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Em 2022, Brasil mostrou força nas modalidades olímpicas

Repro­dução: © Arte/EBC

Rebeca Andrade, Rayssa Leal e Filipe Toledo foram alguns dos destaques


Pub­li­ca­do em 29/12/2022 — 07:00 Por Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

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Se o tão dese­ja­do hexa em uma Copa do Mun­do de fute­bol mas­culi­no não veio no Catar em 2022, o ano foi de demon­strações de força do Brasil em out­ras modal­i­dades olímpi­cas como a ginás­ti­ca, o surfe, o skate, o judô e as mara­tonas aquáti­cas.

Uma atle­ta que teve um 2022 bril­hante foi Rebe­ca Andrade. A ginas­ta de 23 anos, que garan­tiu duas medal­has olímpi­cas (uma de ouro no salto e uma de pra­ta no indi­vid­ual ger­al) nos Jogos de Tóquio, foi o prin­ci­pal nome do Brasil no Mundi­al de Ginás­ti­ca Artís­ti­ca dis­puta­do em novem­bro em Liv­er­pool (Inglater­ra). Na com­petição real­iza­da na Ter­ra da Rain­ha ela ficou com o ouro no indi­vid­ual ger­al e com o bronze no solo.

Out­ra jovem brasileira a alcançar o topo do mun­do na sua modal­i­dade foi Rayssa Leal. Tam­bém em novem­bro, mas no Rio de Janeiro, a maran­hense de 14 anos garan­tiu o Super Crown (super coroa, na tradução lit­er­al) na pro­va final da Liga Mundi­al de Skate Street (SLS, na sigla em inglês). Com isso, ela se se tornou a skatista mais jovem a se sagrar campeã do cir­cuito fem­i­ni­no da modal­i­dade (dis­puta­da em uma pista com ele­men­tos de rua) e foi a primeira a vencer as qua­tro eta­pas da tem­po­ra­da. Antes ela venceu em Jack­sonville, Seat­tle e Las Vegas (todas nos Esta­dos Unidos).

O surfe é mais uma modal­i­dade na qual o Brasil aparece com grandes pos­si­bil­i­dades de bril­har nos Jogos de Paris, em 2024. Isto porque em 2022 o país garan­tiu o quar­to títu­lo con­sec­u­ti­vo da WSL (Liga Mundi­al de Surfe). Des­ta vez o troféu de campeão ficou com o paulista Fil­ipe Tole­do, que em setem­bro der­ro­tou o potiguar Ita­lo Fer­reira em uma final brasileira no WSL Finals, na pra­ia de Low­er Tres­tles, na Cal­ifór­nia (EUA).

Den­tro da água, mas sem uma pran­cha, Ana Marcela Cun­ha con­quis­tou pela sex­ta vez o títu­lo da pro­va de 10km do Cir­cuito Mundi­al de mara­tonas aquáti­cas. O feito foi alcança­do após a baiana ter­mi­nar a últi­ma eta­pa do cir­cuito, dis­puta­da em Israel, com a medal­ha de pra­ta, garan­ti­n­do o primeiro lugar na clas­si­fi­cação ger­al do torneio. Além dis­so ela bril­hou no Mundi­al de Budapeste (Hun­gria) com dois ouros (nos 5km e nos 25km) e um bronze (10km).

Tam­bém vale destacar o últi­mo ato na car­reira de Nicholas San­tos nas pisci­nas. Aos 42 anos, o paulista de Ribeirão con­quis­tou o ouro nos 50 met­ros bor­bo­le­ta do Mundi­al em pisci­na cur­ta, dis­puta­do em Mel­bourne (Aus­trália) em dezem­bro, e depois anun­ciou sua aposen­ta­do­ria.

No judô o ano foi das mul­heres, com a gaúcha Mayra Aguiar fat­u­ran­do um inédi­to tri­cam­pe­ona­to mundi­al.  A façan­ha ocor­reu na cat­e­go­ria meio-pesa­do (78 qui­los) do Mundi­al da modal­i­dade em Tashkent (Uzbeq­ui­stão), no qual Rafaela Sil­va alcançou pela segun­da vez o topo do mun­do na cat­e­go­ria até 57 qui­los.

Já o grande nome do atletismo do Brasil no ano foi Ali­son dos San­tos. O atle­ta, que é con­heci­do como Piu, garan­tiu o títu­lo do Campe­ona­to Mundi­al da pro­va dos 400 met­ros com bar­reiras em jul­ho nos Esta­dos Unidos e voltou a faz­er história em setem­bro em Zurique (Suíça) ao con­quis­tar, de for­ma invic­ta, o títu­lo da tem­po­ra­da 2022 da Dia­mond League (Liga Dia­mante), prin­ci­pal cir­cuito de provas do atletismo do plan­e­ta.

Quem tam­bém evoluiu muito em 2022 foi a tenista Beat­riz Had­dad Maia. A paulista de 26 anos final­i­zou a tem­po­ra­da como 15ª colo­ca­da do rank­ing de sim­ples da Asso­ci­ação de Tênis Fem­i­ni­no (WTA, sigla em inglês), gan­han­do 67 posições em relação a dezem­bro de 2021. Nas duplas, a subi­da foi ain­da mais impres­sio­n­ante, sain­do do 485º lugar para 13º. Não à toa, foi nomea­da pela enti­dade como tenista que mais evoluiu durante o ano.

As impor­tantes mudanças de posições nos rank­ings da WTA só foram pos­síveis em razão da con­quista de qua­tro títu­los no ano. Em sim­ples, foi campeã dos WTA 250 (ter­ceiro nív­el) de Not­ting­ham e Birm­ing­ham (ambos Grã-Bre­tan­ha). Nas duplas, além de tam­bém vencer em Birm­ing­ham, ao lado da chi­ne­sa Zhang Shuai, ela levan­tou o troféu do WTA 500 (segun­do nív­el, inter­mediário) de Syd­ney (Aus­trália), ten­do a cazaque Anna Danili­na como par­ceira. Out­ra cam­pan­ha de destaque foi o vice, no indi­vid­ual, do WTA 1000 (nív­el mais alto) de Toron­to (Canadá).

Nos esportes cole­tivos, o vôlei merece uma menção espe­cial. Na pra­ia, Duda e Ana Patrí­cia ficaram no lugar mais alto do pódio do Mundi­al de vôlei de pra­ia após der­rotarem as canadens­es Bukovec e Brandie por 2 sets a 0 (par­ci­ais de 21/17 e 21/1), em jun­ho em Roma (Itália). Já nas quadras, a equipe coman­da­da pelo téc­ni­co José Rober­to Guimarães con­seguiu ficar com os vice-campe­onatos na Liga das Nações e no Mundi­al mes­mo pas­san­do por um proces­so de ren­o­vação no qual a pon­teira Gabi e a cen­tral Car­ol apare­cem como expoentes.

Para fechar vale falar da boa cam­pan­ha da seleção mas­culi­na de bas­quete na Amer­iCup, a Copa Améri­ca da modal­i­dade. O Brasil empil­hou vitórias até a final, na qual acabou per­den­do para a arquir­rival Argenti­na. Ape­sar do revés por muito pouco na decisão, a equipe canarin­ho deixou uma boa impressão na com­petição dis­puta­da em Recife.

Edição: Fábio Lis­boa

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