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Servidor da Funai é atingido por tiro na TI Apyterewa, no Pará

Repro­du­ção: © FUNAI/Divulgação

Disparo foi feito em emboscada contra a desintrusão de território


Publi­ca­do em 05/12/2023 — 13:38 Por Feli­pe Pon­tes — Repór­ter da Agên­cia Bra­sil — Bra­sí­lia

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Um ser­vi­dor da Fun­da­ção Naci­o­nal do Índio (Funai) foi atin­gi­do no tor­no­ze­lo por um dis­pa­ro de arma de fogo, após as equi­pes do órgão e da Polí­cia Rodo­viá­ria Fede­ral (PRF) terem sido víti­mas de uma embos­ca­da. 

As equi­pes atu­a­vam em dili­gên­ci­as para a reti­ra­da de inva­so­res da Ter­ra Indí­ge­na Apy­te­rewa, no Pará, quan­do as via­tu­ras em que esta­vam foram alvo de dis­pa­ros em três pon­tos. Dois veí­cu­los foram atin­gi­dos.

Os agen­tes da PRF res­pon­de­ram aos dis­pa­ros, de acor­do com infor­ma­ções dos órgãos fede­rais, e na tro­ca de tiros o ser­vi­dor da Funai foi atin­gi­do. Ele foi enca­mi­nha­do em aero­na­ve da polí­cia para Mara­bá (PA), onde pas­sa­rá por uma cirur­gia para remo­ção da bala.

Uma das via­tu­ras da Funai teve os pneus per­fu­ra­dos e os agen­tes pre­ci­sa­ram aguar­dar na mata até serem res­ga­ta­das à noi­te.

De acor­do com o órgão, as equi­pes de segu­ran­ça que tra­ba­lham na desin­tru­são têm enfren­ta­do embos­ca­das e sabo­ta­gens recor­ren­tes por par­te dos inva­so­res. No mês pas­sa­do, equi­pes da Funai e do Minis­té­rio do Tra­ba­lho já tinham sido alvo de dis­pa­ros, sem feri­dos.

Ain­da segun­do a Funai, mais de 20 pon­tes foram des­truí­das em atos de sabo­ta­gem con­tra o pla­no de desin­tru­são da TI Apy­te­rewa, ela­bo­ra­do após deter­mi­na­ção do Supre­mo Tri­bu­nal Fede­ral (STF), que homo­lo­gou o pla­ne­ja­men­to das ações.

Na sema­na pas­sa­da, o pre­si­den­te do Supre­mo, Luís Rober­to Bar­ro­so, deter­mi­nou que o pla­no seja cum­pri­do. A nova ordem foi pro­fe­ri­da um dia depois de o minis­tro Nunes Mar­ques, do STF, ter con­ce­di­do um pedi­do de sus­pen­são da ações de desin­tru­são.

Entenda

A ope­ra­ção, que entrou na segun­da fase a par­tir do dia 9 de novem­bro, con­sis­te na reti­ra­da de pes­so­as que estão irre­gu­lar­men­te den­tro dos ter­ri­tó­ri­os tra­di­ci­o­nais, assim como com­ba­ter ati­vi­da­des ile­gais, entre elas extra­ção de madei­ra e garim­po. Esti­ma-se que mais de 3 mil inva­so­res este­jam na região.

Na pri­mei­ra fase da ope­ra­ção, as equi­pes téc­ni­cas apre­en­de­ram 230 litros de agro­tó­xi­cos; 14 armas de fogo com por­te irre­gu­lar e 278 muni­ções; 64 m³ de madei­ra; 70 gra­mas de maco­nha e reti­ra­ram 80% do gado ile­gal, infor­mam bole­tins divul­ga­dos pela Secre­ta­ria-Geral da Pre­si­dên­cia. A ope­ra­ção tem apoio da For­ça Naci­o­nal.

Edi­ção: Ali­ne Leal

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