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Indígenas yanomami com alta hospitalar voltam para o território

Repro­dução: © Fer­nan­do Frazão/Agência Brasil

Governo reformará Casa de Saúde Indígena (Casai) em Boa Vista


Pub­li­ca­do em 15/02/2023 — 21:03 Por Pedro Rafael Vilela — Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

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Um grupo de dez indí­ge­nas rece­beu alta hos­pi­ta­lar em Boa Vista e retornou para o ter­ritório Yanoma­mi, na região oeste de Roraima. A infor­mação con­s­ta no bole­tim diário atu­al­iza­do nes­ta quar­ta-feira (15) pelo Cen­tro de Oper­ações de Emergên­cias (COE), do gov­er­no fed­er­al. Segun­do o informe, out­ros 62 indí­ge­nas tam­bém já tiver­am alta, mas ain­da aguardam disponi­bil­i­dade e voos para retornar às suas ter­ras. Ao todo, já foram con­ce­di­das 153 altas hos­pi­ta­lares, mas o COE não detal­hou quan­tas dessas pes­soas con­seguiram retornar para a ter­ra indí­ge­na.

A pop­u­lação yanoma­mi vive uma crise human­itária grave. Afe­ta­dos pela pre­sença do garim­po ile­gal em suas ter­ras, os indí­ge­nas dessa região con­vivem com destru­ição ambi­en­tal, con­t­a­m­i­nação da água, propa­gação de doenças e vio­lên­cia. A situ­ação é históri­ca, mas se agravou nos últi­mos qua­tro anos. Um dos prin­ci­pais pon­tos de apoio na cap­i­tal roraimense, a Casa de Saúde Indí­ge­na (Casai), ain­da está super­lota­da. São 719 pes­soas no local, entre pacientes em trata­men­to e seus acom­pan­hantes. A Casai, no entan­to, tem capaci­dade para menos de 300 pes­soas. O gov­er­no fed­er­al anun­ciou refor­mas na infraestru­tu­ra da unidade, como tro­ca de tel­has das mal­o­cas e a con­strução de sete novos ban­heiros.

Na ter­ra indí­ge­na, por out­ro lado, serão definidos qua­tro locais para a insta­lação de Cen­trais de Fil­tragem de Água, infor­mou o COE. A água con­t­a­m­i­na­da ou sem o dev­i­do trata­men­to bási­co é um das mais recor­rentes fontes de adoec­i­men­to do povo yanoma­mi. A diar­reia agu­da, por exem­p­lo, está entre as doenças mais reg­istradas.

Yanomamis convivem nos arredores da Casa de Saúde do Índio, onde está instalado Hospital de Campanha da FAB, que presta atendimento aos indígenas trazidos em situação de emergência para Boa Vista.
Repro­dução: Yanomamis con­vivem nos arredores da Casa de Saúde do Índio, onde está insta­l­a­do Hos­pi­tal de Cam­pan­ha em Boa Vista — Fer­nan­do Frazão/Agência Brasil
Novos profissionais

O COE con­fir­mou que 12 novos profis­sion­ais de saúde da Força Nacional do Sis­tema Úni­co de Saúde (SUS) já estão em Roraima para reforçar os atendi­men­tos na ter­ra indí­ge­na. Eles pas­sarão por capac­i­tação na Casai antes de embar­carem para o ter­ritório. Tam­bém nes­ta quar­ta-feira chegaram os primeiros módu­los para a insta­lação do lab­o­ratório que anal­is­ará amostras de sangue e cabe­los de pacientes. O obje­ti­vo é ver­i­ficar uma pos­sív­el con­t­a­m­i­nação por mer­cúrio, met­al pesa­do uti­liza­do no garim­po ile­gal. Ini­cial­mente, essas amostras serão cole­tadas de cri­anças, ges­tantes e idosos.

O gov­er­no ain­da infor­mou sobre a chega­da de mais 600 ces­tas bási­cas na Base Aérea de Boa Vista. Os ali­men­tos dev­erão ser dis­tribuí­dos no ter­ritório no decor­rer dos próx­i­mos dias.

Edição: Marce­lo Brandão

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