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Boleto gigante na Paulista cobra países ricos sobre dívida com o clima

Ação é parte de campanha da Aliança dos Povos pelo Clima

Elaine Patrí­cia Cruz — Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 26/10/2025 — 14:29
São Paulo
Manaus, AM 06/07/2024 Cenas da Amazônia. Floresta margeada pelo Rio Negro Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom
Reproução: © Fabio Rodrigues-Pozze­bom/Agên­cia Brasil

Para chamar a atenção sobre a dívi­da climáti­ca dos país­es mais ricos com os povos e ter­ritórios do Sul glob­al, um bole­to gigante foi insta­l­a­do na man­hã de hoje (26) em ple­na Aveni­da Paulista, em São Paulo. A ação é parte da cam­pan­ha A Gente Cobra – Finan­cia­men­to Climáti­co Dire­to para Quem Cui­da da Flo­res­ta, orga­ni­za­da pela Aliança dos Povos pelo Cli­ma e que será lança­da no próx­i­mo dia 28, terça-feira.

Além de São Paulo, a ação foi real­iza­da em Brasília, no Recife, em San­tarém e na região do Xin­gu e exibiu um bole­to gigante, com até oito met­ros de largu­ra, trazen­do o val­or sim­bóli­co de R$ 1,6 tril­hão estam­pa­do.

Em entre­vista neste domin­go (26) à Agên­cia Brasil, Jon­aya de Cas­tro, que inte­gra o cole­ti­vo Unidos pelo Cli­ma, desta­cou que esse bole­to “já está ven­ci­do”, trazen­do como data de venci­men­to o dia 21 de abril de 1500, data em que o país teria “sido descober­to”.

“O boletão é esse bole­to ven­ci­do, porque o Sul Glob­al pre­cisa de finan­cia­men­to para con­seguir faz­er adap­tação, faz­er mit­i­gação e man­ter a flo­res­ta de pé. E quem tem que ser finan­cia­do são os pro­je­tos dos indí­ge­nas e das comu­nidades tradi­cionais que pro­tegem as flo­restas e os bio­mas”, disse ela. “Esse bole­to vence em novem­bro, na COP30, porém ele já está ven­ci­do des­de 1.500, quan­do ocor­reu a invasão do Brasil, então tem um proces­so históri­co aí para enten­der que a col­o­niza­ção finan­ceira con­tin­ua existin­do”, com­ple­tou.

A ini­cia­ti­va ante­cede a real­iza­ção da 30ª Con­fer­ên­cia das Nações Unidas sobre Mudança do Cli­ma (Con­fer­ên­cia das Partes), que será real­iza­da em Belém (PA), e cobra que os fun­dos inter­na­cionais de finan­cia­men­to climáti­co des­tinem 50% dos seus recur­sos dire­ta­mente para os povos e comu­nidades tradi­cionais.

“A gente já sabe o que tem que faz­er, sabe o que pode evi­tar o colap­so e faz­er regredir a tem­per­atu­ra, mas isso vai depen­der de finan­cia­men­to e de inter­esse políti­co e inter­na­cional. Temos que con­seguir dire­cionar os fun­dos de finan­cia­men­to climáti­co para quem exata­mente está pro­te­gen­do [ess­es bio­mas]”, disse Jon­aya.

Além do dire­ciona­men­to de recur­sos, o ato tam­bém pede que as comu­nidades e povos orig­inários e tradi­cionais garan­tam sua par­tic­i­pação nos con­sel­hos delib­er­a­tivos dess­es fun­dos. Out­ra reivin­di­cação que aparece estam­pa­da no bole­to gigante é a tax­ação das grandes for­tu­nas, para que parte dessa ver­ba seja des­ti­na­da tam­bém para o finan­cia­men­to climáti­co.

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