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OMS alerta para escassez de remédios e aumento de falsificações

Repro­du­ção: © Jef­fer­son Rudy/Agência Sena­do

Este mês, Anvisa identificou lote irregular de Ozempic no Brasil


Publi­ca­do em 31/01/2024 — 10:14 Por Pau­la Labois­siè­re – Repór­ter da Agên­cia Bra­sil — Bra­sí­lia

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A Orga­ni­za­ção Mun­di­al da Saú­de (OMS) fez um aler­ta para a escas­sez de medi­ca­men­tos como um pro­ble­ma glo­bal, sobre­tu­do em paí­ses de bai­xa e média ren­da. Segun­do a enti­da­de, des­de setem­bro de 2021 o núme­ro de insu­mos em fal­ta em dois ou mais paí­ses cres­ceu 101%.

“Essa escas­sez de medi­ca­men­tos é uma for­ça motriz reco­nhe­ci­da para remé­di­os fal­si­fi­ca­dos ou de qua­li­da­de infe­ri­or e acar­re­ta o ris­co de mui­tos pro­cu­ra­rem obter medi­ca­men­tos atra­vés de mei­os não ofi­ci­ais, como a inter­net”, des­ta­cou a OMS, em nota.

O comu­ni­ca­do cita espe­ci­fi­ca­men­te a escas­sez glo­bal — regis­tra­da em 2023 — de pro­du­tos indi­ca­dos para o tra­ta­men­to do dia­be­tes tipo 2 e uti­li­za­dos tam­bém para a per­da de peso, como o sema­glu­ti­da. A subs­tân­cia é o prin­cí­pio ati­vo do Ozem­pic, cane­ta de apli­ca­ção na pele para con­tro­le do ape­ti­te.

“A escas­sez tem um impac­to nega­ti­vo no aces­so a pro­du­tos médi­cos e cria um vazio que é mui­tas vezes pre­en­chi­do por ver­sões fal­si­fi­ca­das”, dis­se a OMS, ao acon­se­lhar paci­en­tes a com­pra­rem medi­ca­men­tos atra­vés de for­ne­ce­do­res auto­ri­za­dos e regu­la­men­ta­dos e a serem dili­gen­tes ao com­pra­rem de fon­tes secun­dá­ri­as.

“Os peri­gos asso­ci­a­dos ao for­ne­ci­men­to de pro­du­tos médi­cos atra­vés de canais de for­ne­ci­men­to não auto­ri­za­dos ou infor­mais podem ser con­si­de­ra­dos um com­por­ta­men­to de ris­co com con­sequên­ci­as gra­ves”, com­ple­tou.

Anvisa

Este mês, a Agên­cia Naci­o­nal de Vigi­lân­cia Sani­tá­ria (Anvi­sa) iden­ti­fi­cou um lote irre­gu­lar do Ozem­pic no Bra­sil. De acor­do com o sis­te­ma de noti­fi­ca­ção, a pró­pria empre­sa deten­to­ra do regis­tro — Novo Nor­disk Far­ma­cêu­ti­ca do Bra­sil Ltda — iden­ti­fi­cou uni­da­des com carac­te­rís­ti­cas diver­gen­tes do medi­ca­men­to ori­gi­nal e comu­ni­cou à agên­cia. O lote em ques­tão é o MP5A064.

“Sabe-se que os pro­du­tos médi­cos fal­si­fi­ca­dos não têm efi­cá­cia e/ou cau­sam rea­ções tóxi­cas. Não são apro­va­dos, nem con­tro­la­dos pelas auto­ri­da­des com­pe­ten­tes, e podem ter sido pro­du­zi­dos em con­di­ções pou­co higi­ê­ni­cas por pes­so­al não qua­li­fi­ca­do, con­ter impu­re­zas des­co­nhe­ci­das e podem estar con­ta­mi­na­dos com bac­té­ri­as”, fina­li­zou a OMS.

Edi­ção: Kle­ber Sam­paio

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