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Petrobras anuncia novo aumento de combustíveis

Repro­du­ção: © Fer­nan­do Frazão/Agência Bra­sil

Gasolina terá reajuste de 5,2% e diesel, de 14,2%


Publi­ca­do em 17/06/2022 — 11:06 Por Pedro Rafa­el Vile­la — Repór­ter da Agên­cia Bra­sil — Bra­sí­lia

A Petro­bras anun­ci­ou nes­ta sex­ta-fei­ra (17) rea­jus­tes de 5,2% no pre­ço da gaso­li­na e de 14,2% no pre­ço do die­sel. Os novos valo­res pas­sam a vigo­rar a par­tir des­te sába­do (18). 

A empre­sa infor­mou que o pre­ço médio de ven­da de gaso­li­na para as dis­tri­bui­do­ras pas­sa­rá de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro. O últi­mo ajus­te ocor­reu em 11 de mar­ço, há 99 dias.

Para o die­sel, o rea­jus­te ocor­re 39 dias depois do aumen­to ante­ri­or. O pre­ço médio de ven­da da Petro­bras para as dis­tri­bui­do­ras pas­sa­rá de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro. O últi­mo ajus­te ocor­reu no dia 10 de maio.

O pre­ço do gás lique­fei­to de petró­leo (GLP), o gás de cozi­nha, não sofreu rea­jus­te. Em nota para divul­gar os aumen­tos, a Petro­bras afir­mou que tem bus­ca­do o equi­lí­brio dos seus pre­ços com o mer­ca­do glo­bal, mas sem repas­se ime­di­a­to para os pre­ços inter­nos da vola­ti­li­da­de das cota­ções inter­na­ci­o­nais e da taxa de câm­bio.

“Esse posi­ci­o­na­men­to per­mi­tiu à Petro­bras man­ter pre­ços de GLP está­veis por até 152 dias; de die­sel por até 84 dias; e de gaso­li­na por até 99 dias. Esta prá­ti­ca não é comum a outros for­ne­ce­do­res que atu­am no mer­ca­do bra­si­lei­ro que ajus­tam seus pre­ços com mai­or frequên­cia, tam­pou­co as mai­o­res empre­sas inter­na­ci­o­nais que ajus­tam seus pre­ços até dia­ri­a­men­te”.

Repercussão

Já pelo Twit­ter, o pre­si­den­te Jair Bol­so­na­ro fez duras crí­ti­cas à Petro­bras pelo novo rea­jus­te.

“O Gover­no Fede­ral como aci­o­nis­ta é con­tra qual­quer rea­jus­te nos com­bus­tí­veis, não só pelo exa­ge­ra­do lucro da Petro­bras em ple­na cri­se mun­di­al, bem como pelo inte­res­se públi­co pre­vis­to na Lei das Esta­tais”, pos­tou o pre­si­den­te.

Em segui­da, ele citou a pos­si­bi­li­da­de de uma gre­ve de cami­nho­nei­ros, em decor­rên­cia do pre­ço dos com­bus­tí­veis.

“A Petro­bras pode mer­gu­lhar o Bra­sil num caos. Seus pre­si­den­te, dire­to­res e con­se­lhei­ros bem sabem do que acon­te­ceu com a gre­ve dos cami­nho­nei­ros em 2018, e as con­sequên­ci­as nefas­tas para a eco­no­mia do Bra­sil e a vida do nos­so povo”.

O pre­si­den­te da Câma­ra dos Depu­ta­dos, Arthur Lira, tam­bém cri­ti­cou o rea­jus­te anun­ci­a­do nes­ta sex­ta-fei­ra e pediu a renún­cia ime­di­a­ta do pre­si­den­te da Petro­bras, José Mau­ro Fer­rei­ra Coe­lho.

“O pre­si­den­te da Petro­ras tem que renun­ci­ar ime­di­a­ta­men­te”, tui­tou Lira. “Ele só repre­sen­ta a si mes­mo e o que faz dei­xa­rá um lega­do de des­trui­ção para a empre­sa, para o país e para o povo. Saia!!!”

Na últi­ma quar­ta-fei­ra (15), a Câma­ra dos Depu­ta­dos con­cluiu a vota­ção do Pro­je­to de Lei Com­ple­men­tar (PLP) 18/2022, que limi­ta a apli­ca­ção de alí­quo­ta do Impos­to sobre Cir­cu­la­ção de Mer­ca­do­ri­as e Ser­vi­ços (ICMS) sobre com­bus­tí­veis, fixando‑a no pata­mar máxi­mo de 17% a 18%, abai­xo dos valo­res atu­ais apli­ca­dos pelos esta­dos.

A medi­da tem o obje­ti­vo de redu­zir o pre­ço dos com­bus­tí­veis para o con­su­mi­dor, mas os aumen­tos da Petro­bras podem anu­lar os efei­tos des­sa deso­ne­ra­ção. O tex­to aguar­da san­ção pre­si­den­ci­al para entrar em vigor.

Edi­ção: Clau­dia Felc­zak

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