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Rio concede medalha Tiradentes a congolês assassinado em quiosque

Repro­du­ção: © Fer­nan­do Frazão/Agência Bra­sil

Concessão foi aprovada pela Assembleia Legislativa


Publi­ca­do em 18/08/2023 — 06:48 Por Dou­glas Cor­rêa — Repór­ter da Agên­cia Bra­sil — Rio de Janei­ro

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A Assem­bleia Legis­la­ti­va do Rio (Alerj) apro­vou nes­sa quin­ta-fei­ra (17) pro­je­to de lei que con­ce­de a Meda­lha Tira­den­tes post mor­tem a Moï­se Kaba­gam­be, o refu­gi­a­do con­go­lês assas­si­na­do bru­tal­men­te em um qui­os­que na praia da Tiju­ca, em 2022.

O pro­je­to é de auto­ria da depu­ta­da Dani Mon­tei­ro (PSOL) e vai ago­ra para pro­mul­ga­ção do pre­si­den­te da Alerj, Rodri­go Bacel­lar (PL). A víti­ma resi­dia no Bra­sil des­de 2014 e tra­ba­lha­va em um qui­os­que na praia da Bar­ra da Tiju­ca. Foi cobrar diá­ri­as que lhe eram devi­das e aca­bou sen­do espan­ca­do a pau­la­das e assas­si­na­do por cole­gas de tra­ba­lho.

Dani Mon­tei­ro dis­se que “era um homem negro, refu­gi­a­do, que foi assas­si­na­do por cobrar direi­tos tra­ba­lhis­tas míni­mos”. Para ela, essa é mais uma pro­va do racis­mo estru­tu­ral exis­ten­te no Bra­sil, assim como da difi­cul­da­de de inte­gra­ção e aco­lhi­men­to que os refu­gi­a­dos encon­tram no esta­do.

Memorial

Em feve­rei­ro do ano pas­sa­do, a pre­fei­tu­ra do Rio anun­ci­ou que os qui­os­ques Tro­pi­cá­lia e Biru­ta, na praia da Bar­ra da Tiju­ca, seri­am trans­for­ma­dos em um memo­ri­al, em home­na­gem à víti­ma e em alu­são à cul­tu­ra afri­ca­na. A ges­tão de um dos espa­ços será ofe­re­ci­da à famí­lia de Moï­se.

À épo­ca, o secre­tá­rio de Fazen­da do Rio, Pedro Pau­lo, dis­se que a ideia é que os dois qui­os­ques empre­guem refu­gi­a­dos afri­ca­nos.

Parque Madureira

A famí­lia do con­go­lês Moï­se Kaba­gam­be, espan­ca­do e mor­to no dia 24 de janei­ro de 2022, acei­tou admi­nis­trar um qui­os­que no Par­que Madu­rei­ra, na zona nor­te do Rio de Janei­ro. O muni­cí­pio havia ofe­re­ci­do ini­ci­al­men­te a con­ces­são do qui­os­que Tro­pi­cá­lia, onde o jovem foi mor­to, mas os fami­li­a­res do rapaz de 24 anos não acei­ta­ram, ale­gan­do razões de segu­ran­ça.

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