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Por hora, 14 crianças são internadas por acidentes; saiba como evitar

Estudo aponta que hospitalizações cresceram 2% em relação a 2023

Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 01/09/2025 — 08:02
Brasília
Adoção, crianças
Repro­dução: © Mar­cel­lo Casal jr/Agência Brasil

Em 2024, 121.933 cri­anças e ado­les­centes até 14 anos foram inter­na­dos no Brasil víti­mas de aci­dentes. Em média, são 334 hos­pi­tal­iza­ções por dia, o que rep­re­sen­ta cer­ca de 14 inter­nações por hora em razão dess­es episó­dios.

Os dados fazem parte de um levan­ta­men­to da Aldeias Infan­tis SOS, orga­ni­za­ção que lid­era um movi­men­to glob­al sobre cuida­dos de cri­anças, jovens e famílias. O estu­do foi elab­o­ra­do a par­tir de infor­mações do Data­SUS, do Min­istério da Saúde.

Quedas lideram internações

As quedas são a prin­ci­pal causa de lesões não inten­cionais de cri­anças e ado­les­centes, respon­den­do por 44% dos casos ou 54.056 inter­nações. Logo em segui­da estão queimaduras (19% ou 23.412 casos) e aci­dentes de trân­si­to (10% ou 12.196 ocor­rên­cias). Out­ras causas de inter­nação envolvem intox­i­cações (3%), afoga­men­tos (0,21%), sufo­ca­men­tos (0,48%) e inci­dentes com armas de fogo (0,07%).

Em relação a 2023, o total de inter­nações de cri­anças e ado­les­centes cresceu 2,2%. A maior alta foi nos casos de afoga­men­to, com ele­vação de 11,8%, segui­do de sufo­ca­men­to (+11,2%) e aci­dentes de trân­si­to (+7,8%).

Mortes

O mes­mo estu­do tam­bém anal­isa o número de cri­anças e jovens que mor­reram em decor­rên­cia de aci­dentes, a par­tir de dados de 2023. Ao todo, foram reg­istradas 3.398 mortes por aci­dentes na faixa etária até 14 anos. Isso sig­nifi­ca que, a cada dia, nove cri­anças per­dem a vida em aci­dentes que pode­ri­am ser evi­tadas em 90% dos casos, de acor­do com a orga­ni­za­ção.

número rep­re­sen­ta um aumen­to de 5% em relação a 2022As prin­ci­pais causas foram sufo­ca­men­to (30%), aci­dentes de trân­si­to (26%) e afoga­men­to (26%). Foi reg­istra­do um cresci­men­to de 20% das mortes por armas de fogo. Os óbitos cau­sa­dos por aci­dentes de trân­si­to aumen­taram 8%, assim como rela­ciona­dos a afoga­men­tos. As mortes decor­rentes de quedas cresce­r­am  6%, e as provo­cadas por sufo­ca­men­tos, 3%. No perío­do, caíram ape­nas as mortes decor­rentes de intox­i­cações (-3%) e queimaduras (-1%).

Acidentes por faixa etária

A pesquisa apon­ta que a faixa etária mais atingi­da por ess­es aci­dentes é entre 10 e 14 anos, com 36% das inter­nações, segui­da por cri­anças de 5 a 9 anos (35%) e de 1 a 4 anos (23%). Bebês com menos de 1 ano rep­re­sen­tam 5% dos reg­istros.

De acor­do com o estu­do, a con­cen­tração de casos no inter­va­lo de 5 a 14 anos, que total­izam 71% das inter­nações, pode ser expli­ca­da pela maior autono­mia de cri­anças e ado­les­centes nes­sa faixa etária. Como cir­cu­lam mais livre­mente, tam­bém ficam mais expos­tos.

Prevenção

A Aldeias Infan­tis SOS e o Min­istério da Saúde recomen­dam algu­mas medi­das sim­ples que podem evi­tar aci­dentes nes­ta faixa etária.

Con­fi­ra:

  • Para evi­tar sufo­ca­men­to, man­ten­ha o lençol sem­pre ajus­ta­do ao colchão e fique aten­to para que o ros­to do bebê não fique encober­to;
  • Evite o con­ta­to da cri­ança com peças peque­nas, como clipes, botões, moedas e anéis. Ofer­eça brin­que­dos grandes e ade­qua­dos para a faixa etária;
  • Uma das prin­ci­pais causas de sufo­ca­men­to é por ali­men­tos. Evite ofer­e­cer a comi­da quan­do a cri­ança estiv­er agi­ta­da, brin­can­do ou den­tro do car­ro em movi­men­to;
  • Evite que a cri­ança ten­ha con­ta­to com sacos plás­ti­cos, cordões e fios;
  • Não deixe a cri­ança soz­in­ha em cima de móveis e use bar­reiras, grades e redes de pro­teção em escadas e janelas;
  • Não deixe a cri­ança sob os cuida­dos de out­ra cri­ança;
  • Não deixe a cri­ança soz­in­ha na ban­heira e mantenha‑a afas­ta­da de baldes, tan­ques, vasos, poços e pisci­nas. Mes­mo um nív­el baixo de água pode causar afoga­men­to;
  • Bebês devem ser trans­porta­dos sem­pre no bebê con­for­to ou na cadeir­in­ha. Após os 7 anos e meio, as cri­anças deix­am de usar a cadeira de trans­porte infan­til, mas devem con­tin­uar sen­tan­do no ban­co de trás do car­ro, pre­sas por um cin­to de segu­rança de três pon­tas;
  • Man­ten­ha pro­du­tos de limpeza, medica­men­tos e pro­du­tos de higiene pes­soal fora do alcance da cri­ança, de prefer­ên­cias em armários altos e/ou tran­ca­dos;
  • Lim­ite o aces­so da cri­ança à coz­in­ha;
  • Dê prefer­ên­cia por usar as bocas de trás do fogão e deixe os cabos das pan­elas vira­dos para a parte cen­tral;
  • Fique aten­to ao forno lig­a­do, fer­ro de pas­sar roupas, chap­in­ha de cabe­los, aque­ce­dor e out­ros equipa­men­tos quentes;
  • Coloque pro­te­tores nas tomadas.
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