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Saúde quer vacinar 130 mil indígenas até 12 de maio

Repro­du­ção: © Rafa Neddermeyer/Agência Bra­sil

Também serão oferecidos outros atendimentos


Publicado em 13/04/2024 — 13:54 Por Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil — Brasília

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O Minis­té­rio da Saú­de ini­cia nes­te sába­do (13) o Mês de Vaci­na­ção dos Povos Indí­ge­nas. A pro­pos­ta é inten­si­fi­car a imu­ni­za­ção em ter­ri­tó­ri­os indí­ge­nas, ampli­an­do a cober­tu­ra vaci­nal, sobre­tu­do, em áre­as de difí­cil aces­so. Até o dia 12 de maio, 992 aldei­as e 130 mil indí­ge­nas devem ser aten­di­dos pelas equi­pes de vaci­na­ção.

De acor­do com o minis­té­rio, o Mês de Vaci­na­ção dos Povos Indí­ge­nas abran­ge um total de 23 dis­tri­tos sani­tá­ri­os espe­ci­ais indí­ge­nas (DSEI) em todas as cin­co regiões do país. Serão ofer­ta­das 240 mil doses de imu­ni­zan­tes que com­põem o Calen­dá­rio Naci­o­nal de Vaci­na­ção. Mais de 2,5 mil tra­ba­lha­do­res da saú­de estão envol­vi­dos na ati­vi­da­de.

“A imu­ni­za­ção des­te públi­co exi­ge gran­de esfor­ço pois resi­dem em áre­as de difí­cil aces­so ter­res­tre, aces­so flu­vi­al limi­ta­do em perío­dos de esti­a­gem e áre­as com aces­so estri­ta­men­te aéreo”, des­ta­cou a pas­ta, por meio de nota.

Brasília (DF) 11/04/2024 – A ministra da Sáude, Nísia Trindade durante coletiva de imprensa para detalhar as ações para a reconstrução da Estratégia Saúde da FamíliaFoto: Joédson Alves/Agência Brasil
Repro­du­ção: A minis­tra da Sáu­de, Nísia Trin­da­de.  Foto: Joéd­son Alves/Agência Bra­sil

Duran­te even­to na Aldeia Kuahi, na Ter­ra Indí­ge­na Uaçá, nas ime­di­a­ções do Oia­po­que, no Ama­pá, a minis­tra da Saú­de, Nísia Trin­da­de, assi­nou uma ordem de ser­vi­ço para o iní­cio das obras de uma uni­da­de bási­ca de saú­de indí­ge­na (UBSI) na Aldeia Espí­ri­to San­to. A pre­vi­são do minis­té­rio é que 708 pes­so­as sejam bene­fi­ci­a­das pela estru­tu­ra.

No local, vivem 19 famí­li­as que, jun­tas, tota­li­zam 85 mora­do­res. De acor­do com a pas­ta, serão ofe­re­ci­das, ao lon­go do dia, 2,7 mil doses de roti­na. Após o even­to, os imu­ni­zan­tes serão dis­tri­buí­dos aos polos-base do Oia­po­que. Outras 1.140 doses con­tra a covid-19 tam­bém serão dis­tri­buí­das no local.

As demais vaci­nas a serem apli­ca­das são BCG, febre ama­re­la, trí­pli­ce viral (saram­po, rubéo­la e caxum­ba), pneu­mo 23, poli­o­mi­e­li­te, vari­ce­la, dif­te­ria e téta­no, menin­go ACWY, menin­go­có­ci­ca C, poli­o­mi­e­li­te oral, rota­ví­rus, HPV, pen­ta­va­len­te, pneu­mo 10 e DTPA (para ges­tan­tes).

“Serão ofer­ta­dos outros aten­di­men­tos em saú­de, de for­ma a opor­tu­ni­zar as entra­das em ter­ri­tó­rio indí­ge­na, pelas equi­pes mul­ti­dis­ci­pli­na­res e demais cate­go­ri­as pro­fis­si­o­nais. Serão entre­gues kits de saú­de bucal e have­rá aten­di­men­to com den­tis­ta; dis­tri­bui­ção de remé­di­os; aten­di­men­to com fisi­o­te­ra­peu­ta, psi­có­lo­ga e assis­ten­te soci­al; tes­ta­gens rápi­das e lei­tu­ra de lâmi­nas para malá­ria (resul­ta­do sai em 30 minu­tos); e ori­en­ta­ções sobre den­gue”, infor­mou a o minis­té­rio.

Internet

Ain­da como par­te das ati­vi­da­des, está pre­vis­to o iní­cio da ins­ta­la­ção de ante­nas em aldei­as e pos­tos de saú­de indí­ge­na. Ao todo, 12 locais serão con­tem­pla­dos com equi­pa­men­tos de inter­net de alta velo­ci­da­de: a Casa de Saú­de Indí­ge­na de Oia­po­que, o Polo Base Ara­mi­rã, o Polo Base Kuma­ru­mã, o Polo Base Man­ga, o Pos­to de Saú­de Indí­ge­na Kuna­na, o Pos­to de Saú­de Indí­ge­na Galiby, o Pos­to de Saú­de Indí­ge­na do Açai­zal, o Pos­to de Saú­de Indí­ge­na Espí­ri­to San­to, o Pos­to de Saú­de Indí­ge­na San­ta Iza­bel, o Pos­to de Saú­de Indí­ge­na do Fle­xa, o Pos­to de Saú­de Indí­ge­na Estre­la e o Pos­to de Saú­de Indí­ge­na Tukay.

Laboratório transfronteiriço

Ain­da nes­te sába­do, Nísia assi­na um con­tra­to de cri­a­ção do Cen­tro Trans­fron­tei­ri­ço de Vigi­lân­cia em Saú­de. O obje­ti­vo é apri­mo­rar o moni­to­ra­men­to e a pre­ven­ção das doen­ças trans­mis­sí­veis na região entre o Ama­pá e a Gui­a­na Fran­ce­sa.

Como for­ma de garan­tir pron­ta res­pos­ta nos dois paí­ses, a pas­ta infor­mou que será cons­truí­do tam­bém o Labo­ra­tó­rio de Fron­tei­ra, ampli­an­do a capa­ci­da­de de pre­ven­ção e res­pos­ta con­tra sur­tos e epi­de­mi­as, sobre­tu­do na ges­tão de aler­tas dian­te casos de den­gue, malá­ria, covid-19, gri­pe, rubéo­la, HIV e outras infec­ções sexu­al­men­te trans­mis­sí­veis.

“Na prá­ti­ca, todo tipo de doen­ça será moni­to­ra­da e desen­ca­de­a­rá ações espe­cí­fi­cas na região da fron­tei­ra, evi­tan­do que se alas­tre para o res­to dos esta­dos de ambos os paí­ses. Além dis­so, favo­re­ce­rá a tro­ca de infor­ma­ções estra­té­gi­cas, fun­da­men­tais para a cons­tru­ção da polí­ti­ca inter­na­ci­o­nal ade­qua­da e opor­tu­na para a pre­ven­ção e con­tro­le de doen­ças.”

Edi­ção: Aécio Ama­do

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