para todos os can­didatos. Com o adi­a­men­to, vamos garan­tir a todos os dois mil­hões de can­didatos ten­ham as mes­mas condições”, ressaltou. De acor­do com fontes do gov­er­no, a decisão de adi­ar as provas ape­nas no Rio Grande do Sul foi cog­i­ta­da, mas não have­ria ban­co de questões sufi­cientes para a elab­o­ração de out­ras provas com o mes­mo grau de difi­cul­dade, o que pode­ria ger­ar uma pro­fusão de ações judi­ci­ais ques­tio­nan­do a isono­mia do con­cur­so. A situ­ação con­trasta com as provas do Exame Nacional do Ensi­no Médio (Enem), que usam a metodolo­gia Teo­ria de Respos­ta ao Item (TRI) e pos­si­bil­i­dade de elab­o­ração de provas difer­entes para um mes­mo exame, mas com o mes­mo nív­el de exigên­cia.

Antes de for­malizar o adi­a­men­to, foi assi­na­do um acor­do extra­ju­di­cial entre o Min­istério da Gestão e da Ino­vação em Serviços Públi­cos (MGI), a Procu­rado­ria-Ger­al do Esta­do do Rio Grande do Sul (PGE-RS), Advo­ca­cia-Ger­al da União (AGU) e a Defen­so­ria Públi­ca da União (DPU). Pelo acor­do, DPU e Esta­do do Rio Grande do Sul se com­pro­m­e­tem a anão ado­tar medi­das admin­is­tra­ti­vas ou judi­ci­ais con­tra o adi­a­men­to das provas.

Agên­cia Brasil elaborou um guia para tirar dúvi­das sobre a situ­ação do CPNU a par­tir do adi­a­men­to. As infor­mações foram lev­an­tadas a par­tir de esclarec­i­men­tos dados pelo gov­er­no e apu­ração de reportagem e poderão ser atu­al­izadas a qual­quer momen­to.

 1) Qual é a nova data do CNU?

A min­is­tra da Gestão e da Ino­vação em Serviços Públi­cos, Esther Dweck, infor­mou que a nova data de apli­cação das provas do con­cur­so ain­da não foi defini­da. Segun­do ela, a futu­ra data depende da mel­ho­ra da situ­ação no Rio Grande do Sul, que enfrenta fortes chu­vas, e toda a logís­ti­ca envolvi­da no cer­tame, como reser­va de locais de apli­cação.

“Nas próx­i­mas sem­anas, podemos divul­gar uma nova data. Neste momen­to, toda a questão logís­ti­ca envolvi­da com a pro­va não nos per­mite hoje dar uma nova data com segu­rança”, disse a min­is­tra em entre­vista à impren­sa nes­ta sex­ta-feira. Quan­do for defini­da, a nova data de apli­cação das provas será pub­li­ca­da no Diário Ofi­cial da União (DOU) pelo Min­istério da Gestão e da Ino­vação em Serviços Públi­cos.

2) A prova será a mesma que deveria ser aplicada no dia 5 de maio? Uma nova prova será formulada?

A min­is­tra Esther Dweck infor­mou que, em princí­pio, a pro­va será a mes­ma. Segun­do ela, 65% das provas já tin­ham sido dis­tribuí­das para as cidades, com escol­ta da Polí­cia Rodoviária Fed­er­al (PRF), Força Nacional de Segu­rança e forças estad­u­ais de segu­rança dos esta­dos. No caso do Rio Grande do Sul, as provas não tin­ham nem saí­do de Por­to Ale­gre ain­da, para dis­tribuição pelas demais nove cidades onde as provas seri­am apli­cadas, algu­mas das quais estão entre as mais afe­tadas pelas chu­vas, como Cax­i­as do Sul e San­ta Maria. Em todo o esta­do, há quase 170 pon­tos de blo­queio e, segun­do a min­is­tra, cer­ca 96% das via­gens de ônibus, a par­tir ou com chega­da na Rodoviária de Por­to Ale­gre, foram can­ce­ladas.

Segun­do a min­is­tra, com o adi­a­men­to, as provas dev­erão ser realo­cadas em locais seguros e cer­ti­fi­ca­dos pela Agên­cia Brasileira de Inteligên­cia (Abin), os mes­mos usa­dos para a guar­da das provas do Enem. A opera­cional­iza­ção dessa logís­ti­ca tam­bém terá impacto na definição da nova data do con­cur­so.

3) Os locais de provas irão mudar?

O Min­istério da Gestão e Ino­vação em Serviços Públi­cos (MGI) infor­mou que poderá haver alter­ação de locais de provas, depen­den­do da cidade e das condições logís­ti­cas que ain­da serão estu­dadas pela orga­ni­za­ção do con­cur­so.

4) Haverá ressarcimento aos candidatos (transporte, hospedagem e alimentação) por causa do adiamento?

Não está pre­vis­to nen­hum tipo de ressarci­men­to com trans­porte, hospedagem ou ali­men­tação dos can­didatos inscritos. Segun­do a min­is­tra Esther Dweck, mais de 94% dos can­didatos inscritos estão, no máx­i­mo, a cer­ca de 100 quilômet­ros (km) de dis­tân­cia do local da pro­va e ain­da não tin­ham real­iza­do o deslo­ca­men­to para o con­cur­so.

5) Haverá reembolso de inscrição?

O reem­bol­so do val­or da inscrição, no caso de quem não pud­er realizar a pro­va na nova data, não foi ofi­cial­iza­do, mas a min­is­tra Esther Dweck disse que a pas­ta dará ori­en­tações sobre isso ao lon­go das próx­i­mas sem­anas.

Edição: Aécio Ama­do

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