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Resolução do TSE acelera retirada de fake news de sites

Repro­du­ção: © Mar­ce­lo Camargo/Agência Bra­sil

Decisão foi aprovada por unanimidade na manhã de hoje


Publi­ca­do em 20/10/2022 — 14:54 Por Pedro Peduz­zi – Repór­ter da Agên­cia Bra­sil — Bra­sí­lia

Ouça a maté­ria:

O Tri­bu­nal Supe­ri­or Elei­to­ral (TSE) apro­vou, por una­ni­mi­da­de, uma reso­lu­ção que dá à Jus­ti­ça Elei­to­ral mais cele­ri­da­de para a reti­ra­da de notí­ci­as fal­sas (fake news) de sites e redes soci­ais.

Duran­te a ses­são de hoje (20), o pre­si­den­te do tri­bu­nal, Ale­xan­dre de Mora­es, dis­se que, dian­te do “aumen­to de notí­ci­as frau­du­len­tas” e de dis­cur­sos de ódio obser­va­dos duran­te o segun­do tur­no des­tas elei­ções, con­vi­da­rá repre­sen­tan­tes das duas cam­pa­nhas pre­si­den­ci­ais para uma con­ver­sa.

Mora­es dis­se que “hou­ve cres­ci­men­to de 1.671% no volu­me de denún­ci­as e de desin­for­ma­ção, enca­mi­nha­das às pla­ta­for­mas digi­tais, em com­pa­ra­ção com a elei­ção pas­sa­da, de 2020”

“Hou­ve tam­bém neces­si­da­de de publi­ca­ção de mais de 130 novas maté­ri­as com des­men­ti­dos e escla­re­ci­men­tos sobre casos de desin­for­ma­ção e notí­ci­as frau­du­len­tas, não só de um can­di­da­to em rela­ção ao outro, mas em rela­ção à lisu­ra do pro­ces­so elei­to­ral. Em um pri­mei­ro momen­to rela­ti­vo [à sus­pei­ção] das urnas”, dis­se o pre­si­den­te da Cor­te.

“Ao que pare­ce, isso já foi sana­do, haven­do dimi­nui­ção des­sas fake news, mas [foi iden­ti­fi­ca­do] que [as notí­ci­as fal­sas] pas­sa­ram a ser dire­ci­o­na­das às pes­qui­sas elei­to­rais. Ou seja, con­ti­nua haven­do uma desin­for­ma­ção”, acres­cen­tou Mora­es ao rela­tar tam­bém “aumen­to dos epi­só­di­os de vio­lên­cia polí­ti­ca via redes soci­ais de 436%”, dis­se ten­do, como base de com­pa­ra­ção, a cam­pa­nha de 2018.

Remoção imediata

De acor­do com a reso­lu­ção apro­va­da nes­ta quin­ta-fei­ra, con­teú­dos já con­si­de­ra­dos fal­sos pelo pró­prio tri­bu­nal pode­rão ser reti­ra­dos do ar ime­di­a­ta­men­te, quan­do repu­bli­ca­dos em outros sites, sem a neces­si­da­de de aber­tu­ra de nova ação ou jul­ga­men­to, em pra­zo de até duas horas. Na vés­pe­ra do plei­to, esse pra­zo pode ser redu­zi­do para uma hora.

“Quan­do algu­ma pes­soa obtém auto­ri­za­ção judi­ci­al para reti­rar algo inve­rí­di­co, men­ti­ro­so, inju­ri­o­so, e per­ce­ba que isso tenha sido mul­ti­pli­ca­do, pede-se a exten­são [des­sa deci­são] para con­teú­do idên­ti­co. É exa­ta­men­te isso o que fare­mos a par­tir de ago­ra”, dis­se o minis­tro.

Outro pon­to pre­vis­to pela reso­lu­ção é a pos­si­bi­li­da­de de sus­pen­são de canais que rei­te­ra­da­men­te vei­cu­lem notí­ci­as fal­sas. A cele­ri­da­de nes­ses pro­ces­sos será pos­sí­vel gra­ças a par­ce­ri­as fir­ma­das entre o tri­bu­nal e algu­mas redes soci­ais.

O TSE proi­biu tam­bém a vei­cu­la­ção de pro­pa­gan­da elei­to­ral na inter­net 48 horas antes e 24 horas após o plei­to. A deci­são foi toma­da após o tri­bu­nal ter cons­ta­ta­do que blogs e sites teri­am sido remu­ne­ra­dos para fazer posts e pro­pa­gan­das.

“Todos sabe­mos que a legis­la­ção elei­to­ral proí­be pro­pa­gan­da elei­to­ral nas 48 horas antes da elei­ção e nas 24 horas depois da elei­ção. A legis­la­ção excep­ci­o­na a ques­tão de pro­pa­gan­da elei­to­ral na inter­net. Só que excep­ci­o­na isso ape­nas na pro­pa­gan­da elei­to­ral gra­tui­ta. No entan­to veri­fi­ca­mos aumen­to expo­nen­ci­al de mone­ti­za­ção de blogs e sites inte­ra­ti­vos que rece­bem dinhei­ro para rea­li­zar essa pro­pa­gan­da elei­to­ral. Então, des­de que cons­ta­ta­do que a pro­pa­gan­da na inter­net não é gra­tui­ta, [esses sites] tam­bém esta­rão proi­bi­dos [de fazer pro­pa­gan­da elei­to­ral nos pra­zos des­cri­tos]”, deta­lhou o minis­tro

Mora­es dis­se que já tra­tou des­ses assun­tos com repre­sen­tan­tes das redes soci­ais, e que se reu­ni­rá com os advo­ga­dos dos dois can­di­da­tos, que esta­vam pre­sen­tes na ses­são: “isso será bem espe­ci­fi­ca­do para evi­tar, depois, qual­quer acu­sa­ção de abu­so de poder polí­ti­co ou econô­mi­co uti­li­zan­do a inter­net”.

Edi­ção: Deni­se Gri­e­sin­ger

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