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Polícia Civil identifica 143 vítimas de temporal em Petrópolis

Repro­dução: © Fer­nan­do Frazão/Agência Brasil

Coleta de DNA de pessoas desaparecidas começa hoje


Pub­li­ca­do em 21/02/2022 — 09:10 Por Cristi­na Índio do Brasil – Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

A Polí­cia Civ­il do Rio de Janeiro iden­ti­fi­cou 143 víti­mas víti­mas do tem­po­ral que caiu na terça-feira (15) em Petrópo­lis, na Região Ser­rana do esta­do. Os dados foram divul­ga­dos pouco por vol­ta das 7h40 de hoje (21). As pes­soas iden­ti­fi­cadas estão entre os 171 cor­pos que chegaram ao Insti­tu­to Médi­co Legal (IML). São 103 mul­heres, 68 home­ns, e entre eles, 29 menores de idade. Há ain­da cin­co despo­jos e 126 desa­pare­ci­dos. Segun­do a Sec­re­taria de Esta­do de Polí­cia Civ­il, 134 víti­mas tiver­am os cor­pos lib­er­a­dos e encam­in­hados para a funerária, out­ras aguardam a chega­da das famílias.

O apoio às pes­soas de áreas atingi­das con­tin­ua sendo feito nos pon­tos. Os moradores que tiver­am que deixar as suas casas são aten­di­dos em 12 esco­las que fun­cionam como pon­to de apoio. “No momen­to, 847 pes­soas recebem atendi­men­to da Assistên­cia Social, com o suporte para suprir as neces­si­dades essen­ci­ais da pop­u­lação”, infor­mou a Defe­sa Civ­il de Petrópo­lis.

DNA

A Força-Tare­fa da Polí­cia Civ­il que atua em Petrópo­lis fez uma parce­ria com o Tri­bunal de Justiça, Defen­so­ria Públi­ca, Comar­ca de Petrópo­lis e a sociedade civ­il para ini­ciar nes­ta segun­da-feira o mutirão de cole­ta de DNA de famil­iares de desa­pare­ci­dos e atingi­dos pela chu­va.

A par­tir de hoje, serão chamadas por dia 20 famílias que já reg­is­traram ocor­rên­cia de desa­parec­i­men­to na Del­e­ga­cia de Descober­ta de Paradeiros (DDPA), nas diver­sas áreas da cidade. A cole­ta de DNA será fei­ta no Clube Pet­ro­pol­i­tano, na Aveni­da Rober­to Sil­veira, n° 82, no Cen­tro, das 9h às 12h e das 13h às 17h. A Polí­cia Civ­il desta­cou que o atendi­men­to é restri­to às pes­soas con­vo­cadas para o dia agen­da­do e que o local é estratégi­co para dar mais con­for­to às famílias das víti­mas.

O agen­da­men­to, que pode ser feito por qual­quer morador, já está sendo real­iza­do na unidade da DDPA insta­l­a­da na Sala Lilás, no Pos­to Region­al de Polí­cia Téc­ni­co-Cien­tí­fi­ca (PRPTC) de Petrópo­lis, e tam­bém no núcleo da DDPA insta­l­a­da den­tro do Clube Pet­ro­pol­i­tano. “Após a con­fecção do reg­istro, a DDPA entrará em con­ta­to com a família cadastra­da”, afir­mou.

Atendimento

Uma equipe do Pro­gra­ma de Local­iza­ção e Iden­ti­fi­cação de Desa­pare­ci­dos do Min­istério Públi­co do Rio de Janeiro (PLID/MPRJ) pres­ta atendi­men­to em um ônibus insta­l­a­do no pos­to da PRPTC.

“Nos­sa intenção é prestar o máx­i­mo de infor­mações pos­síveis aos famil­iares de pes­soas que ain­da estão desa­pare­ci­das. Vamos infor­mar tam­bém o pro­to­co­lo ado­ta­do pelo IML para recon­hec­i­men­to dess­es cor­pos”, disse a coor­de­nado­ra, procu­rado­ra de Justiça, Patrí­cia Carvão.

A Polí­cia Civ­il disponi­bi­liza um ônibus com pon­to de par­ti­da em um mer­ca­do local­iza­do na rua Tere­sa, no cen­tro da cidade, sain­do às 8h30 e às 12h30. “Cada família que cole­tar DNA rece­berá uma ces­ta bási­ca, por meio de uma parce­ria com a Sec­re­taria de Esta­do de Esporte e Laz­er”, com­ple­tou, acres­cen­tan­do que o serviço é para facil­i­tar a loco­moção até o Clube Pet­ro­pol­i­tano.

As famílias que ain­da não reg­is­traram ocor­rên­cia devem procu­rar a DDPA, na Sala Lilás do PRPTC, ou no Clube Pet­ro­pol­i­tano.

O MPRJ infor­mou que, con­forme a coor­de­nação do IML local, serão ado­ta­dos méto­dos de recon­hec­i­men­to téc­ni­co uti­liza­dos pela Inter­pol, basea­d­os na avali­ação médi­co-legal do cor­po e cole­ta de infor­mações das víti­mas, como cor dos olhos, altura, cor da pele e pre­sença de tat­u­a­gens. O cor­po pas­sa ain­da por uma análise de dig­i­tais, con­sid­er­a­da pelo pro­to­co­lo a fase mais impor­tante, com grande por­cent­agem de suces­so na iden­ti­fi­cação.

Genética forense

A últi­ma eta­pa é a avali­ação odon­tológ­i­ca e a genéti­ca forense do cor­po, que per­mitem con­statar semel­hanças de DNA com o famil­iar, caso as out­ras eta­pas não ten­ham obti­do êxi­to. “Todas essas infor­mações são baseadas em um ban­co nacional de pes­soas não iden­ti­fi­cadas, ali­men­ta­do pela Polí­cia Civ­il”, con­cluiu o Min­istério Públi­co.

Des­de a quar­ta-feira pas­sa­da (16) , o PLID/MPRJ está mobi­liza­do em sua cen­tral de atendi­men­to para rece­ber infor­mações sobre pes­soas desa­pare­ci­das. “Até a tarde de sába­do (19), o pro­gra­ma havia rece­bido 1.050 e‑mails com dados sobre desa­pare­ci­dos na tragé­dia, além de solic­i­tações de infor­mações sobre a local­iza­ção de pes­soas. Neste mes­mo perío­do, man­teve canal aber­to de comu­ni­cação com a sociedade, através do tele­fone (21) 2262–1049”, infor­mou em nota.

Edição: Kle­ber Sam­paio

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